Porque fomos diversas vezes distinguidos na nossa História com o título de Nação Fidelíssima, porque desde 1748, "Sua Magestade Fidelíssima" é um título que os Monarcas em Portugal podem ostentar, porque somos um povo de pulsar Católico tradicional, porque ainda há um ano fomos honrados com a visita de Sua Santidade (que saudade!), fica acima o vídeo da exposição do significado do Tríduo Pascal, feita hoje em Roma, na Audiência Geral, por Bento XVI.
Que
no meio das vicissitudes do presente, não tomemos o efémero por
permanente, nem uma crise terrena por mais do que qualquer dor de algo
que é findo com a morte. Só com o recuperar da visão do homem como ser
completo na sua transcendência, com Alma que anseia pelo seu Divino
Criador, o Deus Uno e Trino, consubstancial em Pai, Filho e Espírito
Santo, poderemos ter a noção de quão relativas são todas as crises,
quando comparadas com a promessa da Eternidade, que nos é aberta na
Páscoa do Senhor. Se do lado trespassado de Cristo jorrou sangue e água,
à sua morte na Cruz foi associada a redenção baptismal das nossas
falhas. Como se dizia no I vol. de Jesus de Nazaré, se no Baptismo das
Águas do Jordão Cristo foi buscar os pecados nelas deixados pelos
pecadores, no Dom maior de Si Mesmo, na Salvífica Cruz, a Nova Aliança é
feita, pela Redenção que o seu Sacrifício nos Alcança.
Tirar
os olhos do Presente é ver no Amanhã o Transcendente, e compreender que
o Sacrifício é também Redentor. Em Spe Salvi, Bento XVI recorda-nos da
insuportabilidade que seria a eternidade terrena, e remete-nos para essa
esperança que nenhum Messianismo Político pode substituir. Lidemos com
as coisas deste Mundo, sem ser mundanos! Sem esquecer que na Bandeira,
enquanto Povo, temos as Cinco Sagradas Chagas de Cristo representadas,
que nem a jacobina República conseguiu remover.
Reencontrar
Portugal não é possível sem o sentido mais profundo de que somos Terra
de Santa Maria! O revisionismo histórico de Esquerda não pode apagar,
sob os auspícios do ateísmo vigente em tantas sociedades secretas de
poder que nos arruinaram, a génese da nacionalidade: «Dom
Afonso Henriques, fundador do Reino e Primeiro Rei de Portugal, coloca
seu país sob a protecção de Nossa Senhora, por meio de uma promessa
solene, feita com o consentimento de seus vassalos e assinada na
Catedral de Lamego, no dia 28 de Abril de 1142. Assim, esta data é
considerada como a do Baptismo de Portugal, que foi chamado, a partir
daí, de "Terra de Santa Maria".»
A
Festa Litúrgica Portuguesa das 5 Chagas de Cristo, a 7 de Fevereiro,
foi-nos concedida pela Santa Sé, desde Bento XIV e assim a cantou Camões
nos Lusíadas:
Vede-o no vosso escudo, que presente
Vos amostra a vitória já passada,
Na qual vos deu por armas e deixou
As que Ele para si na Cruz tomou.
(Lusíadas, 1, 7).
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