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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

terça-feira, 26 de junho de 2012

NOVA MONARQUIA DE NOVO?


O Nuno zurze forte na incapacidade dos monárquicos em aproveitarem o momento irrepetível por que passamos. Há vinte e oito anos, eu, o Nuno e mais três ou quatro dezenas de militantes do PPM revoltámo-nos contra o amadorismo, o imobilismo, o tertuliarismo, as "hortas sociais", mais as manias das genealogias e das heráldicas e brasonários, os marialvismos, as intermináveis conversetas notívagas - fumarentas e etilizadas - da sede do PPM e fizemos a Nova Monarquia. Fizemo-lo com riscos tremendos - riscos físicos até - e montámos uma organização de combate político à qual se foram agregando centenas de militantes de primeira plana. Em 1989, quando terminou, a Nova Monarquia tinha 600 associados, enchia mensalmente salas - do Hotel Roma, do Altis, do Lutécia - e organizava caravanas automóveis, desfiles e arruadas, cobria Lisboa de cartazes e murais, organizava sessões musicais no São Luís e no Teatro da Trindade, participava em debates públicos; em suma, existia e não pedia créditos.

Nesse tempo, não tínhamos nem dinheiro nem internet, não havia telemóveis, a imprensa era, absoluta e irremediavelmente, hostil e inimiga. O trabalho, as reuniões, as circulares e os contactos eram feitos em minha casa e, depois, no escritório do Professor João Taborda à Brancaamp, na Igreja São João de Deus ou no Colégio Pio XII.

Em quatro anos, a Nova Monarquia cresceu, espalhou-se pela geografia portuguesa, constituiu núcleos nas principais universidades, conseguiu eleger militantes seus para os corpos dirigentes das associações de estudantes das universidades de Lisboa, Porto e Coimbra, ganhou em dezasseis associações de estudantes do ensino secundário da região de Lisboa. Em 1987, recebemos um telefonema da direcção do CDS, então presidido por Adriano Moreira. A NM foi convidada para integrar as listas do partido e a campanha desse ano foi feita integralmente pela Nova Monarquia.

Na altura, moveram-se campanhas absolutamente infames, boicotaram-nos, difamaram-nos, fecharam-nos portas e intrigaram. Aqueles que nada faziam, que nada haviam jamais feito, mataram a Nova Monarquia. Depois, foi o silêncio. Voltaram ao mesmo que sabiam fazer. Hoje, estamos nisto. Há 35% de portugueses que se identificam com a Restauração, mas não fossem o Senhor Dom Duarte e Dona Isabel - nas suas constantes deslocações, acudindo a todas as solicitações - a actividade monárquica circunscrever-se-ia a NADA !



Sei que passou uma geração e que agora os jovens são moles, não foram educados nem sabem como fazer. Perderam a fibra, não abdicam do maldito computador e jamais sairiam à rua para penosas jornadas de colagens e pintura de murais até às 4, 5 ou 6 da madrugada, sob chuva intensa ou frio enregelante. Será? Não estou certo disso. O problema prende-se com maus hábitos, falta de motivação de quem deve preparar, estimular e executar, ausência de criatividade e génio propagandistico. 

Aceitei há dias o convite para um jantar organizado por um instituto carregado de boas intenções patrióticas e dirigido por gente limpa. Saí dali com um enorme peso na alma, após confirmar as mais negras intuições. Ali, numa sala com setenta pessoas, só ouvi discursos mornos, tecnocráticos, cheios dos rodriguinhos das gestões, do empreendedorismo e das "novas oportunidades". Até se citou Brecht e Maiakovski. Só faltava o Che. A coisa prolongou-se por horas e tornava-se mais penosa a cada minuto, sem rasgo, sem chama, sem sentimento. 

Tudo isto me leva a pensar seriamente na necessidade de refazer a Nova Monarquia. No dia em que o fizermos, algo de novo se fará pela causa patriótica por que vale a pena lutar.

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