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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

terça-feira, 27 de março de 2012

AINDA HÁ MONÁRQUICOS QUE DEFENDEM A POSIÇÃO DE SALAZAR FRENTE À RESTAURAÇÃO DA MONARQUIA...

Por Helena Maria Marques em O Grupo da Monarquia do Facebook (Negritos e itálicos meus)



‎''Em Dezembro de 1930 Dom Manuel II nomeia Lugar-Tenente o Conselheiro João de Azevedo Coutinho, que continuará no cargo quando sobrevier a sucessão de Dom Duarte Nuno. O herói de África será o instrumento mais ''apassivante'' de Salazar junto dos monárquicos. Um líder bem ao estilo de Direita europeia de então perfila-se no campo político nacional: é Francisco Rolão Preto, Chefe do nacional -Sindicalismo, os seus ''camisas azuis'' usam a braçadeira com a Cruz de Cristo, marcham a passo cadenciado e fazem a saudação fascista. Salazar temia-o; como temia a Henrique Paiva Couceiro, o mítico Comandante.

Em 2 de Julho de 1932 Dom Manuel morre em Londres logo a 6 começam os Jornais a falar da questão dinástica. Salazar assume em 7 a presidência do Ministério e tem coragem: funerais nacionais para El-rei falecido. mas diz que o último Soberano morreu ''sem descendência nem sucessor'' começo de uma ambiguidade magistral que vai durar até ao colapso. Entretanto, com vista à sua proclamação como Rei de Direito, o enunciado expresso a Dom Duarte Nuno pelos Corpos Directivos da Causa Monárquica inclui a condição necessária do apoio à Ditadura... Então, enfim, o Lugar-Tenente João de Azevedo Coutinho reconhece e proclama: Viva Sua Majestade o Senhor Dom Duarte II! O novo rei inicia o seu reinado de jure, ou seja, o que foi o seu sequestro até aos dias do fim. Salazar não quererá encontrar-se com ele: situação embaraçosa..., argumentava.

No seu Jornal ''Revolução'' Rolão Preto bate com violência no Chefe do Governo... e este inicia a liquidação do Nacional-Sindicalismo; peritamente. Dom Manuel II deixara um testamento inexpressivo quanto ao futuro dos seus bens da Casa de Bragança como suporte da subsistência do Herdeiro. Em 21 de Novembro de 1933 o Decreto nº 23240 ofende a sucessão do vínculo ; Dom Duarte Nuno não herda a administração que pertencera ao Primo e vê-se perante uma disposição que, na prática, é de confisco; protesta ao Governo e ao País. O tratamento deste assunto ao longo da vida do regime é um contínuo: sempre a vontade - expressa o mais cortês possível - de não fazer nada que pudesse tornar Dom Duarte Nuno, El rei Dom Duarte II, financeiramente independente. Em Maio de 1934, inusitadas agressões do Jornal ''o Século'' a Dom Duarte Nuno, com a Censura inibindo estranhamente o desforço monárquico; cumplicidades inesperadas com o Jornal levam a ''federação dos Estudantes Monárquicos Portugueses'' a publicar um ''Rei da Desonra''.

''Protegidos'' no Estado Novo, os monárquicos? generalização totalmente falsa: benvindos os apoiantes, consentidos, os inóquos ou os que não incomodassem para além dum certo ponto; mas os demais... Em 14 de Julho de 1934 Rolão preto, preso, é posto na fronteira; proibida a residência em território nacional ''ao D. Alberto Macedo Papança, mais conhecido por Alberto de Monsaraz'', Salazar acaba com os ''camisas azuis''. Ele tem outras fórmulas: a Acção Escolar Vanguarda, a Mocidade Portuguesa, a Legião Portuguesa, tudo com gente de sua confiança, muitos monárquicos... 

- Fernando Amaro Monteiro, in Salazar E O Rei (que não foi), Ed. Livros do Brasil

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