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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

PASSOS COELHO: O COVEIRO DA 3ª REPÚBLICA

Todos sabem o que penso de Passos Coelho. E não poderia ser diferente, afinal, os factos falam por si e eu me curvo diante deles. Antes desta besta ser eleita, tive o cuidado de estudar o currículo do cavalheiro de modo a saber quem financiou a sua carreira, confirmando assim o que todo mundo sabe, ao menos quando quer saber: ele é apenas um boy a soldo das corporações. Muitos dos que agora se voltam contra ele, durante as eleições acreditaram na retórica liberalóide do rapaz, dando mostras de uma ingenuidade política que beira o ridículo, mas pior ainda são os que ainda se encantam pela retórica dessa besta, esquecendo que o discurso de qualquer sujeito na política só vale como uma medida de aferição da honestidade, das intenções e da capacidade do mesmo quando confrontado com as suas acções.
Quando fazemos esse exercício tão simples, constatamos que o passinhas não passa de um mentiroso vulgar, tal e qual todos aqueles que o precederam. Prometeu aos idiotas que nele acreditaram (, não fui um deles, mas eu admito que fui um dos idiotas que votaram no PP) que desta vez seria diferente, ou seja, que o desperdício de recursos estatais seria finalmente combatido, que se criariam condições para o corte nos impostos e que o governo deixaria de intervir tanto na vida das pessoas. Fez tudo ao contrário, com o cuidado de fazer alguns cortes cosméticos que não representam nada e nem sequer impediram os gastos totais de crescer, de modo a fazer publicidade de alguns números que em si, especialmente numa nação que desaprendeu a matemática, parecem significativos, mas que na soma do orçamento são apenas insignificâncias. A austeridade passista, vista por alguém que deixou de lado as discussões absurdas em torno do tema e fixou o olhar no que interessa, significa a manutenção da despesa com a máquina no mesmo patamar (ou melhor, significa a diminuição da velocidade em que aumenta), a continuação do saque do país pelas corporações que vivem do erário, a venda de empresas públicas num momento de desespero, o aumento de impostos numa economia asfixiada pela carga fiscal, a diminuição da competitividade e a intensificação da perseguição aos indivíduos que desejam a independência económica com o reforço das actividades de policiamento do estado.
Portanto, a única coisa que mudou em relação ao governo anterior foi o tom de voz do pau mandado mor da nação. Se antes tínhamos uma fera cheia de alcalóides na cabeça, agora temos um pau mandado que faz de conta que é uma pessoa comedida. E alguém ainda dúvida que os verdadeiros senhores do regime, ou seja, os grupos que financiam os partidos, não escolheram esse sujeito por isso mesmo? Manter a besta anterior levaria o país à ruptura, assim, para que o regime continuasse, era preciso dar ao povo algo que se parecesse com uma alternativa: um homem aparentemente equilibrado, voltado para a reflexão, que faz cara séria e finge que sabe escutar.
Entretanto, a ilusão durou pouco. A falsidade do repetidor de discursos preparados por especialistas em marketing não pôde ser disfarçada durante muito tempo pois é impossível esconder que este governo continuou a mesma política orçamental do anterior, para além de estar tão comprometido com a destruição da soberania portuguesa quanto quase todos os governos dessa fase negra da história portuguesa. O descaramento é tanto que o ministro da defesa defendeu isso publicamente e nem sequer foi demitido!
Muitos dos que defendem o imbecil que faz de conta que nos governa, porque a verdade é que somos governados pelos senhores que sabem toda a verdade acerca de Passos Coelho, até porque foram eles que o criaram, agora se voltam contra os manifestantes de ontem, mas esquecem que foram as acções e inacções de Passos que criaram as condições para que tal acontecesse.
Bastaria a Passos Coelho ter cumprido a sua palavra e seguido um verdadeiro programa de austeridade, que realmente cortasse a despesa, mas tomando o cuidado de dar o exemplo para que a população ficasse ao seu lado, o que significa cortar mais nos salários dos chamados políticos do que nos salários dos funcionários públicos, para que a manifestação de ontem estivesse vazia ou nem tivesse ocorrido.
Mas ele não poderia fazer isso pois quem o escolheu não espera outra coisa dele a não ser o que ele tem feito. Se o passinhas, por algum milagre, decidisse fazer o que prometeu aos eleitores ao invés de fazer o que foi ordenado pelos seus financiadores, no dia a seguir teríamos todas as capas de jornais estampadas com as verdades que até agora tem sido omitidas do grande público.
De resto, que fique claro que quem defende esse governo é um inimigo de Portugal ou completamente ingénuo, e muita gente que respeito tem demonstrado isso nessa ocasião, para meu desgosto. A única razão que vejo para se apoiar o actual governo é a constatação de que Passos Coelho, por total incapacidade política, é o coveiro da 3ª República. Mesmo sendo um pau mandado, ele possui alguma flexibilidade de acção, e dentro desse espaço ele errou em todas as escolhas e intervenções que fez. Assim, ao contrário do que era previsto pelos senhores do regime, a população se cansou do passinhas em pouco tempo e a sua manutenção no governo começa a constituir uma ameaça ao regime. Portanto, agora veremos a promoção da figura ridícula que está à frente do PS ao posto de alternativa, mas desconfio que o povo, devido à rapidez das últimas desilusões, já não cairá nesse velho engodo. O perigo é que o PCP tome partido disso e os monárquicos continuem a se esforçar por serem amados pelos que estão no poder ao invés de falar directamente ao povo e assumir a liderança na oposição ao regime.  

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