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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

ENTRUDO DE LAZARIM

 
Em Lazarim tem lugar um dos mais inacreditáveis entrudos do mundo, numa festa ímpar e muito peculiar. Lazarim já faz parte dos roteiros mundiais do Carnaval e aqui festejar o Entrudo é celebrar a vida!
 
Lazarim é uma freguesia portuguesa do concelho de Lamego, com 15,71 km² de área e 521 habitantes (2011). Densidade: 33,2 hab/km².
 
Encontra-se a 6 km de Tarouca. 
 
Foi vila e sede de concelho entre o século XII e 1834. Era constituído pelas freguesias de Lazarim e Meijinhos. Pertenceu ao concelho de Tarouca até 1895. 
 
A sua igreja paroquial, dedicada ao Arcanjo São Miguel, possui um fantástico e muito valioso tecto pintado, onde se representam Anjos e Arcanjos, entre outras figuras sacras. É coroado pelo brasão esculpido em pedra da família Vasconcelos de Alvarenga, patronos desta igreja, desde o reinado de El-Rei Dom Dinis. 
 
Em Lazarim, o Entrudo entre comadres e compadres que envergam máscaras artesanais que permitem libertar a devassidão das mentes dos populares sem revelar o rosto dos seus autores, ganhando a identidade de Careto. 
 
As máscaras feitas de madeira de amieiro pelos artesões locais anunciam o ritual que dá início ao ciclo de festividades que começam algumas semanas antes da Terça-feira Gorda de Carnaval. São feitos os peditórios para construir os “compadres” e preparam-se as deixas do testamento. 
 
Chega-se ao dia em que culminam todos os preparativos e as ruas de Lazarim transformam-se. As paredes de granito gritam o som folião dos caretos que fazem a leitura do testamento, que expõe os defeitos dos rapazes e raparigas, visitam as mulheres que cozinham um manjar colectivo e animam as brincadeiras das crianças. 
 
O compadre e a comadre, os dois de sexo masculino, lideram o cortejo, que alimenta a rivalidade entre sexos, que travam esse ajuste de contas através de tiradas picantes. 
 
O ritual chega ao fim quando o testamenteiro anuncia a morte do compadre e da comadre, sendo estes substituídos por bonecos que são pendurados em troncos de pinheiro. Pega-se fogo aos bonecos e estes acabam por arrebentar diante do tumulto geral. 
 
A festa não acaba porque ainda resta a feijoada de porco, o caldo de farinha e o vinho.
 

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