História
A Tradição do Azeite
No império Romano a oliveira simbolizava gloria e paz e o azeite proveniente da Lusitânia, pela sua singularidade e baixo grau de acidez, conquistou o paladar dos exigentes imperadores que faziam chegar a Roma o valioso néctar produzido na longínqua terra lusa. A oliveira e o azeite são constitutivos da civilização mediterrânica que vai da Grécia Clássica, à Lusitânia passando pelo Horto de Getsémani, jardim de oliveiras onde Jesus foi rezar na véspera da Sua morte.
Diz o antigo ditado Português “Oliveira do meu avô, figueira a de meu
pai, vinha a que eu puser”, ilustrando o tempo necessário para ter um
olival equilibrado em produção. Em Portugal os indícios da presença da
oliveira datam da idade do bronze, mas é atribuída aos romanos a
responsabilidade da expansão do seu cultivo nesta nação.
Em Serpa, onde há numerosos vestígios de vias, pontes e construções
romanas, existem na Herdade de Maria da Guarda as ruínas da denominada
Cidade das Rosas assim como restos de lagares de tempos imemoriais que
atestam a vocação milenar da propriedade e da região na olivicultura.
A partir do século XII o azeite português, de excelência para a
alimentação, torna-se num dos principais produtos de exportação sendo em
1650 o bem mais exportado para Inglaterra.
O azeite de Portugal, sempre acarinhado pelos nossos Reis, teve
especial impulso com D. João III que em 1555 decretou que nunca seriam
taxados de impostos o azeite, o pão e o vinho. Toda a nossa gesta é rica
em estoiras escritas, lidas e contadas à luz da candeia de azeite e
famosa por bons repastos acompanhados com o precioso azeite nos
castelos, mosteiros e palácios. A cada passo as pedras de Portugal nos
vão falando da excelência do azeite e das suas várias utilizações na
iluminação, na saúde, na guerra ou simplesmente na alimentação.
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