Já
vivemos num regime realmente progressista, importados com grandes
causas de valor, e não me refiro a pseudo bandeiras como o aborto,
casamentos entre pessoas do mesmo sexo, e outras menoridades, refiro-me,
por exemplo, quando abolimos a pena de morte. Isso sucedeu nos reinados
de D. Maria II e D. Luís I.
A república que, após 1910, tudo perdeu do Império, que não o soube tratar e adaptá-lo, recebe com pompa e circunstância Hu Jintao,
presidente da república popular da China, um regime colonialista e
comunista, república que ainda integra a pena de morte, mas que agora
apresenta-se com um formato híbrido (à mistura com uma forte veia
capitalista) e como potencial comprador de dívida pública portuguesa.
Neste
contexto, o presidente Aníbal Cavaco Silva recebe aquele regime com
forte aparato, incluindo montadas da GNR (pobre do militar que caiu do
cavalo e pior…teve de cumprimentar o ditador), jantar de gala, etc, tudo
para “sensibilizar” a poderosa China a comprar-nos, um pouco à
semelhança da entrega vergonhosa de Macau.
Esta
nossa república não tem qualquer sabor, expressão ou, se assim posso
qualificar, carácter de regime. Derrete-se ao primeiro que torce o nariz
ou nos dá umas esmolas...
No
século XIX, já Portugal estava longe do poderio de outros tempos, mas
ainda assim, o Grande Rei D. Pedro V, foi um acérrimo defensor da
abolição da escravatura. Aquando do seu reinado, ocorreu um episódio que
definiu a convicção do monarca nessa matéria e que, simultaneamente,
demonstrava a fragilidade de Portugal perante as grandes potências da
altura. Assim, junto à costa de Moçambique é apresado um navio negreiro
francês, tendo o seu comandante sido preso. O governo de França, não só
exigiu a libertação do navio, bem como uma avultada indemnização ao
governo português. Mas o Rei não abdicou de firmar a sua convicção
liberal e marcou o sentido de posição de Portugal enquanto Nação e dos
portugueses que se orgulharam deste seu representante.
Publicada por PPA (Incúria da Loja)
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