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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

MONARQUIA FUNCIONA PORQUE HUMANIZA

 Família Real Portuguesa

É irracional. É sentimental. É absurda. Por vezes é completamente tola. E no entanto, a monarquia funciona. Porque humaniza aquilo que, de outra forma, poderia parecer distante e impessoal. As pessoas que consideram muito difícil aderir a uma lei do Parlamento, uma directiva de Bruxelas, um jurista ou um secretário permanente (tudo peças essenciais da governação), sentem empatia com a Família Real. Partilhamos as suas tragédias, alegrias e dramas familiares.

Apenas um grupo fica de fora: os intelectuais. Sejam de esquerda ou de direita, sempre desprezaram a instituição da monarquia. Não há maneira de ela alguma vez caber nos seus grandiosos esquemas abstratos de transformação da sociedade.

O dramaturgo George Bernard Shaw desdenhou da monarquia, considerando-a uma “alucinação universal”, que em breve desapareceria. H.G.Wells, escritor radical, advertiu que a monarquia tinha tanta possibilidade de sobrevivência “como o Lama do Tibete de se tornar Imperador desta terra”.

Estas previsões pareciam perfeitamente razoáveis. No início do século passado, as antigas monarquias da Europa eram feudais, despropositadas e completamente fora de sintonia com o espírito democrático da época. Aliás, os críticos estavam prestes a ver brutalmente provado o seu ponto de vista. Poucos meses depois da coroação de Jorge V, Portugal uma das mais antigas monarquias da Europa cai com um golpe revolucionário e nos anos subsequentes muitas das grandes dinastias foram destruídas. O arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do Império Austro-Húngaro, foi morto a tiro em Sarajevo, ao lado da esposa, apenas três anos mais tarde. O primo do Rei, o Kaiser Guilherme II, foi votado ao exílio, no final da Primeira Guerra Mundial. Os Romanov, na Rússia, foram assassinados.

Mas a Monarquia manteve-se e adaptou-se deixando para trás as revoluções redentoras preencherem os livros de História

Caso Inglês

Tony Benn, o mais distinto republicano da Grã-Bretanha, costuma perguntar se depositaríamos a nossa confiança num comandante de voo ou num médico hereditários. Não há resposta para esta pergunta. A instituição é ilógica.

Mas isso não significa que a monarquia não tenha um propósito. Pelo contrário: ela ocupa o espaço público que de outro modo seria tomado por partidos políticos rivais. A alternativa à Rainha, como chefe de Estado, seria provavelmente uma Thatcher ou um Tony Blair, ambos divisionistas e faccionais.

A presença de uma Família Real no centro dos assuntos nacionais é uma das principais razões para a extraordinária estabilidade política da Grã-Bretanha nos últimos 200 anos. Durante a Segunda Guerra Mundial, o escritor socialista George Orwell reconheceu-o, quando observou que a presença da realeza tinha ajudado a salvar a Grã-Bretanha do fascismo, durante a crise dos anos trinta.

Os países monárquicos ganham identidade nacional, sendo Juan Carlos considerado o “pai da democracia espanhola”, Alberto II o símbolo da unidade ameaçada da Bélgica, sem esquecer os Grimaldi, “sem os quais o Mónaco seria provavelmente há muito uma província francesa”.

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