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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A PESTE NEGRA DO ACORDO ORTOGRÁFICO

A peste negra ortográfica tinha começado a notar-se nas capas, nas páginas dos livros, para não referir a comunicação social onde um semanário dito de referência congratulava-se bacocamente por ter começado a poupar letras.

Agora, decretada a imposição de todos os documentos oficiais serem escritos pelas regras do Acordo Ortográfico, é dado o primeiro murro sério anunciando a conjugação dos golpes seguintes até ao KO final que atirará ao tapete o português, entre aclamações da turbamulta ignara e a indignação da gente de bem.

O disparate ortográfico que nenhuma ciência lógica sustenta de a grafia do português se normalizar pelo padrão do português-brasileiro, vai ser politicamente imposto pela camarilha que nos tem desgovernado há mais de trinta e cinco anos. É um acto dentro dos padrões de submissão antipatriótica e de direita que nos atirou para a crise económica social e política em que estamos mergulhados e para a perca de identidade cultural, de que o Acordo Ortográfico é a mais cabal demonstração.

Nada o justifica. Contra o Acordo Ortográfico, ultrapassadas todas as diferenças políticas, uniram-se as vozes mais representativas da cultura e da ciência nacional. O Acordo é um dislate sem par em qualquer parte do planeta que só existe por boçal vontade política. Basta olhar para o inglês para se verificar que as diferenças mais substanciais nos países onde é língua oficial se localizam exactamente na grafia. O mesmo sucede com o espanhol. Duas das línguas mais faladas no mundo.

Fica-se assolado quando se ouve o actual Secretário de Estado da Cultura afirmar, em recente entrevista, que “daqui a poucos anos o português de Portugal desaparecerá da internet, engolido pela variante mais forte, que é o português do Brasil. É preferível assumir que essa situação existe e tentar fazer o melhor”. Semelhante argumento só pode ser esgrimido por um inerme defensor da cultura, digno par dos outros governantes e subgovernantes. Faz-nos entender quão farsolas são quando afirmam o seu amor por Portugal e, no cume da hipocrisia, pelas tradições mesmo as que são estagnantes.

O da cultura, que quer meter a cultura no bolso das calças para a atirar na primeira papeleira que encontrar, é mais um entre o magote de escritores assim-assim, nacionais e estrangeiros, cruzados a soldo da “jihad” editorial que pretende colonizar o gosto e a qualidade rasourando-o pela bitola de um medíocre gosto mediano. Deve ler pouco, quando não saberia que na literatura portuguesa, só a literatura oriunda do Brasil alinha pela ortografia preconizada no acordo.

Com gente deste calibre que, com beócios pragmatismos, despreza o português como língua viva, dinâmica e esteio da identidade nacional, Portugal está no caminho do suicídio colectivo para onde as desgraçadas políticas económicas o empurram.

É um dever patriótico continuarmos a lutar contra o Acordo Ortográfico. Tentar por todos os meios que volte a estar na agenda da Assembleia da República. Iniciarmos a desobediência civil não escrevendo pelas regras desse aborto ortográfico. Lutemos contra mais este acto de servilismo!

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