O PPM manifestou hoje “condenação e repúdio” pelas declarações do Presidente da República relativamente ao valor das suas reformas, solidarizando-se com os que se indignaram com essas declarações, de que espera "arrependimento público"
“Sabendo que o rei D. Carlos doava 20 por cento
da sua dotação em 1892 como forma de se solidarizar com o país no âmbito
do combate da crise que então o assolava, é triste ver que, 120 anos
depois, o representante máximo da nação, ao invés de mostrar um esforço
semelhante, como demonstração de solidariedade para com todo o povo
português, queixa-se”, refere o PPM em comunicado.
O documento,
assinado por Paulo Estêvão, presidente do partido, recorda que “Portugal
e os seus cidadãos estão estrangulados por políticas de contenção
orçamental e austeridade que deixaram uma parte significativa da
população à mercê de uma forma de pobreza, em alguns casos camuflada,
mas em outros, bem explícita”.
“O cidadão Aníbal Cavaco Silva,
que é Presidente da República, veio dizer que a sua reforma não chegará
para cobrir as suas despesas, não tendo em conta os milhares de
Portugueses que são obrigados a sobreviver, pelas circunstâncias da vida
e das sucessivas políticas mal geridas que o país sofreu, com uma soma
muito inferior ao seu montante mencionado”, salienta o PPM.
Os
monárquicos manifestam ainda a esperança de que Cavaco Silva “se
arrependa publicamente daquilo que disse e restitua a dignidade ao cargo
que ocupa, já que não tem contribuído com as últimas declarações para
unir e dar esperança aos portugueses”.
Sexta-feira, no Porto,
Cavaco Silva disse que aquilo que vai receber como reforma "quase de
certeza que não vai chegar para pagar" as suas despesas, valendo-lhe as
poupanças que fez, com a mulher, ao longo da vida.
Na altura,
Cavaco Silva, que não aufere vencimento como Presidente da República,
referiu ainda que irá receber 1.300 euros por mês da Caixa Geral de
Aposentações e um montante que disse desconhecer do Fundo de Pensões do
Banco de Portugal.
As declarações de Cavaco Silva provocaram uma
onda de comentários na rede social, nomeadamente na própria página
oficial do Chefe de Estado no Facebook.
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