(...) Donoso Cortés ao tratar da Monarquia Tradicional, na célebre
Carta ao director da "Revue des Deux Mondes", não hesita qualificá-la
como "o mais perfeito de todos os governos possíveis", enfatiza o seu
caráter hereditário, ao ponto de a denominar tão somente "monarquia
hereditária", dizendo na referida carta de 15 de Novembro de 1852:
"A Monarquia hereditária, tal como existiu nos confins que separam a
Monarquia feudal e a absoluta, é o tipo mais perfeito e acabado do Poder
político e das hierarquias sociais. O Poder era uno, perpétuo e
limitado; era uno na pessoa do rei; era perpétuo na sua família; era
limitado, porque em qualquer parte encontrava uma resistência material
numa hierarquia organizada".
A Monarquia deve ser, para além disso,
como refere Rafael Gambra Ciudad, federal ou foralista para que as
Províncias e as Municipalidades tenham relativa autonomia, sendo dotadas
de dinamismo próprio.
(...) A Monarquia deve ser, finalmente, representativa, sendo o seu carácter representativo decorrente da autonomia social. A representação dos corpos intermediários perante o Rei, é consubstancial ao regime em sociedade, de tal maneira que aparece desde os alvores da evolução deste, em todos os meios em que este um dia existiu. (...)
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