" Pobres homens, mais dignos de piedade que de rancor os que
imaginam que é com um carapuço phrygio, talhado á pressa em panno verde e
vermelho, que mais dignamente se póde coroar a veneranda cabeça de uma
patria em que se geraram tantos grandes homens, a cuja memoria
imperecivel, e não aos nossos mesquinhos feitos de hoje em dia, devemos
ainda os ultimos restos de consideração a que podemos aspirar no mundo!
Pobre gente! Pobre patria!
Ramalho Ortigão, « Ultimas Farpas »
O lamentarmos que essa tenha sido, realmente, uma das últimas
ramalhais farpas, embora nela ressalte a lucidez de quem antevê no
regime então implantado a derrocada de uma Pátria que a Monarquia fizera
grande; tivessem elas continuado a esfarrapar aqueles que visavam
atingir, e ao escritor não faltaria pano para mangas.
Cristina Ribeiro
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