Em
tempos bem distantes, ainda antes da Era de Cristo, Nosso Senhor, numa
época em que o grande Império Romano estava em expansão, com os
Exércitos de César a marcharem sobre a Europa, incluindo a Península
Ibérica, existia, no extremo ocidental, na costa Atlântica, numa terra
chamada Lusitânia, um povo guerreiro, com origens celtas e iberas que
resistiu durante anos às invasões e à submissão às Leis de Roma. Esse
povo guerreiro, era liderado por Viriato, que conseguiu, por diversas
vezes derrotar tropas romanas que tentavam invadir o território de seu
povo. Até que um dia, dois amigos de Viriato, decidem oferecer seus
serviços a Roma e, por troca de dinheiro, mataram o grande Líder. Só
que, quando estes foram para receber sua recompensa, o General Romano,
disse-lhes que “Roma não paga a traidores” e mandou-os executar. Viriato
morreu e seu povo acabou por ser subjugado pelos Romanos.
No século V, depois de Cristo, o Império
Romano do Ocidente cai e a Península Ibérica é ocupada por povos
germânicos, nomeadamente os Suevos que ocupariam uma boa parte do
territórios que hoje se situa entre a Galiza e o Minho e os Visigodos
ocuparam o resto da Península. Com uma crise de sucessão sueva, os
Visigodos tomaram a sua capital, Portuscale, e acabaram por unir sob a
sua Coroa toda a Península Ibérica.
Mas a Herança Sueva manteve-se. Quando
em 711, os Mouros invadem a Península Ibérica, os Suevo-Visigodos, irão
se refugiar nas Astúrias e conseguem resistir nessas terras altas e
frias às investidas muçulmanas e acabarão, por contra-atacar ao longo
dos séculos seguintes até que já no século XI, metade da Península
Ibérica já era de novo, ocupada pelos descendentes dos povos Suevos e
Visigodos, Cristão convertidos anteriormente, e criaram os novos Reinos
de Leão, Castela, Navarra, Aragão e obviamente, Portugal que antes da
formação do Condado Portucalense, já tinha nobres com ascendência Sueva e
Visigótica que se juntaram ao Conde Dom Henrique, de origem Francesa,
que se casou com Dona Teresa, filha Bastarda do Rei Afonso VI de Leão e
Castela, e que procuraram junto dele, recuperar a velha Coroa Sueva que
tinha sido tomada pelos Visigodos séculos antes.
Tal não se sucedeu com o Conde Dom
Henrique, mas sim com o seu filho Dom Afonso Henriques, que graças aos
seu grande espírito guerreiro, porá em prática as ideias de Seu Pai, e
fundará o Reino de Portugal, nosso País.
A partir desse momento, Dom Afonso
Henriques, enquanto Rei dos Portugueses, nunca pagou nenhuma tensa aos
seus primos de Leão e Castela, porque efectivamente, o que ele sempre
pretendeu, foi ser Rei Independente e Livre, numa Terra Livre, de Gente
Livre.
Deste tempo, através dos princípios da
nossa História – Pátria, surge o Pacto entre a Coroa e o Reino. Nenhum
Rei subiria ao Trono sem ser Aclamado, isto é, sem ser eleito e
confirmado por uma Assembleia. Inicialmente, até Dom Afonso III, as
Cortes eram representadas apenas pela Realeza, a Nobreza e o Clero, mas
este Rei, que veio de Bolonha para substituir o incapaz de seu irmão Dom
Sancho II, que tinha sido excomungado pelo Papa, determinou, nas Cortes
de Leiria de 1215 que os Concelhos, seriam representados, isto é, o
Povo passava a ter os seus representantes nas Cortes, e assim foi até
1688, ano que Dom Pedro II decidiu já não ser preciso reunir Cortes para
que um Rei suceda a outro. Contudo, desde a aclamação de Dom João V até
ao Liberalismo Monárquico, os Reis foram sempre aclamados junto dos
representantes de todo o Reino – Clero, Nobreza e Concelhos (Povo).
O Povo Livre, sempre quis ser
independente do Reino de Espanha (anteriormente, Leão e Castela …), foi
assim, ao aclamar Regedor e Defensor do Reino o Mestre de Avis, Dom
João, que passaria a ser Rei de Portugal, como Dom João I.
Foi o povo que se juntou ao Prior do
Crato, Dom António I, aclamado em Santarém que lutou com bravura no Vale
de Alcântara, contra o Duque de Alba, acabando por perder a batalha,
mas o sentimento de querer ser livre, manteve-se sempre vivo durante os
60 anos de domínio espanhol.
Foi o povo, que se juntou aos 40
Conjurados que derrubaram o poder espanhol em Lisboa e no Reino,
participando patrioticamente, diria, na luta pela liberdade do Reino,
aclamando Dom João IV como seu Rei.
Foi o povo, que se juntou ao Infante Dom
Pedro, para derrubar o Rei Dom Afonso VI, e selar a Paz de uma Guerra
da Restauração que estava a esgotar todo o Reino e Dom Pedro assinou a
Paz com a Espanha em 1668.
Foi o povo, que mais uma vez se uniu,
contra as invasões napoleónicas, juntando-se aos nossos heróis nacionais
que acabariam por liderar a revolução Liberal de 1820, lutando pela
Constituição e o Estado de Direito que Portugal acabaria por ser apenas
14 anos depois e com total consolidação, a partir de meados do século
XIX.
Foi o povo, que se uniu, entregando seus
dinheiros e jóias, para financiar uma possível guerra com a
Grã-Bretanha por ocasião do Ultimatum de 1890.
Foi o povo, que nos anos da agonia da Monarquia, esteve sempre do lado dos seus Reis.
Não foi o povo que proclamou a
República, mas sim um bando de traidores à Pátria, que nunca perceberam
nada da História do seu Povo, matando o Rei e o Príncipe Real e impondo
um regime anárquico e ditatorial, seja na I República, seja na II
República e na III República. As falsas expectativas criadas pelos
diversos golpes militares, regimes políticos republicanos, autoritários,
militares, guerras inúteis levaram ao actual estado da Nação.
Viriato foi o nosso Primeiro Grande Líder, nesta terra de Liberdade.
Dom Afonso Henriques e seus descendentes perceberam que desde o início devíamos ser um Povo Livre e Independente.
Nós somos livres e o nosso Rei é livre.
Nós somos livres, pela Lei consagrada
numa Constituição. E o Rei é Livre, pois não depende de ninguém a não
ser de si próprio para prover ao bem do Reino, garantindo a Paz Interna,
a Democracia e as Liberdades e Garantias do seu Povo; nós todos,
Portugueses, Lusitanos!
Em todos os momentos da História da
“Lusitania antiga Liberdade” – como lhe chamou o Grande Camões, o Povo
fez-se ouvir e clamou sempre pela sua Liberdade.
Foi a República que lhe tirou a
Liberdade impondo modelos políticos estrangeiros, afrancesados que nada
correspondem às ânsias do Povo.
Devemos nos concentrar naquilo que fomos e no que nos tornámos.
Façamos ouvir a nossa Voz. Erguêmo-nos
uns após os outros, até que de cordeiros, passemos a ter vozes de leões e
impugnemos a nossa vontade junto de quem nos enganou, aclamando o nosso
Rei, nosso Líder, Dom Duarte de Bragança, Herdeiro dos Nossos Maiores.
Viva o Rei!
Viva Portugal!
Fonte: David Garcia no blogue "PDR-Projecto Democracia Real"
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