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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

SARKOZY GASTA MAIS DO QUE A RAINHA DE INGLATERRA

Novo livro de deputado socialista publicado esta semana vem deitar achas na fogueira do presidente francês candidato à reeleição

Em época de presidenciais, os candidatos dão tudo por tudo para angariar votos. E mesmo para os que só se candidatam à reeleição, a vitória nunca está garantida à partida. Que o diga Nicolas Sarkozy, que ao ver a sua popularidade em queda, prometeu ao eleitorado que ia cortar nas despesas do Palácio do Eliseu, para uma semana depois ver os seus gastos “astronómicos” serem denunciados num livro explosivo que, esta semana, chegou às bancas francesas.

“L’Argent d’État’ (“O dinheiro do Estado”) é assinado por René Dosière – deputado do Partido Socialista, o grande partido da oposição a governamental União por um Movimento Popular (UMP, conservador) do presidente de França – e nele nenhum pormenor é deixado de fora. O deputado garante que teve acesso a vários registos das despesas do gabinete presidencial, no que classifica de “números que nos põem tontos”.

Tonturas é o que o líder francês deve estar a sentir, ele que até agora não reagiu à publicação de Dosière. No livro, o socialista denuncia que o presidente gasta, por dia, 12 mil euros em alimentação, tem 121 carros estacionados no Eliseu (o dobro da frota do ex-presidente, Jacques Chirác) e usou quase 260 milhões de euros de dinheiro público para comprar e manter o seu Airbus A330 (baptizado de Air Sarko One). “[Sarkozy] ignora o mais elementar dos princípios que é a separação das contas privadas das contas públicas”, diz Dosière.

No orçamento do Eliseu contam-se gastos como 120 mil euros por ano para os seguros da frota automóvel, mais 327 mil euros por ano em combustível. E só na semana passada, os cofres públicos terão perdido 26 mil euros para cobrir o envio de uma equipa de médicos à Ucrânia a bordo do avião presidencial para dar apoio a um dos filhos do presidente, Piérre, e trazê-lo de volta a Paris.

E a austeridade, não chega ao presidente?, perguntarão os franceses. Há uns tempos, Sarkozy cancelou a festa anual nos jardins do Eliseu, num passo aplaudido pela opinião pública por poupar quase 600 mil euros dos cofres estatais. Mas desengane-se o eleitorado, diz Dosière, que a poupança fica por aí.

O presidente de França gasta tanto, diz o socialista, que o Orçamento do Eliseu ultrapassa as despesas anuais da Rainha Isabel II de Inglaterra. Afirmação suficiente para engasgar o menos republicano da República por excelência.

Nas 300 páginas dedicadas aos gastos do Eliseu, onde Dosière põe cada despesa sob a lupa da nova legislação quanto a gastos públicos do país, os números mais estrondosos surgem quando o deputado pelo círculo eleitoral de Aisne chega às excursões de Sarkozy no A330. Nas viagens mais recentes do presidente, que “é sempre acompanhado de uma comitiva de 300 pessoas” e que “já fez mais viagens do que qualquer dos ex-presidentes de França”, conta-se uma viagem de Paris a Saint-Quentin, que custou 417 mil euros, uma visita às caves de Lascaux com Carla Bruni, que custou 130 mil euros, e uma viagem de duas horas e meia até Ain, que custou 835 euros por minuto. Contas feitas, a despesa total por ano do presidente desde que assumiu o cargo: 113 milhões de euros.

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