O quadro “O Colosso”, uma das obras-primas atribuídas ao pintor espanhol Francisco de Goya (1746-1828). O colosso é uma referência à identidade Nacional face ao projecto europeu napoleónico
O primeiro ministro Inglês acusa responsáveis europeus de penhorarem os destinos nacionais e a própria UE para ” ajudar governos no outro lado do continente”, num discurso que será lido amanhã.
O Interesse Nacional ou o Interesse Europeu
Uma questão sem sentido para um súbdito.Nas
Monarquias o interesse nacional é sempre prioritário a interesses
regionais porque as Nações são construções exclusivas dos povos que que
as habitam e a Coroa o objectivo que os une em Democracia e essa questão
está a ganhar relevância com as várias Nações europeias (onde
se insere especialmente Portugal) a confundirem as decisões europeias
aprovadas em Parlamento Nacional com o real interesse do Povo que cumpre
essas obrigações e sacríficios.
No momento em que até a Alemanha reduz , a
contra-gosto, para metade as expectativas de crescimento e a Europa se
vê atolada num pântano de boas intenções provocado pelas decisões um
directório europeu, decisões essas que mergulharam a UE numa crise
política e económica sem paralelo com Governos europeus a serem nomeados
à revelia do próprio sufrágio nacional, o primeiro ministro Inglês vem
lançar o aviso de saída caso a Europa não respeite a voz das soberanias
nacionais em fórum de decisões europeias.
A inconsequência das decisões de Bruxelas
que em alguns países ,como Portugal, têm reflexos nefastos na própria
raiz do projecto europeu não sendo de admirar que o Governo Inglês
esteja inquieto
“Se não resolvermos estes desafios, o perigo é o de a Europa cair e de o povo britânico se dirigir para a saída”,
Nos extractos do seu discurso, Cameron ia insistir que muitos cidadãos
europeus vêem cada vez mais a UE a impor uma austeridade penosa sem o
seu consentimento “para ajudar governos no outro lado do continente”, deveria dizer Cameron, em Amesterdão.
Cameron adiou o discurso na quinta-feira, depois de indicar que
vários britânicos podiam ter sido mortos na ofensiva dos militares
argelinos sobre os islamitas que se apoderaram de uma fábrica de gás no
deserto da Argélia, em In Amenas, da qual a britânica BP é uma das
operadoras.
Logo o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, afirmou
esta quinta-feira ,preocupado,que está à espera do discurso de David
Cameron, agendado para amanhã, para “perceber exactamente o que é que
ele pretende”, no que diz respeito à relação do Reino Unido com
Bruxelas.
“O que quer que seja, terá de ser acordado entre os 27 estados-membros”, afirmou Rompuy em Bruxelas, citado pela Bloomberg.
“A União Europeia não significa apenas tomar conta dos interesses
nacionais. Temos a dimensão europeia, como um todo. Tudo tem de ser
feito no contexto europeu”.
“Não estamos a falar de um sistema de cada um por si, ou de
um clube onde cada um defende os seus próprios interesses”, afirmou o
responsável. “Os interesses europeus deverão ser o mais importante”
Citando Anne Louise Gemaine Necker, forte opositora de Napoleão e do seu “projecto europeu” defedia uma Monarquia Constitucional.
“Uma Constituição que faça entrar nos seus elementos a
humilhação do soberano ou do povo, deve, precisamente, ser derrubada por
um deles.” Anne Louise Gemaine Necker
A UE , acidente geográfico sub-continental e acidente histórico do
sec XX arrisca-se a colidir ruidosamente com a identidade europeia e a
sua real consciência: A Europa é um retalho de soberanias nacionais que
longe de acidentes históricos ou geográfico são declarações de princípios
de convivência regional, comunidades que se consideram diferentes e
independentes desde o colapso do Império Romano, a Europa resistiu a
todas as tentativas de assimilação supra nacional.Essa realidade é um
facto para um súbdito e o resultado de séculos de consciência
identitária.
Um facto que deveria estar nas mentes dos governantes
portugueses quando evocam alterações na Constituição para promover
decisões extra-nacionais
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