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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quarta-feira, 27 de junho de 2012

S.M.F. D. MIGUEL I - A HONRA E O PATRIOTISMO

Sobre a excelsa figura de SMF El-Rei D. Miguel I, prestemos atenção às palavras de Oliveira Martins.

A respeito dos últimos dias do cerco do Porto, escreve:

«Quem, despido de ódios e paixões políticas, pára a meditar neste instante, olhando o que vai seguir-se, é forçado a simpatizar com esse príncipe infeliz, tão odiado e tão digno, tão nobremente caído depois de lutar até ao fim, não raramente exilado numa penúria absoluta: a simpatizar, repetimos, com esse príncipe que, por uma excepção talvez única, não pôs dinheiro nos bancos para o caso da retirada forçada, e teve de viver das esmolas que de Portugal lhe mandaram os seus partidários e amigos. Se a dinastia de Avis terminou heroicamente, a de Bragança teve em D. Miguel um tipo de honradez simples. Os dois príncipes mais desditosos --- acaso por isso os que o povo mais amou! --- personalizaram as duas melhores faces do carácter nacional.» ('Portugal Contemporâneo', liv. III, cap. IV, 2).»
 
«Levou de Portugal a roupa que tinha vestida: entregou tudo, quando partiu para o desterro. A convenção expulsava-o, proíbia-lhe voltar ao Reino, e dava-lhe a pensão anual de sessenta contos, cláusula que punha o cúmulo ao desespero dos liberais vencedores. Quando desembarcou em Génova e se achou livre dos graves deveres contraídos perante um exército vencido e solidário do seu destino, D. Miguel protestou contra o que fizera, recusou um dinheiro que seria como o de Judas, proclamou os seus direitos, contra a força a que tivera de submeter-se. 
 
Acusaram-no então de felonia, chamando-lhe nomes descarados na lei que as Cortes votaram. Pobre de quem não admitir que nenhum carácter nobre deixaria de proceder nesse momento como procedeu D. Miguel!» (O. c., liv. III, cap. IV, 5).»
 
"E os longos anos do exílio de uma Pátria estremecida, que nunca mais tornaria a ver, ainda estavam a começar. Este tormento --- morrer lentamente longe do Portugal amado --- se não lhe confere a palma do martírio por não renegar da sua Fé, merece-lhe ao menos a dimensão de todos aqueles que a confessam por palavras e actos. 

"Por Joaquim Maria Cymbron"

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