A imagem mostra a Capela de Nossa Senhora da Ortiga, em Fátima |
ARTUR DE OLIVEIRA SANTOS QUIS FAZER UM COMÍCIO EM FÁTIMA MAS SÓ ENCONTROU BURROS A ZURRAR…
O povo foi à missa à Capela da Senhora da Ortiga e não compareceu ao comício
“Num belo domingo de Agosto de 1917, já depois da prisão dos videntes,
estava programado um comício a realizar junto da igreja paroquial, à
saída da missa das 11 horas, tendo como protagonistas o administrador do
concelho de Vila Nova de Ourém que se fazia acompanhar pelo orador José
do Vale. Não faltavam piquetes da polícia de Vila Nova de Ourém, de
Torres Novas, de Leiria e, até os cabos de ordem da freguesia tinham
sido expressamente intimados a comparecer. O comício, organizado
pela Maçonaria e pela Carbonária, tinha como finalidade provar ao povo a
“intrujice” das Aparições da Cova da Iria.
Mas, surpresa e desilusão! A igreja, àquela hora, estava fechada e as
casas da aldeia também. É que o Pároco, tendo sido prevenido do que iria
acontecer, avisara na missa das almas, celebrada de manhãzinha, que a
missa das 11 horas teria lugar na Capela da Senhora da Ortiga.
Pensando que o povo estivesse na Cova da Iria, os homens do comício para
lá se dirigiram, mas bem se enganaram. Ao regressarem, desiludidos,
encontraram a certa altura uma quantidade de burros presos, a zurrar,
enquanto do alto, a pouca distância, o povo que voltava da missa apupava
a caravana. Tinha sido uma partida preparada por alguns habitantes da
Lomba de Égua. Os cabos de ordem da freguesia juntaram-se então à
multidão e fizeram coro com ela. Nada mais restava aos intrusos do que
fugirem para Ourém, perante as gargalhadas provocadas pelo ridículo da
situação.
Este episódio é muito conhecido entre os habitantes da freguesia de Fátima."
Fonte: P. Jacinto Reis. Invocações de Nossa Senhora em Portugal, d’Aquém e d’Além-Mar e seu Padroado. Lisboa, 1967
Fonte: AUREN
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