Frederico Duarte Carvalho
É
público que fui o cabeça-de-lista ao Parlamento Europeu pelo Partido
Popular Monárquico (PPM) nas eleições de 2009. Declaro que não defendo,
não justifico, nem sequer, por sombras, tenho qualquer simpatia com a
ideologia xenófoba do confesso autor do duplo atentado na Noruega,
apesar do nome do PPM constar numa lista de partidos ditos "amigos" do
assassino de 76 pessoas. Mais declaro, a inclusão do PPM nessa lista só
pode resultar do total desconhecimento e profunda confusão do alegado
autor do manifesto. O PPM não é contra a mistura de culturas nem contra a
imigração. O que certamente terá provocado a confusão na mente do
assassino de Oslo é o facto do PPM apresentar-se como "o único partido
inteiramente português", pois não pertence a qualquer organização
internacional. O PPM não pertence, porque não precisa. O partido
acredita que basta ser-se português para se ser... internacional e
cidadão do mundo. Aliás, o Projecto Histórico de Portugal ainda não
terminou - apesar desta República dar todos os dias aos bravos cidadãos
deste belo e rico País a ideia de que é uma Nação falida. Em Portugal
ainda há quem tenha o propósito de criar uma sociedade global, onde
todas as religiões e todas as raças podem conviver em Paz e Harmonia.
Não é uma utopia. Um dos nomes que, para mim, mais se associa a esta
ideia é o do poeta/escritor Fernando Pessoa. E, no primeiro dia da
campanha eleitoral ao Parlamento Europeu, fui almoçar ao Martinho da
Arcada, junto à mesa de Pessoa...
... onde dei uma conferência de Imprensa a explicar os principais objectivos da candidatura:
Ainda durante a campanha eleitoral, fui também visitar a Mesquita de Lisboa onde afirmei:
Face
a estas evidências, fica suficientemente demonstrado que aquilo que
aconteceu na Noruega, para além de ser um abjecto acto de enorme
violência, é também um acto cujo propósito se figura totalmente
contrário ao projecto político do PPM.
Fonte: Para mim tanto faz
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