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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

domingo, 16 de outubro de 2011

EXTINÇÃO DE FREGUESIAS


Jornal “Diário do Minho” de 12 de Outubro, última pág.

Agora que está na ordem do dia a redução do número de freguesias, venho manifestar publicamente a minha discordância pela extinção de qualquer uma.
Se se chegar à conclusão de que devem ser extintas, então que o sejam todas e fiquem só as Câmaras Municipais. Não se marginalizem nem se abram guerrilhas entre as populações.
Se o problema é financeiro, deixem de pagar aos presidentes das juntas e respectivos vogais. Que o cargo seja exercido como foi durante muitos anos, por participação cívica e não como agora, em que muitos viram nesta forma mais um rendimento a acrescentar ao seu salário.
Não paguem senhas de presença nas Assembleias Municipais e Assembleias de Freguesia.
Para mim e para muito dos
meus conterrâneos, a freguesia onde residimos é um espaço que nos diz muito.
Nascemos, fomos baptizados, fizemos a nossa 1.ª comunhão, crisma, profissão de fé, casámos, e os nossos filhos também foram baptizados na nossa lindíssima igreja paroquial. Frequentámos a escola primária da 1.ª à 4.ª classe e foi a terra onde nasceram os nossos avós, pais, tios e irmãos.
Sou o eleitor mais antigo da freguesia. Tenho o n.º 2. Não sei quantos eleitores mais com este número existirão no concelho de Braga. E ainda guardo o meu 1.º cartão de eleitor. O que possuo é o original de Dezembro de 1978.
Na época, realizámos o recenseamento eleitoral, sem a obtenção de qualquer benefício financeiro e com trabalho voluntário e desinteressado.
Participávamos nas mesas eleitorais e não eram pagas.
Actualmente, as pessoas são pagas, na câmara, na assembleia municipal, na junta de freguesia, na assembleia, quando estes lugares deveriam ser única e exclusivamente de participação cívica.
Certamente que se for aprovado o óbito de alguma ou algumas freguesias, esses concidadãos vão deixar de participar em actos eleitorais, como será o meu caso, e na vida cívica.
Não vislumbramos o que é que o país ganhará com essa medida, a não ser alguma convulsão social.
Penso até que a extinção de freguesias vai levar à famosa suspensão da democracia e, mais tarde, como aconteceu com a criação de alguns municípios, as populações vão lutar pela sua freguesia e será muito mau que isso aconteça.
Deixem, nesta parte, estar como está, que parece que não está mal, a não ser o caso das remunerações, que devem ser cortadas.
Para finalizar, concordo plenamente com o aperfeiçoamento da gestão e da lei eleitoral.

Hernâni Monteiro, Merelim (São Paio)

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