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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

PELO BOM CAMINHO


Não participo em actividades políticas de qualquer natureza, mas hoje abri uma excepção. Tratava-se de Política e res publica, termos que de tão prostituídos e aviltados, acabaram por se transformar no contrário daquilo que representam: cidadania e vida pública. Em Portugal, custe a quantos se esmeram na arte do ludíbrio das fórmulas,vivemos desde há muito sob a conjugação do jugo da servidão e da anomia dissolvente. 

Quando se perde a relação dos homens com a vida política, quando tudo o que é fundamento institucional, material, espiritual e intelectual se dissipa e em seu lugar se erigem ficções de legalidade e ordem que não chegam aos corações; quando os cidadãos já não reclamam, por medo ou por impossibilidade, aquele direito elementar à participação naquilo que é deles, vive-se em tirania. Não é, certo, a tirania que enche prisões, persegue, executa; trata-se, talvez de uma forma de tirania que se desconhece a si mesma, mas não deixa de ser tirania, por mais benigna que seja. As tiranias contemporâneas privatizam o espaço público, promovem artificialmente elites, condicionam e manipulam a informação e a educação, dão ao dinheiro mais dinheiro e substituem a espontaneidade pelos apaniguados, pelas seitas e pelos grupos informais.

Recentemente voltou a falar-se na Restauração da instituição real. Aqueles que durante décadas haviam desconsiderado a limites de grosseria os monárquicos, assustaram-se pelo retorno da possibilidade. Da anedota, do humor raivoso e do desprezo, passou-se subitamente a um interesse quase suspeito, aproximação que de tão afável e próxima chega a incomodar. É o velho instinto de sobrevivência das oligarquias. Por outro lado, tal gente parece surpreender-se com a firmeza - sempre polida - dos monárquicos, pela demonstração que fazem das suas convicções e, pasme-se, pela notória superioridade que demonstram em todas as ocasiões em que lhes é permitido furar a censura sem nome.

Hoje foi apresentada no Centro Nacional de Cultura a equipa que nos próximos três anos dirigirá a Real Associação de Lisboa. Tudo o que ouvi dos futuros responsáveis é motivo para as melhores expectativas: gente limpa, informada, clara, sem pretensiosas afectações académicas e capaz de aplicar um programa de acção. Está para trás, finalmente, o tempo das fantasias, dos integralismos, das pedaturas e brasonários. Agora vai ganhar corpo a campanha pela adesão de inteligências e corações. Ao grupo dirigente, que incluiu pessoas respeitabilíssimas, só posso desejar o maior sucesso. Estou certo que não desiludirão, pois ali está a mais interessante conjugação de boas-vontades e militantismo no campo monárquico desde os velhos tempos da Nova Monarquia.


Dezenas de Monárquicos enchem o Centro Nacional de Cultura
 


Foi por ocasião da apresentação da candidatura Lisboa Realista aos Órgãos Sociais da Real Associação de Lisboa que, no passado Sábado, várias dezenas de pessoas compareceram no Centro Nacional de Cultura, local de inegável simbolismo, inspirado pela memória de ilustres monárquicos como Fernando Amado, João Camossa e Henrique Barrilaro Ruas. A razão não era para menos, já que o orador convidado era o Professor José Adelino Maltez, conhecido politólogo e comentador político que depois de ter passado em revista vários factos importantes da história do movimento monárquico do Século XX, ofereceu a sua própria leitura sobre a vocação que devem assumir presentemente as estruturas monárquicas. Recordou que um Rei, mesmo sem poder, tem uma enorme autoridade e que é dessa autoridade histórica que o nosso país não devia prescindir. Lembrou ainda que é urgente restaurar a confiança entre todos os portugueses e o Duque de Bragança, o que se alcançará pela criação de uma efectiva rede de afectos.

 

Seguiu-se a exposição de Nuno Pombo, candidato a presidente da direcção da Real Associação de Lisboa para o próximo triénio. Constatou que existe um ambiente favorável à defesa da solução monárquica porque os monárquicos, reconhecendo embora a urgência da conjuntura, não perdem de vista a importância das instituições que nos representam. Frisou que Portugal nunca perderá a sua identidade mas lembrou que isso não nos poderia distrair da tarefa de velarmos pela nossa independência. estivesse assegurada. do que somos. Apresentou ainda as linhas mestras do exigente programa de acção, que assumiu ser de continuidade e a que chamou “nosso compromisso”, colocando-se ao serviço da promoção do prestigio e notoriedade da Casa Real Portuguesa, reserva moral e intemporal da Nação. Foram por fim lançados dois reptos aos associados: o de comparecerem na Assembleia Geral do próximo dia 25 e o de fazerem parte da resposta a dar aos exigentes desafios que a Real de Lisboa tem pela frente.


 Várias dezenas de monárquicos encheram a sala Fernando Pessoa no Centro Nacional de Cultura

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