♔ | VIVA A FAMÍLIA REAL PORTUGUESA! | ♔

♔ | VIVA A FAMÍLIA REAL PORTUGUESA! | ♔

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

OLIVEIRA MARTINS: "PORTUGAL MORRE À FALTA DE UMA DOUTRINA"

Na 2ª metade do século XIX, dizia Oliveira Martins, falando da "anarquia mansa" do constitucionalismo: "Portugal morre à falta de uma doutrina". Estamos no século XXI e não temos como não sufragar todas as suas premonições.

Aliado aos maus caminhos seguidos pelo constitucionalismo, a derrota dos Impérios centrais em 1918 deu origem ao triunfo e omnipotência da "democracia" que deu largas aos abusos, aos vícios e aos crimes para desgraça dos povos que não a eliminaram a tempo. A guerra de 1914 fez-se em nome da democracia, mas os que a defendiam batiam-se ao mesmo tempo pela autocracia do Czar de todas as Rússias e pelos direitos dos pequenos povos a... organizarem quadrilhas de salteadores e assassinos contra as autoridades dos países vizinhos.

Este é o quadro político em que surge o INTEGRALISMO LUSITANO, uma lufada de ar fresco numa sociedade em total decadência.

Toda a sua doutrina é posta em causa e quaisquer afirmações eram motivo de troça, indignação, cólera, desdém, incompreensão ou equívoco.

As inteligências, mesmo as mais sólidas e consistentes, as que mais pareciam da democracia não tinham preparação para a doutrinação integralista, "tal como sucede a estômagos doentes que não suportam alimentos fortes".

A República instalada e decadente, os integralistas lutando pela Monarquia, a dissidência entre os monárquicos constitucionalistas e tradicionalistas era evidente, embora aqueles alegassem que não era o momento ideal para polémicas doutrinárias, pois todos eram bem intencionados na defesa da Pátria e que urgia uma grande unidade de acção no combate contra o inimigo comum, a República.

A estas intenções dos constitucionalistas, os integralistas respondiam que não lhes interessava a restauração da Monarquia Constitucional; que não havia nada de comum entre integralistas e liberais; que a unidade de acção contra a República tinha de partir da unidade doutrinária; que estava em causa a própria essência da doutrina e não pormenores secundários dela; e por fim, a cobardia, a abdicação e a subserviência ao estrangeiro dos constitucionalistas.

A distância que separava, em questões doutrinárias, os integralistas dos outros monárquicos era grande como escrevera Hipólito Raposo "Divide-os o pensamento, desune-os o intuito, separa-os a consciência do que foi e do que deve ser a futura Monarquia, para que ela possa um dia identificar-se inteiramente com a Nação organizada."

Tudo ficou esclarecido quando, em 1932, se juntaram no Mindelo constitucionalistas e maçons, monárquicos e republicanos, aos vivas à "Liberdade e à República", em comovida exaltação dos antepassados comuns que, em 8 de Julho de 1832, na Praia dos Ladrões, tinham desembarcado para pôr o país a saque.
 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário