SAR D. Duarte de Bragança- nenhum obstáculo é grande demais (imagem retirada daqui)
Duarte Pio João Miguel Gabriel Rafael é o seu nome, extenso, como
a História do País e da Família que se sentou no Trono de Portugal até
1910.Mas nem a Revolução do 5 de Outubro impediu os Braganças de
continuarem teimosamente o seu papel histórico à revelia do que parecia
ser o rumo da evolução.
A história provou que estavam certos , a Casa Real apesar de não
reinar está bem fundeada na vida dos portugueses do País que
representam como se de um um outro país numa outra realidade se
tratasse.D. Duarte é uma verdadeira embaixada itinerante de Portugal no
Mundo e um símbolo da tenacidade de um País que insiste em não desistir.
Poderiamos falar na teimosia de D. Afonso Henriques, da
sabedoria de D. Duarte ou mesmo na grandeza de espirito de um D. Diniz
ou de um D. João II, todos os adjectivos e cognomes que
atribuimos aos Monarcas representam o espírito da época em que reinaram e
o trabalho que deixaram a par da deferência que todo um povo lhes
atribuia, mas dificilmente podemos atribuir uma frase que
descreva a teimosia e perseverança que se apossou dos descendentes de D.
Afonso I após a partida para o exílio.
D. Miguel partiria em 1834, para não mais voltar (assim pensavam os
seus conterrâneos e assim deixaram escrito em Lei).D. Manuel II partiria
para destino semelhante 76 anos depois e mais uma vez julgava-se que
era de vez (e repetia-se o processo Legal). Tal como o chão de Lisboa
onde Pombal martirizara os Távoras se julgava estéril ad eternum também com a descendência de D. Miguel a eternidade provar-se-ia de expressão menor.Duas
gerações depois os Bragança voltavam a Portugal na Pessoa de D. Duarte
Nuno (neto de D. Miguel I) a contra-gosto do regime que via em D. Duarte
Nuno um espírito independente que influenciava muita gente e que
representava um perigo real para o regime, um regime que pretendia fazer
com os portugueses o mesmo que o 5 de Outubro de 1910 fez com o Rei:
exilá-los.
Para o Estado Novo era complicado querer petrificar a glória e
o labor dos monarcas portugueses e ter ao mesmo tempo um legitimo
descendente (que ainda por cima era assim reconhecido pela população)
com ideias próprias a andar livremente e de viva voz pelo País sem a
ajuda de um qualquer historiador ou arqueólogo do regime.
Pouco tempo depois o povo ,seguiria o exemplo: livrar-se-ia do exílio e
retornaria à democracia com o 25 de Abril.Afinal a Republica nada tinha
aprendido com o Marquês de Pombal
Os descendentes dos Reis de Portugal poderiam ter optado pela via que
a maioria das famílias Reais exiladas opta: viver comodamente no lugar
que a História lhes reservava.Mas a estirpe da Coroa nacional é
diferente e tal como o seu povo tem tendência a recusar aquilo que é o
“curso natural dos povos” e insistir naquilo que lhe é mais verdadeiro
em consciência
É muito provável que continuemos a ver D. Duarte, um português, a
percorrer o seu País e o Mundo a apregoar os aspectos positivos de
Portugal, com a simpatia das populações e a contragosto dos republicanos
de uma nova República que insiste em negar o óbvio.São precisas mais do
que duas Constituições, três revoluções e 100 anos de mentiras para
erradicar o português de Portugal
Como diz o Povo:Portugal é “alma até Almeida” e o seu monarca não poderia ser diferente
RGS
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