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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

terça-feira, 9 de abril de 2013

A REVOLUÇÃO MONÁRQUICA DE 1919 E A TRAIÇÃO DOS LIBERAIS/CONSTITUCIONAIS

"(...) O sidonismo não sobreviveu ao assassínio de Sidónio Pais. Em Janeiro de 1919, a Monarquia era restaurada no Porto e com ela a Carta Constitucional de triste memória. Porque não pareceu oportuno o momento para a restauração monárquica, a Junta Central do Integralismo Lusitano enviara ao norte dois delegados seus, António Sardinha e Luís de Almeida Braga, que tinham por missão conseguir que o movimento fosse adiado. Era tarde, porém. Aos delegados integralistas, perante o facto consumado, só restava porem-se ao serviço da Monarquia restaurada, como fizeram.

Pela mesma razão, era natural que Lisboa secundasse o movimento monárquico triunfante no norte do país. Os chefes da Causa Monárquica, porém, numa inércia absurda e suicida, não se decidiam. Enquanto os republicanos, energicamente, organizavam a resistência, aqueles, seguros da maior parte da guarnição da capital, nada faziam, embora tudo fosse tão fácil.

Quando resolveram tomar uma atitude, mais empurrados do que por vontade própria, levaram as tropas para Monsanto, mas ainda sem intenção restauracionista. O objectivo era unicamente o de se defenderem dos ataques dos republicanos, visto que os quartéis não ofereciam condições de defesa suficientes. Estavam de antemão condenados à derrota, - o desfecho era fatal. Foi preciso que soassem os primeiros tiros dos republicanos para que, cedendo à pressão indignada dos que para ali tinham ido oferecer o sangue e a vida pela Monarquia, consentissem em que se hasteasse a bandeira azul e branca. Após dois dias de combate, em que houve actos numerosos de heroísmo individual e total ausência de comando, os monárquicos eram derrotados, a bandeira azul e branca arreada e feita em pedaços.

Fazia-se a prova trágica da incapacidade dos velhos chefes monárquicos. Tanto sacrifício em vão, vidas perdidas inutilmente, a prisão, o exílio, a miséria para milhares de homens conduzidos ao combate sem planos, sem ideias, sem ânimo de vencer!

A Monarquia de 1910 morria ali definitivamente. Ineptos e impotentes, os constitucionais só tinham servido durante nove anos para embaraçar e enervar os melhores anseios de quem aspirava à restauração da Pátria pela Monarquia tradicional. Incapazes de uma obra afirmativa e construtiva, mostraram-se exímios na intriga, na manobra obstrucionista de todas as tentativas sérias que punham o ideal acima das pessoas. Só tinham servido, afinal, para consolidar um regime que a melhor parte da Nação repelia enojada.

Não tendo responsabilidades em tudo isso, os chefes integralistas bateram-se em Monsanto com denodo, sendo justo salientar Pequito Rebelo e Alberto Monsaraz, ambos feridos gravemente. Outros, como Hipólito Raposo, também lá estiveram e cumpriram o seu dever de combatentes até ao fim. (...)"

Leão Ramos Ascensão in "O Integralismo Lusitano"
Guilherme Koehler in A MONARQUIA SEM TABUS (Nem correntes, Nem mordaças)

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