Paulo Teixeira Pinto, Presidente da Causa Real sobre situação no 370.º aniversário da Restauração da Independência.
Correio da Manhã – Dom Duarte de Bragança, a propósito das
comemorações da Restauração da Independência, afirmou numa entrevista
que a crise profunda "reforça a legitimidade monárquica". Como comenta
estas declarações? - A crise profunda reforça, no fundo, a
inspiração monárquica na busca de identidade. A legitimidade é a mesma.
Tem mais que ver com o refúgio da confiança. Mas obviamente que concordo
com o que diz D. Duarte de Bragança, quer pela natureza quer por uma
questão de lealdade.
Dom Duarte é também muito crítico em relação ao actual sistema. O que tem a dizer nesta matéria? – Dom Duarte de Bragança é da Casa Real, eu sou da Causa Real, não me compete estar a comentar o que diz o Príncipe.
Mas terá uma opinião própria em relação ao actual regime? - Mais do que um problema de regime, o que existe é um problema de vida, de valores e de comportamentos.
Que alternativas propõe ao actual regime? - Essa
é uma questão que tem que ver com o processo de Revisão Constitucional e
que não posso estar agora a reproduzir em meia dúzia de linhas. Seria
um assunto para uma conversa mais longa.
Qual o ponto de situação do processo de revisão constitucional? - O projecto foi entregue e agora é um assunto que compete aos grupos parlamentares.
Mas está atento ao processo? – Obviamente, tenho estado atento a todo o processo.
No dia em que se celebra a Restauração da Independência, que mensagem gostaria de deixar aos portugueses? - Que
quando há vontade, uma vontade dirigida a um bem comum, se medite no
que aconteceu há 370 anos, quando quarenta vontades individuais
interpretaram uma vontade colectiva.
02 de Dezembro de 2010 - Correio da Manhã
Sem comentários:
Enviar um comentário