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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

LIÇÕES DA RESTAURAÇÃO PARA A CRISE ACTUAL

Para os mais experimentados leitores da história portuguesa, torna-se evidente que a actual crise será, talvez, a segunda maior aflição colectiva que o país experimenta desde a Guerra da Restauração. Infelizmente, persiste o mito [anti-histórico] segundo o qual as crises não se repetem. Não se repetem na forma e nos factos, mas repetem-se nas circunstâncias que concorrem para os acontecimentos. Se as manifestações são sempre distintas de época para época, devia ser estudado o modus faciendi para lhes pôr um fim. Ora, havendo entre nós um desconhecimento quase generalizado das coisas do passado, não é de estranhar que governantes e governados se sintam impotentes perante a magnitude dos desastres que nos assaltam. 

O estudo da polemologia e dos acidentes militares da Restauração é coisa apaixonante. Portugal venceu então grandes desafios e a longa guerra revelou uma sociedade capaz de levar a extremos de heroísmo a defesa da sua liberdade. Contudo, a Restauração foi, sobretudo, um continuado esforço no exercício da boa diplomacia - captando simpatias externas para o reforço dos direitos portugueses - e do bom comércio. Para o sucesso da diplomacia concorreu o preparo das embaixadas, a escolha dos parceiros, a selecção do escol que representou o país. Para o sucesso da política económica, foi relevante aquilo que hoje dá pelo nome de "maximização" dos recursos, mercê da facilitação do acesso e fixação de estrangeiros no país, do baixo preço da tributação nos portos e no trato, da segurança garantida e da formação de agentes comerciais que permitiram abrir novos mercados aos produtos portugueses. Em terceiro lugar, a Restauração foi possível graças ao aprofundamento da dimensão ultramarina: Angola e Brasil assumiram lugar destacado.

Fazendo a possível conversão para o quadro hodierno, todas as políticas que favoreçam a fixação de interesses estrangeiros em Portugal - corresponsabilizando-as pelo sucesso da nossa economia - todas as políticas que visem diversificar os parceiros diplomáticos e comerciais, assim como o esforço legislador que torne atractivo investir com segurança, levarão à repetição do bom sucesso da crise 1640-1667. Isto quer dizer: uma diplomacia moderna e de elite, abatimento da má legislação, promoção dos nossos produtos, reforço prioritário das relações com o Brasil e Angola. Tudo o mais virá por acrescento.

O POSTAL DE BOAS FESTAS DOS MONÁRQUICOS PORTUGUESES DO REINO UNIDO


A FÉ DOS SÁBIOS

Muito embora o presépio de Jesus se reporte ao Evangelho de Lucas, que não refere a presença dos Magos, geralmente não se omitem estas enigmáticas personagens, que Mateus refere no seu relato. Pouco se sabe da identidade ou da proveniência dos Magos, nem do que foi deles depois daquele tão extraordinário encontro com o Rei dos Judeus. Curiosamente, este título, por eles dado ao recém-nascido, é o mesmo que constará sobre a cruz.

Os Magos eram os sábios daquele tempo. A sua presença junto do Deus Menino é significativa da homenagem que a inteligência deve prestar ao Criador, louvando-o. Porque o mistério não humilha a razão, antes a sublima e eleva onde, por si só, jamais se poderia alcandorar. Eram sábios e por isso leram os sinais dos tempos: a sabedoria, afinal, mais não é do que um olhar mais atento e penetrante sobre a realidade. Muitos viram a estrela, mas só eles compreenderam o seu significado e se puseram a caminho. Os ignorantes, como não sabem nada, nem sequer sabem o que não sabem.

Os Magos, como eram sábios, sabiam muito, mas também sabiam que não sabiam tudo. Conscientes da sua ignorância teológica, ao chegarem a Jerusalém, perguntaram sobre o lugar do nascimento de Jesus. Sábia foi também a sua decisão de acatar a douta resposta dos peritos na ciência que não era a sua.

Quando finalmente viram o tão desejado Rei dos Judeus, aqueles homens, com a humildade própria do seu muito saber, prostraram-se e adoraram-no. Não o fazem como crentes, pois eram gentios; nem como súbditos do novo Rei, porque não eram judeus; mas como sábios, porque Aquele que adoram é a Verdade o princípio e o fim de toda a sabedoria.

P. Gonçalo Portocarrero de Almada

Fonte: Povo

domingo, 30 de dezembro de 2012

HOMENAGEM À BANDEIRA DE PORTUGAL

Bandeira MonárquicaSalvé, bandeira sagrada,
Bandeira de Portugal!
No cimo do monte agreste,
No fundo do ameno val´.
Ergue-te, bandeira santa,
Bandeira de Portugal!
Salvé, symbolo sagrado
Da Pátria que é nossa mãe
A quem eu respeito e amo,
Como não amo ninguém!
Salvé, bandeira que lembras
A Pátria que é minha mãe!
Feita do sol da glória,
Bandeira do meu paiz,
Tens sulcado os mares longínquos
Em tanto dia feliz,
E ganho tanta batalha,
Bandeira do meu paiz!
Oh! Bandeira azul e branca!
Azul, como o bello ceu,
Branca, cor dos brancos anjos…
Que grande encanto é o teu!
As cores da nossa bandeira
Vieram ambas do Ceu!
Grava-te bem na minha alma,
Bandeira minha querida!
Que eu nunca em vida me esqueça
De que à Pátria devo a vida,
O sangue, a glória, tudo,
Bandeira minha querida!
Salvé, bandeira formosa,
Bandeira do meu paiz,
Que por elle é minha vida,
E que eu morria feliz,
Se na morte me abraçasses,
Bandeira do meu paiz!
Porque eu te amo no mundo,
Como não amo ninguém,
Salvé, bandeira que lembras
A Pátria que é minha mãe!

Autor: António de Oliveira Salazar

"PLANO C - O COMBATE DA CIDADANIA" EM COIMBRA


RAINER DAEHNHARDT SOBRE OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS NA ARMARIA PORTUGUESA


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Como é que o avanço tecnológico da armaria portuguesa fez com que tão poucos vencessem tantos em tantas guerras. Rainer Daehnhardt, especialista em armaria, explica-nos porquê. 

SAGRADA FAMÍLIA

sábado, 29 de dezembro de 2012

THE OFFICIAL PORTRAIT OF HRH D. ISABEL

Dame Dr. Sofia Marques with the official portrait of HRH D. Isabel she painted and donated for the 40th birthday of the Duchess of Braganza. 
Knights and Dames

(A)MANHÃ DE RESTAURAÇÃO

Armas de D. João IV - o Restaurador.
«Restauração, s. f. (do Lat. restauratione). 1. Acção ou efeito de restaurar. 2. Reparação, restabelecimento. 3. Recuperação. 4. Acto de reaver a independência ou nacionalidade perdidas. 5. Polít. Reestabelecimento de antiga dinastia no trono que perdera.»
Conforme a Lexicoteca - Moderno Dicionário da Língua Portuguesa.

Para além de um ser vivo dotado de uma missão, conforme defendeu Leonardo Coimbra, Portugal é também um corpo místico, uma entidade metafísica intemporal, cujas manifestações se revelam no plano material de inimagináveis formas ou maneiras. Essencialmente espiritual, Portugal é um Mito povoado de mitos, uns mais próximos de uma dita realidade do que outros. 

A tendência positivista-materialista e decadentista emergente no seio das nossas comunidades a partir dos séculos XVIII e XIX procurou asfixiar e anular a vivência desses mitos, substituindo-os pela mentira degenerativa, responsável por parte decadência da Pátria, impedindo que esta se renovasse e auto-revitalizasse. Alguns porém foram impossíveis de apagar, dada a sua necessidade para a manutenção de regimes e ideais políticos, conforme podemos constatar no artigo de Sérgio Campos Matos intitulado Hispanofobia e nacionalismo – a Comissão 1º de Dezembro e a memória de 1640 (1861-1926), apresentado no XXIX Encontro da Associação Portuguesa de História Social e Económica, realizado no Porto em finais de 2009, onde vemos uma mesma data ou acontecimento, ser celebrada, tanto pela esquerda como pela direita política, conforme os interesses do momento. Ora, celebrar o 1º de Dezembro significa celebrar um renascimento, um reacordar ou redespertar de Portugal, pelo que pela sua essência, está muito para lá do alcance de qualquer possível acto ou reivindicação política.

Não obstante essa dimensão meramente política que se procura dar desde as primeiras comemorações do 1º de Dezembro, grande parte dos nossos historiadores e outros intelectuais incorrem por norma num erro crasso, passível da velha palmatória. Ora, conforme lembrava nas suas aulas de Direito Internacional Público, o Professor e ex-Ministro da Defesa e Ultramar Joaquim Moreira Silva Cunha, desde a sua fundação, Portugal jamais perdeu a sua independência, lembrando o facto da dinastia Filipina governar segundo o princípio um Rei duas Coroas. Os nefastos resultados políticos, sociais e económicos desse período são inequívocos, indesculpáveis, intoleráveis e inquestionáveis, não sendo obviamente um bom português todo aquele que de algum modo procura defender a integridade, valor ou direito governativo de qualquer um dos Filipes. Contudo, independência e soberania foi algo que nunca perdemos. Na realidade, muitos dos traços que hoje são apontados como marcas e traços de demarcação de poder e soberania, eram na altura respeitados durante a nossa malfadada dinastia estrangeirada, coisa que hoje não acontece. Tomemos alguns exemplos para ilustrar esta nossa afirmação: a língua  e armas portuguesas foram naquele tempo mantidas e salvaguardadas como oficiais nas nossas Instituições e contactos internacionais, hoje coloca-se a nossa língua sob a égide de um obscuro (des)acordo ortográfico que a desrespeita e descaracteriza, com a União Europeia chega-se mesmo a colocar em causa a língua portuguesa como idioma oficial daquela organização supranacional, tendo a nossa bandeira sido substituída por aquela da União Europeia; Portugal manteve durante o domínio filipino as suas fronteiras, continuou a cunhar moeda, as suas populações podiam decidir o que cultivar, hoje, perante essa impossibilidade, os resignados afirmam que essas são questões de pormenor.  

De facto, 1640 acontece apenas quando Gaspar de Guzmán y Pimentel Ribera Velasco e Tovar, conhecido  por Conde Duque de Olivares, encarregue de dirigir D. Filipe III de Portugal, um monarca inábil e fraco, decide fundir o reino de Portugal no conjunto das Espanhas, procurando-nos retirar aquilo que apenas a União Europeia haveria de conquistar séculos mais tarde. A diferença entre aquele tempo e os dias de hoje recai na fibra que constitui os portugueses, hoje um povo adormecido, perdido num denso nevoeiro que lhe impede de encontrar o Norte e defenestrar os actuais Miguéis de Vasconcelos e Cristovãos de Moura.

Desta forma, podemos concluir que, na realidade, ao invocarmos a Restauração no primeiro dia de cada mês de Dezembro, não estamos a celebrar um resgate da independência, pois esta, apesar de várias vezes ameaçada, jamais foi perdida - Portugal, Nação Invicta e Imortal. Restauração não implica também um regresso ao passadismo, pelo contrário, prospectiva um futuro. A cada 1º de Dezembro devemos antes comemorar a vitória sobre o nosso abastardamento espiritual, transformando este dia numa celebração do Triunfo Português sobre o triunfo dos porcos.

RAINER DAEHNHARDT | O ELMO DE DOM SEBASTIÃO


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Mais um vídeo do programa Perspectivas de Oliveira Dias; um dos muitos capítulos de revelações trazidas ao público, amante da História de Portugal. A história que rodeia este elmo é-nos contada na primeira pessoa pelo autor Rainer Daehnhardt que trouxe para Portugal o elmo de Dom Sebastião (e não o capacete) que esteve na batalha de Alcácer-Quibir. 

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

PORTUGAL PRECISA DO REI DOM DUARTE III, COM URGÊNCIA!

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Plano C.
C, de Cidadania.
Cidadania, só com Monarquia!

EURONEWS: A MONARQUIA EUROPEIA, UM MODELO INVEJÁVEL?

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A monarquia está atualmente presente em uma dúzia de países europeus, mas até que ponto é que o papel dos reis e das rainhas é relevante? Será justificável decapitar estas instituições?

Stéphane Bern, jornalista perito em assuntos da monarquia, responde a esta e outras perguntas, colocadas pelos telespectadores.

Owen Brown, Bélgica: Gostava de saber para que serve um rei?

Stéphane Bern: “Pode até parecer decorativo, mas um rei é como uma pedra angular. Rebentamos a pedra e toda a estrutura entra em colapso. De certa forma, é o cimento de uma nação, é um embaixador, um símbolo nacional que promove a união. É como se existisse um árbitro. O árbitro não pode ser o capitão de uma das duas equipas. Julgo que os adeptos de futebol compreendem bem a metáfora.”

Alex Taylor, Euronews: Mas há nações que passam bem sem Reis, como o seu país Stéphane.

Stéphane Bern: “Se se passasse bem não teríamos no centro do nosso debate a questão da identidade. A nível partidário pode haver uma cisão ao mais alto nível do Estado. Penso que é preciso diferenciar as coisas. Há o simbolismo de uma nação e de um Estado e ao mesmo tempo a vida de um Governo e alternância. Percebemo-lo em Espanha, na Grã-Bretanha, Bélgica, funciona bastante bem. O objectivo é manter a unidade nacional e preservar a identidade no exterior. Vemos, por exemplo, que os Reis se converteram em embaixadores, caixeiros-viajantes, principalmente em período de crise. Fazem as malas e partem a vender o produto nacional no mundo. Abrem as portas ao comércio, porque se converteram de certa forma em caixeiros-viajantes de luxo.”

Antoine, Lyon, França: Consegue explicar porque é que as pessoas que vivem em países sem monarquia se sentem fascinadas pelas nações que a conservam?

Alex Taylor, Euronews: É verdade que em vários países, a França incluída, as pessoas se sentem fascinadas com o que passa, por exemplo, no Reino Unido. Porquê?

Stéphane Bern: “Há duas razões. Por um lado julgo que há uma espécie de complexo, um fenómeno de culpabilização, secreto sem dúvida, pela decapitação do nosso rei. Ao mesmo tempo surge o fascínio.”

Alex Taylor, Euronews: Ainda?

Stéphane Bern: “Não tenho sentimentos de culpa, mas consigo entender. E por isso pedimos ao nosso chefe de Estado que esteja à altura da rainha de Inglaterra ou de David Cameron, o primeiro-ministro. É muito complicado. Existe uma esquizofrenia permanente, mas é verdade o que dizia o general De Gaulle, que ‘os franceses têm o gosto dos príncipes, mas procuram-no sempre no estrangeiro’. Ao mesmo tempo, os países que têm uma monarquia são sempre um pouco criticados porque existe uma visão de notário, principalmente em contexto de crise, existe uma visão de contabilista ao estilo de ‘Quanto custa uma monarquia?’ É preciso dizer que custa três vezes menos do que uma República porque não há eleições presidenciais e poderia ser cinco vezes mais, porque existe o turismo e todos os contratos comerciais de que falei, que se firmam graças à presença de um monarca que garante uma larga duração destes contratos.”

Inma, Espanha: Porque é que os países com um rei e uma rainha são geralmente demasiado “pró-monárquicos”. As críticas na imprensa parecem ser pouco toleradas. Há uma censura?

Stéphane Bern: “Pelo contrário, não há qualquer censura. Assistimos, por exemplo, em Espanha, onde os catalães queimaram por vezes efígies reais e a crítica continua a existir. Também o percebemos no episódio da caça que envolveu o rei de Espanha. O rei foi obrigado – o que nunca acontece – um chefe de Estado ir à televisão pedir desculpa ao povo espanhol por uma falta de gosto, uma falta política. Mas ele também fez coisas formidáveis durante o reinado e foi pedir desculpa por uma coisa que o culpavam. Não só julgo que a crítica é muito fácil, como não se dúvida em fazê-lo porque não se pode entrar no jogo da resposta. Os reis e as rainhas da Europa não respondem e eu defendo-os porque penso que é demasiado fácil atacá-los constantemente, a um poder que é simbólico. Não é um poder político, é um poder simbólico, um poder moral. É preciso um poder simbólico que garanta o respeito de todos os cidadãos. Vou colocar uma questão. Porque é que as monarquias europeias continuam a ser uma ponta de lança da modernidade? Se nos debruçarmos sobre as monarquias escandinava ou britânica constatamos que continuam à frente de países como a França na evolução dos costumes, sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, numa série de questões sociais. Todas as monarquias estão à frente das repúblicas. Curioso, não?”

Wes, Reino Unido: Vi recentemente nas notícias que as famílias reais espanhola e sueca tiveram ambas problemas com a lei. Gostaria de saber se isso terá impacto no apoio público?

Alex Taylor, Euronews: As travessuras de Karl Gustav na Suécia, o genro do rei de Espanha apanhado num caso de desvio de fundos, são escândalos não muito favoráveis à monarquia em geral, para a imagem de marca.

Stéphane Bern: “Evidentemente podemos questionar-nos sobre os escândalos que afectam ou não as diferentes monarquias. Desde que o soberano faça convenientemente o seu trabalho, julgo que não o criticaremos. É verdade que uma monarquia é antes de mais uma família que reina, por isso pode criticá-lo pelo comportamento do genro, mas repare, em Espanha cortam-se os ramos quando estão mortos. Por exemplo, o rei cortou relações com o genro com comportamentos impróprios, apesar do caso ainda não ter chegado a tribunal. Veremos o que acontece. Quanto à vida privada do rei da Suécia não afecta em nada a posição que ocupa enquanto soberano do país.”

Alex Taylor, Euronews: Mas não é muito bom para a imagem do rei como símbolo, como imagem de marca de um país.

Stéphane Bern: “Efetivamente, como símbolo e imagem de marca do país, podemos criticá-lo por várias coisas, mas algumas têm três décadas. Julgo que entretanto amadureceu, deixou o passado de mulherengo e de príncipe insubordinado acabando por cumprir uma verdadeira missão. A monarquia sueca é muito popular, basta ver a multidão que se juntou para o casamento da princesa Vitória. Eu próprio estive lá e posso assegurar que os suecos apoiam a coroa. Julgo que não há crise de regime, de identidade que ameace a família real. Pode até haver crises significativas em Espanha, com o movimento independentista catalão. Depois existe a Bélgica com o rei que é o cimento da nação e depois, talvez, a rainha de Inglaterra. Conseguirá garantir que a Escócia continua a ser parte do Reino Unido? São estas as questões que importam, parece-me, não as de saber se o rei teve relações extra-conjugais há 30 anos.”

Marin, Bélgica: Gostaria de saber o que levou o Stéphane Bern a interessar-se tanto pela monarquia?

Alex Taylor, Euronews: Gostava de ter sido rei?

Stéphane Bern: “De todo. Não tenho qualquer fantasma nobiliárquico, nem real, nem principesco. Simplesmente a minha família é de origem luxemburguesa e a monarquia do Luxemburgo defendeu a independência e a identidade do Luxemburgo. Foi importante porque a minha família teve de abandonar o território durante a guerra quando os nazis invadiram a região em 1940. A Grã-duquesa Charlotte defendeu verdadeiramente a causa. Incarnou a resistência ao inimigo nazi e isto é algo que não podemos esquecer quando vivemos dramas. Eu fui criado com este espírito. No espírito que a nossa família grão-ducal defendeu a nossa identidade, a nossa soberania e independência cobiçada pelos vizinhos poderosos. Se continuamos a existir como nação, isso deve-se em grande parte à nossa família grão-ducal. Foi assim que caí neste caldeirão. Descobri certa vez que também sou francês. Tentei ver os méritos e mergulhei na história. Quando o fazemos aprendemos sobre as nossas origens e talvez a perceber em que direcção caminhamos.”


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RAINER DAEHNHARDT: ONDE ESTÃO AS ARMADURAS DOS NOSSOS REIS ?


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Uma vez mais Oliveira Dias entrevista Rainer Daehnhardt. Desta feita sobre sobre as armaduras dos nossos Reis. Sabemos que em nove séculos muitos cavaleiros que construíram Portugal usavam armaduras. As perguntas que se põem, e são muitas, resumem-se em saber onde é que estão estas armaduras e de como eram feitas? Podemos encontrar as respostas na clara exposição que Rainer apresenta ao ouvinte e amante da nossa história de Portugal. 

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

APROXIMA-SE O DIA DO JANTAR DE REIS. MARQUE NA SUA AGENDA.


A MONARQUIA É SUPERIOR

Muitos se interrogam acerca da razão pela qual as palavras do Presidente da República não são escutadas ou pior ainda, se tornam parte da gincana partidária, malbaratando-se assim aquele princípio de equitativa distância que se supõe em qualquer chefia de Estado. Pouco interessará se o utente do cadeirão presidencial seja Soares, Sampaio ou Cavaco Silva, pois a constante confirma-se sempre décadas sobre década e nem poderia ser de outra forma, dada a base de legitimidade onde a instituição assenta. 

Os conselhos jamais são escutados, a conhecida fábula da magistratura de influência não passará disso mesmo, de uma lenda tão nebulosa como a floresta de Birnam. Conhecem-se os nomes de uma infinidade de amigos acumulados por uma "inexperiência política" já anciã de mais de trinta anos, onde houve momentos bastante azados para se tecerem redes de influência em todos os aspectos da vida do Estado e sectores adjacentes da economia, finanças e imprensa. Em suma, permanecerá sempre a desconfiança, aliás plenamente confirmada pelo ridículo score eleitoral saído das últimas presidenciais, somando-se ainda as iniludíveis responsabilidades pela desastrosa "cooperação estratégica" que conduziu o nosso país ao abismo. Se infelizmente não podemos dizer que se terão tratado das derradeiras eleições ocorridas sob a forma de organização do Estado saído da longa e permitida subversão e dos golpes de 1908 e 1910, nem por isso deixam de estar bem evidentes as fragilidades e o completo descrédito da instituição de todas as conspirações, conluios e recados de encomenda.

Em Espanha passa-se precisamente o oposto. O discurso que o Rei João Carlos pronunciou há dois dias, consiste num claro repto lançado a toda a sociedade espanhola e pelas reacções imediatas da chamada opinião pública, atingiu plenamente os objectivos pretendidos, enumerando aquilo que mais urgente há a fazer: a reabilitação da política no seu melhor sentido. Essa política a que o Rei apela, deverá atender às prementes necessidades da reforma do Estado saído do já longo período de transição no qual a Coroa foi o elemento mais sólido, intransponível e coerente na conformação do todo. O Rei há muito se apercebeu do perigoso resvalar das reputações - inclusivamente da própria, sempre à mercê de críticas justas ou absurdas -, pois estas, se encaradas de forma global, serão aquele elemento incontornável e capaz de fazer ruir um sistema laboriosamente trabalhado e que deu ao país um feliz período de paz, progresso, justiça e tratamento equitativo sem paralelo na sua história. 

Sabemos o que em Portugal significaria ter D. Duarte como Rei. Nada dado a frivolidades - talvez o único argumento que os republicanos em Espanha aproveitam para atacar o Grande Homem que é D. João Carlos -, perfeitamente consciente da situação de Portugal no mundo e do seu percurso histórico que ainda lhe garante a soberania, teríamos um monarca avesso a jogos partidários e às fáceis cedências a uma anónima Europa que nos sufoca. O nosso país contaria com o Rei decomprometido dos privados interesses que arruinaram Portugal e ainda mais importante, alguém disponível para a aceitação de uma profunda alteração da organização do Estado, prioridades sociais e a imperiosa preservação daquilo que é intrinsecamente português. Em suma, teríamos um supervisor da boa política, a única que interessa.

Sem essa política não existe a democracia, por melhor rotulada que esta esteja. A boa política tem muito a ver com o acerto das decisões atempada e cuidadosamente ponderadas e como seria evidente num Portugal normalizado, gizadas para um prolongado prazo que se medirá por décadas. As bases aí estão bem sólidas desde há quase setecentos anos e nem sequer a passagem dos séculos foi passível de uma grande alteração dos fundamentos da política portuguesa na arena internacional. Disso o regime tem tido alguma conta, mas de facto, os erros e as derivas têm sido catastroficamente acumulados devido à ânsia do agradar de sectores onde a cacicagem impõe cedências que muito prejudicaram o Estado e a sociedade civil. Não existe má política que não tenha imediatos reflexos na educação, saúde, defesa, economia, finanças e estabilidade social.

O Rei João Carlos impôs como metas o respeito pelo outro, o desenhar de objectivos claros a longo prazo, a lisura pessoal como essência do serviço público, a lealdade e também, como o caso espanhol impõe sem subterfúgios, o reconhecimento da pluralidade. Os sacrifícios de hoje, apenas terão razão de ser se existir uma sólida perspectiva de reforma onde a justiça, a simplificação do aparelho do Estado e a confiança nos agentes políticos for garantida. Ora, no Portugal de hoje, tal parece ser uma tarefa impossível, não existe o norte e nem sequer aquela carga simbólica que uma certa instituição  - independentemente da personalidade que no momento a encarna - significa. Uma vez mais, os espanhóis estão em clara vantagem.

Cavaco Silva poderia ter aguardado a ora real e somente necessitaria de um bom tradutor para a pronunciar em bom português, apenas mudando o nome do país. Apesar deste louvável esforço, duvidamos do alcance que as palavras teriam nesta terrível balbúrdia, nestes dias do fim que o regime ingloriamente enfrenta.

O Rei é o Rei. Gostaríamos que alguém nisto que é e sempre foi a República, nos oferecesse uma confiança e determinação comparável.

Publicado por Nuno Castelo-Branco, em Estado Sentido

PROGRAMA PERSPECTIVAS RECEBEU RAINER DAEHNHARDT PARA CONTINUAR A FALAR DA RAINHA SANTA ISABEL - 2ª PARTE


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Oliveira Dias volta a entrevistar Rainer Daehnhardt, completando-se assim o tema Rainha Santa Isabel e a mensagem que a mesma encerra, tão actual, tão necessária nos dias que corrrem e que fazem apelo aquilo que de mais poderoso a humanidade tem de forma intrinseca – a solidariedade, o de dar sem esperar receber, e sobretudo amar o próximo, mesmo que o paraíso não exista. O Culto do Espírito Santo, introduzido pela Rainha Santa em Portugal é o caminho que a Rainha Santa preconizou, e este continua a ser a opção para Portugal. 

CASTRO LABOREIRO, TERRA COM ALMA

«Uma das aldeias mais emblemáticas do Minho é Castro Laboreiro, onde ainda imperam os costumes castrejos. Situado no coração do Parque Nacional da Peneda-Gerês, a mais de 900 metros de altitude, é um local pacato e muito conhecido pela raça nativa dos cães Castro Laboreiro.»
Excerto retirado do Atlas de Portugal Vol. 1: Entre Douro e
 Minho, Montes entre Larouco e Marão, Trás-os-Montes.

Encarnando toda a magia do verde Minho, Castro Laboreiro destaca-se pela sua impressionante beleza natural e patrimonial. Existem inúmeros vestígios antiquíssimos da ocupação humana naquela região, sendo um local de bastante interesse para todos os entusiastas da história e da arqueologia. As mentes mais românticas conseguem até vislumbrar um outro tempo, longe da modernidade, onde o Homem e a Natureza trabalhavam lado a lado em incógnita harmonia.
A riqueza do património paisagístico e natural tem um peso enorme na valorização da região. É ainda possível observar as matilhas de lobos selvagens nas encostas desta terra minhota. A presença do lobo está certamente associada ao aparecimento do Castro Laboreiro, uma raça de cães autóctone, tradicionalmente ligada à pastorícia - actividade ali bastante enraizada. Terra de diversidade quanto à sua fauna e flora, Castro Laboreiro apresenta quatro faces de distinta beleza. Uma por cada estação do ano. Podemos por isso afirmar que não existe uma altura melhor ou pior para visitar aquele pedaço de paraíso. Primavera, Verão, Outono e Inverno mostram aos visitantes diferentes aspectos de um tesouro comum.
Relativamente às suas gentes, Castro Laboreiro conserva o tradicional carácter das gentes do Norte de Portugal, sendo que naquela região em particular, subsiste ainda uma reserva espiritual da nossa própria ancestralidade.
Com o escopo de dar a conhecer um pouco da beleza natural desta região, resolveu-se partilhar neste espaço algumas fotografias retiradas da página oficial do Hotel Castrum Villae que ilustram bem a sublimidade intemporal da paisagem natural de Castro Laboreiro. Um destino a visitar algures entre Janeiro e Dezembro.



















quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

S.A.R. O SENHOR DOM DUARTE PRESENTE NA HOMENAGEM A GONÇALO RIBEIRO TELLES

Fotos do Jantar de Homenagem a Ribeiro Telles, no dia 14 de Dezembro com a presença de SAR, o Senhor Dom Duarte de Bragança.

O REGIME DEMOCRÁTICO EM DISCUSSÃO EM VILA REAL

O PLANO C – O Combate da Cidadania é uma edição do Instituto Democracia Portuguesa (IDP), que, segundo dois dos autores e apresentadores, pretende lançar o debate sobre a reforma do Estado, para “promover os interesses comuns dos portugueses num contexto de transição para um democracia cada vez mais genuína.” O IDP, que integra, entre outros nomes de gente bem conhecida, como Rui Moreira, Rui Rangel, João Palmeiro, Carlos Reis Marques, Gonçalo Ribeiro Telles, Salgado Matos e Mendo Henriques, tem vindo a apresentar propostas sobre vários temas, ao longo dos últimos três anos. Pretende ser uma plataforma que ponha os portugueses a discutir sobre as mudanças necessárias no regime democrático e uma maior intervenção na vida política. Sem se contra os partidos, defende uma maior participação dos cidadãos na vida política, através da abertura de candidaturas independentes aos diferentes órgãos políticos.
O livro foi apresentado em Vila Real, no Museu da Vila Velha, no passado dia 10, com a presença de Rui Ranel e Mendo Henriques, por iniciativa da UTAD. Na mesa esteve a Vereadora Dolores Monteiro, sendo a apresentação feita pelo reitor da UTD, Professor Carlos Sequeira.
 
Apesar do adiantado da hora, ainda houve tempo para debate, o que mostrou que o livro despertou o interesse dos presentes e há cidadãos dispostos a participar nos debates que o IDP Se propõe realizar.

RAINER DAEHNHARDT NA TV ODIVELAS | RAINHA ST.ª ISABEL E D. DINIS


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O primeiro programa de uma série de dois efectuado por uma TV regional que pode ser visionado clicando  na legenda. Grandes histórias verídicas suportadas por documentos que pretendem repor verdades históricas sobre Portugal e fazer o revisionismo de factos que nos foram ocultados através de gerações. Neste caso trata-se da Rainha Santa Isabel e do Rei Dom Dinis.
Durante o decorrer da prelecção fornecida por Rainer Daehnhardt poderemos apreciar, na parte final, a apresentação de alguns objectos preciosíssimos e extremamente curiosos relacionados com a temática em si. A não perder.


EXEMPLOS DA "NEFANDA CARIDADE" (3): INSTITUTO DE SOCORRO A NÁUFRAGOS

A chamada "caridadezinha" deixa de sê-lo quando se trata de uma obra bem fundada, com continuidade e pedagogia.
Sabia-se qual era o deplorável estado em que se encontraria quem por fatalidade se "atrevesse a naufragar" junto à costa portuguesa, durante muito tempo apelidada internacionalmente como "A Costa Negra". Houve quem tivesse instituído uma organização de "solidariedade", como hoje se usa dizer para efeitos de cartilha programática daqueles obcecados pelo ataquei à carteira dos demais.
Aqui está o ISN, outra obra da Caridade da Rainha Dona Amélia de Orleães.
Nuno Castelo-Branco

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

JESUS NASCEU. FELIZ NATAL!



AOS JOVENS DO DISTRITO DE AVEIRO

Antes de mais bem-vindo à página da Juventude Monárquica de Aveiro, o núcleo jovem da Real Associação da Beira Litoral.

É nossa intenção reunir todos os jovens do distrito de Aveiro que sejam monárquicos ou que simpatizem com a Monarquia. Pretendemos ainda esclarecer todos os jovens aveirenses que não conheçam o movimento monárquico nacional sobre o que é ser monárquico em pleno século XXI. Sim, existe um movimento monárquico em Portugal e está em crescimento. Sim, existem cada vez mais monárquicos jovens em Portugal.

Durante muito tempo temos assistido à criação e divulgação de ideias erradas a nosso respeito que têm de ser desmentidas. Não somos todos “nobres” e/ou ricos. Não somos “betinhos”. Acusam-nos frequentemente de ser conservadores mas também isso não corresponde inteiramente à verdade. Fundamentalmente o movimento monárquico (e em particular o jovem) é plural e, como tal, admite entre os seus membros pessoas com os mais diversos tipos de pensamento e postura perante a vida. Do rico ao pobre, do conservador ao liberal, do “nobre” ao “plebeu”, todos são bem-vindos e de igual importância. Uma das nossas maiores características é um forte amor a este país que é Portugal ao qual orgulhosamente chamamos de Pátria.

Não somos antiquados e não ficámos parados no tempo, antes pelo contrário. O nosso profundo respeito pela história nacional faz-nos compreender o passado e, com isso, fazer uma transição tranquila para o presente tendo sempre em vista criar um futuro melhor para Portugal. O que importa de facto é o futuro nacional.

Como jovens temos a consciência que o futuro nos pertence a nós e que, como tal, as consequências das más decisões de hoje irão atingir-nos primeiramente a nós. Por esse motivo olhamos o tempo presente com apreensão. É o nosso futuro que está em risco. Analisando friamente a realidade que nos rodeia não vemos soluções para o presente nem esperança para o futuro neste Regime Republicano que nunca soube defender os verdadeiros interesses de Portugal e o seu Povo. Para nós a Monarquia é o único Regime que pode ajudar a proteger o nosso futuro, o futuro desta Nação.

Defendemos uma verdadeira democracia com a participação activa da população na vida pública nacional e vemos na Família Real, encabeçada por D. Duarte, Duque de Bragança, a verdadeira defensora dessa mesma democracia. Para nós não pode haver Monarquia sem Democracia activa.

Deste modo, enquanto jovens temos não só o direito como a obrigação de lutar por um futuro melhor em Portugal! São tantos os argumentos a favor da Monarquia que seria impossível dizê-los todos aqui sem tornar este texto demasiado cansativo.

Por tudo isto incentivamos-te a seres ousado como um jovem deve ser. Ousa descobrir por ti mesmo este movimento que tem tanto para dar a Portugal. Dá o teu grito de independência! Ousa pensar e concluir por ti mesmo, renegando as ideias pré-concebidas. Ousa lutar por ti, pelo teu futuro. Nós não temos medo do confronto de ideias. Vem descobri-nos. Coloca-nos, sem qualquer receio, todas as tuas dúvidas. Haverá sempre alguém pronto a responder às tuas questões!

Junta-te a nós na luta por Portugal e na defesa do seu futuro na certeza de que serás bem-vindo.

Daniel Macedo – Juventude Monárquica de Aveiro

INAUGURAÇÃO DO GABINETE DOUTRINÁRIO DA JUVENTUDE MONÁRQUICA DO PORTO


Henrique Sousa de Azevedo

Caros correlegionários monárquicos, 

A cinco de Outubro de 1910 Portugal desapareceu para dar lugar à República Portuguesa. Pouco mais de dois anos volvidos após o regicídio, os portugueses viram-se de novo privados de um chefe de Estado democrático. Sedentos de poder e desejosos de legitimar o novo regime perante um povo que não o tinha escolhido, os republicanos cedo trataram de inventar novos símbolos nacionais. A tarefa passou por uma longa e morosa campanha publicitária — que persiste até aos dias de hoje — para denegrir a monarquia, retratando o soberano como um autocrata despótico, que governa pela força e pelo medo. Em oposição, a república é apresentada como tendo o monopólio da democracia, perene e inquestionável. Apesar de sucessivas tentativas de branqueamento dos abusos de poder que caracterizaram a I República, a verdade é outra.

Foi com a maior honra e sentido de dever que aceitei o convite para encabeçar o Gabinete Doutrinário da JMP, seguro de que posso dar um contributo para a promoção do ideal monárquico da forma que o concebemos: legitimado pelo povo, democrático e, acima de tudo, justo. Sei que a tarefa a que me proponho não é fácil, mas com afinco e tenacidade conseguiremos derrubar os preconceitos e a ignorância que ainda predominam na opinião pública. Nas palavras de Churchill: “We must KBO—keep buggering on.” Passo a passo, os portugueses perceberão que o Rei que queremos respeita a divisão de poderes, aconselha os governantes baseando-se na sua experiência e na sua dedicação total à Pátria e defende os interesses nacionais aquém e além-fronteiras. Não tenho dúvidas que, com o nosso apoio e lealdade, SAR o Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança, herdeiro e representante dos Reis de Portugal, será um chefe de Estado tão exemplar quanto tem sido como chefe de família. Afinal de contas, o que é a Nação senão a grande família dos portugueses?

Para que a nossa empresa seja levada a bom porto, teremos que ser pro-activos: debatam as questões, enviem-me textos de cariz doutrinário (que terei todo o gosto em divulgar), façam sugestões e críticas construtivas. Pela nossa parte, poderão contar com a Juventude Monárquica para organizar eventos de natureza diversa (palestras, tertúlias, debates) destinados a todos os que estiverem interessados em envolver-se na grande e nobre causa que é a restauração de Portugal pela monarquia.

Saudações monárquicas,


A QUADRA NATALÍCIA E O SEU APELO À FRATERNIDADE E À PAZ

Manuel Augusto Rodrigues
O Natal foi sempre uma data especial no calendário cristão, mas os não crentes em larga escala comungam da celebração desta data. Em Ano da Fé e de uma Nova Evangelização e a 50 anos do Vaticano II este Natal reveste-se de um significado particular. O apelo à «Paz na terra aos homens de boa vontade» sintetiza o conteúdo rico de tão significativa festividade que une as famílias, cria genuínos sentimentos de fraternidade e de abertura do coração. O Natal tem uma dimensão universalista.

A liturgia fornece uma imensidade de temas que enriquecem o espírito e nos transpõem para um mundo diferente do terreno. Retomando imagens de uma beleza extraordinária que os textos proféticos encerram, conduz-nos a uma interpretação do grande acontecimento quem abriu ao mundo perspectivas inovadoras orientadas para a salvação. Os hinos “A solis ortus cardine” e “Christe, redemptor hominum” e uma infinidade de cantos como o “Adeste, fideles” procuram enaltecer o mistério e traduzir a alegria e a esperança. Nesta quadra o homem como que para e entra no mais íntimo do seu ser. O Lógos que é a Palavra instalou-se na Terra para comunicar os caminhos da verdade, da justiça, do amor e da paz. O silêncio da noite sagrada contém uma mensagem de amor e de reflexão.

S. João fala do Lógos que esteve no princípio de todas as coisas e, chegada a plenitude dos tempos, no início de uma outra fase da história, se fez carne e habitou entre os homens («In principio erat Verbum….et Verbum caro factum est»). Ele é a luz que ilumina e dissipa as trevas da mente e é a vida que garante a existência no seu verdadeiro sentido. S. Leão Magno escreveu: «Ponhamos de parte, portanto, «o homem velho com a sua conduta anterior» (Ef 4, 22). Reconhece, ó cristão, a tua dignidade e não queiras voltar à abjecção de outro tempo levando uma conduta indigna. Recorda que, resgatado do poder das trevas, passaste para a luz do Reino de Deus».

A literatura, a arte e a música inspiraram-se no nascimento de Jesus que deu origem a obras inesquecíveis. Milton compôs a “Ode au matin de la Nativité”; são célebres as criações de Giotto na basílica inferior de S. Francisco em Assis e o de Botticelli que se encontra em Londres; Bach compôs o famoso “Oratório de Natal” e Olivier Messiaen “A Natividade do Senhor”. Entre nós igualmente foram muitos os que à luz do Natal deixaram testemunhos eloquentes da novidade, em que o presépio figura como o seu símbolo mais expressivo.

A quadra natalícia tem no dia 1 do Ano Novo o seu ponto alto. A Igreja desde há anos dedica-o à festividade de Maria Mãe de Deus e à Paz. É já tradicional a Mensagem que o Papa dirige ao mundo nesta ocasião. Desta vez o tema escolhido é “Bem-aventurados os obreiros da paz” (Mt 5, 9). A Mensagem que é uma mini-encíclica está dividida em sete pontos: depois de falar do significado das Bem-aventuranças, Bento XVI aborda os temas seguintes: a paz, dom de Deus e obra do homem; os seus obreiros que são aqueles que amam, defendem e promovem a vida na sua integridade; a construção do bem da paz através de um novo modelo de desenvolvimento e de economia; a educação para uma cultura da paz em que é preponderante o papel da família e das instituições; e, finalmente, uma pedagogia do obreiro da paz.

O Pontífice escreve que os autênticos agentes de paz devem prestar atenção à dimensão transcendente e ao diálogo constante com Deus. O pecado manifesta-se através do egoísmo e da violência, da avidez e do desejo de poder e domínio, da intolerância, ódio e estruturas injustas, nos atentados à dignidade da pessoa humana, à vida e à família. O Pontífice lembra que a Paz não é apenas ausência de guerra. No seu sentido genuíno (segundo o termo hebraico shalôm) significa plenitude, realização perfeita, harmonia do homem e da sociedade e fidelidade à consciência bem formada. O nosso tempo, caracterizado pela globalização, com seus aspectos positivos e negativos requer um renovado e concorde empenho na busca do bem comum, do desenvolvimento de todo o homem e do homem todo. Lê-se na Mensagem papal: «O desejo de paz corresponde a um princípio moral fundamental, ou seja, ao dever-direito de um desenvolvimento integral, social, comunitário, e isto faz parte dos desígnios que Deus tem para o homem. Na verdade, o homem é feito para a paz, que é dom de Deus».

O Papa Bento XVI pede «um renovado e concorde empenho na busca do bem comum, do desenvolvimento de todo o homem e do homem todo». Refere-se à realidade do nosso tempo que é ainda marcada por sangrentos conflitos e por ameaças de guerra; às crescentes desigualdades entre ricos e pobres, pelo predomínio duma mentalidade egoísta e individualista que se exprime inclusivamente por um capitalismo financeiro desregrado; às variadas formas de terrorismo e criminalidade internacional e aos fundamentalismos e fanatismos que distorcem a verdadeira natureza da religião.

A terminar, diz: «É preciso renunciar à paz falsa, que prometem os ídolos deste mundo, e aos perigos que a acompanham; refiro-me à paz que torna as consciências cada vez mais insensíveis, que leva a fechar-se em si mesmo, a uma existência atrofiada vivida na indiferença. Ao contrário, a pedagogia da paz implica serviço, compaixão, solidariedade, coragem e perseverança. Jesus encarna o conjunto destas atitudes na sua vida até ao dom total de Si mesmo, até «perder a vida» (cf. Mt 10, 39; Lc 17, 33; Jo 12, 25)».

Manuel Augusto Rodrigues

Publicado por Opiniao em Diário da Beiras

S.A.R. DOM DUARTE NO 41º DIA NACIONAL DOS EMIRADOS ÁRABES UNIDOS

S.A.R., o Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança, esteve presente nas celebrações do 41.º Dia Nacional dos Emirados Árabes Unidos.
O evento decorreu no passado dia 3 de Dezembro, pelas 19h, no Pavilhão Atlântico/Sala Tejo.