Em Lazarim tem lugar um dos mais inacreditáveis entrudos do mundo, numa
festa ímpar e muito peculiar. Lazarim já faz parte dos roteiros
mundiais do Carnaval e aqui festejar o Entrudo é celebrar a vida!
Lazarim é uma freguesia portuguesa do concelho de Lamego, com 15,71 km²
de área e 521 habitantes (2011). Densidade: 33,2 hab/km².
Encontra-se a 6 km de Tarouca.
Foi vila e sede de concelho entre o século XII e 1834. Era constituído
pelas freguesias de Lazarim e Meijinhos. Pertenceu ao concelho de
Tarouca até 1895.
A sua igreja paroquial, dedicada ao Arcanjo
São Miguel, possui um fantástico e muito valioso tecto pintado, onde se
representam Anjos e Arcanjos, entre outras figuras sacras. É coroado
pelo brasão esculpido em pedra da família Vasconcelos de Alvarenga,
patronos desta igreja, desde o reinado de El-Rei Dom Dinis.
Em
Lazarim, o Entrudo entre comadres e compadres que envergam máscaras
artesanais que permitem libertar a devassidão das mentes dos populares
sem revelar o rosto dos seus autores, ganhando a identidade de Careto.
As máscaras feitas de madeira de amieiro pelos artesões locais anunciam
o ritual que dá início ao ciclo de festividades que começam algumas
semanas antes da Terça-feira Gorda de Carnaval. São feitos os peditórios
para construir os “compadres” e preparam-se as deixas do testamento.
Chega-se ao dia em que culminam todos os preparativos e as ruas de
Lazarim transformam-se. As paredes de granito gritam o som folião dos
caretos que fazem a leitura do testamento, que expõe os defeitos dos
rapazes e raparigas, visitam as mulheres que cozinham um manjar
colectivo e animam as brincadeiras das crianças.
O compadre e a
comadre, os dois de sexo masculino, lideram o cortejo, que alimenta a
rivalidade entre sexos, que travam esse ajuste de contas através de
tiradas picantes.
O ritual chega ao fim quando o testamenteiro
anuncia a morte do compadre e da comadre, sendo estes substituídos por
bonecos que são pendurados em troncos de pinheiro. Pega-se fogo aos
bonecos e estes acabam por arrebentar diante do tumulto geral.
A festa não acaba porque ainda resta a feijoada de porco, o caldo de farinha e o vinho.
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