Dentro da Nação, o homem e a ideia de liberdade ia ligada às liberdades
públicas: não se falava de liberdade, mas sim de liberdades. Em vez de
ser uma coisa abstracta em que tudo se pode engendrar, menos um benefício
certo, a liberdade era uma ideia concreta que se formulava através dos
direitos e costumes.
O Príncipe jurava conservá-las e mantê-las, o povo prestava-lhe,
em compensação, juramento de fidelidade e cada um se sentia
suficientemente livre: o Monarca no seu trono, o magistrado no seu
Tribunal, o senhor no seu feudo, o mercador na sua tenda, o artesão na
sua oficina, o camponês na sua terra, do mesmo modo que o Bispo no seu
cargo pastoral, o religioso no seu convento, o cónego no seu capítulo e o
pároco na sua paróquia.
Cada um considerava-se protegido e ao mesmo
tempo sujeito, pelas regras do Estado, regras nascidas dos costumes que
são a forma mais livre e mais clara do consentimento. Por outro lado,
todos se moviam em liberdade dentro do corpo social a que pertenciam,
sem misturar-se confusamente na sociedades, como se tivessem caído da
Lua e só o azar os reunisse. Os corpos sociais, por sua vez, actuavam
autonomamente dentro da sua órbita, cada um segundo os seus cânones,
mas sentindo-se tão livres como o indivíduo no cumprimento dos seus
destinos. Esta era a formação do corpo social, onde a liberdade se
entendia melhor como a chave do normal jogo das suas funções, do que
como faculdade de produzir a desordem e fomentar a anarquia.
Guilherme Koehler no Facebook
Dentro da Nação, o homem e a ideia de liberdade ia ligada às liberdades
públicas: não se falava de liberdade, mas sim de liberdades. Em vez de
ser uma coisa abstracta em que tudo se pode engendrar, menos um benefício
certo, a liberdade era uma ideia concreta que se formulava através dos
direitos e costumes.
O Príncipe jurava conservá-las e mantê-las, o povo prestava-lhe,
em compensação, juramento de fidelidade e cada um se sentia
suficientemente livre: o Monarca no seu trono, o magistrado no seu
Tribunal, o senhor no seu feudo, o mercador na sua tenda, o artesão na
sua oficina, o camponês na sua terra, do mesmo modo que o Bispo no seu
cargo pastoral, o religioso no seu convento, o cónego no seu capítulo e o
pároco na sua paróquia.
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