Somos tradicionalistas. Ser tradicionalista não é
devolver-nos ao Passado, morto, inerte nos seus moldes cristalizados. É aceitar
do passado o impulso dinâmico, a sua força vivificadora. Para nós tudo o que é
repousa naquilo que foi. A tradição não é assim um ponto imóvel na distância. É
continuidade no desenvolvimento, é aquela ideia directriz que já Claude Bernard
apontava como presidindo à vida dos seres. Não acatar as regras inalienáveis da
nossa confirmação histórica o mesmo é que pretender substituir estultamente a
nossa hereditariedade individual por qualquer outra que seja mais da nossa
simpatia.
Os princípios que defendemos, antes de serem princípios,
foram conclusões. Nós não significamos aqui mais que um voto unânime da
nacionalidade pelo apelo sagrado dos seus Mortos.
A nossa política não é uma política de profissionais mas uma
política de profissões. Assentamos numa concepção orgânica da sociedade, com a
diferenciação e a competência por critérios reguladores. Se nos Insurgimos
contra a democracia, é porque a democracia é a negação de todo o estímulo e de
toda a prosperidade. Somos antiliberais. Mas somos antiliberais, porque,
municipalistas em relação às administrações locais e sindicalistas em face da
questão operária; é pelas liberdades, de sentido restrito e concreto, que
dedicadamente nos bateremos.
António Sardinha in «A Monarquia» de 20 de Fevereiro de 1917.
grande Senhor, natural de Monforte, que viveu em Elvas,
ResponderEliminarConheci sua esposa, D,Ana Sardinha, uma grande e distinta Senhora, que morava numa linda quinta *a saída de Elvas.