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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

domingo, 26 de agosto de 2012

LUGARES MÁGICOS – LUGARES TEMPLÁRIOS EM PORTUGAL

“A Ordem do Templo, desde a sua fundação, teve como projecto estabelecer-se em Lugares específicos da Península Ibérica. Nas suas intervenções junto dos reis solicitavam e, não raras vezes, obtinham, possessões territoriais em locais particularmente escolhidos, quando esses mesmos territórios ainda não haviam sido conquistados aos muçulmanos. A escolha desta milícia cristã não se baseava em fins estratégicos nem tão pouco em interesses económicos. Mas se assim é, por que razão é que pediram, em muitos casos, terras que estavam ainda na posse do Islão? Talvez a resposta esteja no facto de eles se terem expandido precisamente por toda a área da cultura megalítica que, na altura, abrangia uma parte significativa das terras sob domínio muçulmano.

A tradição popular atribuiu a construção de muitos destes monumentos megalíticos a anões ou a gigantes, chamando-lhes “Casas de Fadas”, “Covas de Mouros”, etc., e concedendo-lhes, em muitos casos, virtudes curativas. Essas tradições ocasionaram a que muitos desses monumentos fossem no decorrer dos tempos profanados pelo povo.

Esses lugares deveriam conter algo que atraía muito particularmente a atenção dos templários.

Com a gradual decadência da Ordem de Cluny, seguiu-se a reforma de Cister, sendo S. Bernardo o principal promotor dessa reforma. Os cistercienses e os seus filhos espirituais, a Ordem do Templo, procuraram muitos dos seus conhecimentos mais internos e profundos em crenças religiosas e filosóficas bem anteriores ao cristianismo.

A sua discrição deveu-se a que essas mesmas crenças eram consideradas heresias pelo poder eclesiástico. Graças a essa busca, de cariz espiritual, os beneditinos conseguiram reunir e preservar para o futuro em Monte Cassino, Itália, textos de Platão, de Pitágoras, Aristóteles e dos neoplatónicos de Alexandria. Como resultado dessa busca, durante a evangelização das Gálias pelo beneditino celta S. Columbano conservaram-se e reutilizaram-se mesmo os lugares mágicos dos druidas (que também já os tinham reutilizado). Assim, não é de espantar que, de igual modo, na Península Ibérica, quer os templários quer os monges beneditinos se tivessem fixado precisamente naqueles lugares onde ainda se mantinha a vivência de crenças ancestrais e de cultos esquecidos.

Esses lugares não eram comarcas escolhidas ao acaso, mas sim pontos-chave onde se conservava a recordação, quando não mesmo a presença oculta de cultos remotos, sob a forma de indícios ou de símbolos inegavelmente anteriores à entrada na Península dos povos invasores da proto-história.” – Eduardo Amarante

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