de José Peres Silva Bastos (Notas) - Domingo, 27 de Novembro de 2011
Quando se fala actualmente nos planos que Portugal, poderá adoptar para sair da crise, insistimos nos nossos valores ancestrais a que sempre nos ligámos, à terra e ao mar.
Após a entrada de Portugal na C.E.E., actual União Europeia, e a bem desta, delapidamos essa herança, da nossa estrutura sócio-económica, com consequências previsíveis. Encontramo-nos nessa encruzilhada, de saber se valerá o sacrifício de todos, voltarmos para a agricultura e igualmente para o mar, no intuito de salvarmos Portugal.
Afirmo, que valerá a pena, pois são premissas da nossa identidade de sempre.
Sobre isto tudo, o nosso Rei D. Carlos I, foi um visionário.
Iniciou a Oceanografia, e apontou o futuro do Mar, com factor de desenvolvimento.
Efectuou nas suas imensas terras particulares, estudos de rentabilização e apuramento de excelsa qualidade. Aqui, também imprimiu o seu cunho da procura contínua da perfeição, que impunha em tudo o que fazia. O futuro diz-nos que qualidade é sinónimo de sucesso. A realçar e a confirmar, os imensos prémios que obteve com produtos das suas terras, em feiras nacionais e estrangeiras, da especialidade.
Esta nota, que escrevo, tem duas mensagens implícitas, ou até poderá ter várias, deixo isso ao vosso critério, mas que gostaria que entendessem.
A primeira é a constatação do trabalho exercido pelo nosso Rei, a segunda é o caminho que o actual movimento monárquico poderá legitimamente enveredar, como ideia primordial, para se reinstalar a monarquia em Portugal.
O contacto directo de El-Rei D. Carlos I, com o Mar e a Terra, trouxe-lhe a alegria de viver.
Vou-lhes falar, sobre a Terra.
Não vou fazer qualquer tese sobre este assunto, porque já está prácticamente feito esse trabalho, mas sim transcrever alguns apontamentos que nos ajudam a perceber qual o verdadeiro trabalho de um Soberano, por este motivo, passo a citar:
"D. Carlos tinha conhecimento efectivo das questões agrícolas e não apenas gosto lúdico ou estético pelo campo".
...
"Embora a identificação com o meio agrário transtagano tivesse consequências potencialmente negativas para a sua imagem junto da burguesia citadina, funcionando como mais um factor de distanciamento e, portanto, de impopularidade, D. Carlos assumiu a pele de latifundiário como nenhum antecessor havia feito. Integrando-se de forma plena nessa sociedade rural,
" O Rei atingiu duas coisas: o sentimento de pertença a meio social composto de classes sociais diferentes, mas integradas numa comunidade; e o estatuto de cidadão produtivo, numa economia, e da lavoura alentejana e ribatejana, que conseguiu mostrar dinamismo por volta de 1900".
O Rei D. Carlos I, mostrou deste modo, que procurando encontrar a integração do País com as suas géneses e identificações afectivas, a sua relação de figura máxima do regime, podia unificar de todo, Portugal.
A este facto, acrescento a sua forte vocação de diplomata, que ainda hoje, por manifesta falta de vontade ideológica, ou política, encontra-se esquecida e arquivada. Seria muito interessante promove-la devidamente.
Termino com esta subentendida mensagem, para todos os monárquicos portugueses:
"Talvez, por isso, possamos reter essa imagem marcante da felicidade alcançada pelo Rei nas suas terras, entre o seu povo, como ele confidenciava ao seu amigo Arnoso:
"Eu aqui não o rei, sou principalmente "o nosso lavrador" assim é que elles me dão vivas (e tocam-me bem mais)."
Porto, 27 de Novembro de 2011
Fontes:
Silva, Isabel Corrêa da; Seixas, Miguel Metelo de, D. CARLOS de corpo inteiro, Outubro de 2009, Ed. Objectiva.
Quando se fala actualmente nos planos que Portugal, poderá adoptar para sair da crise, insistimos nos nossos valores ancestrais a que sempre nos ligámos, à terra e ao mar.
Após a entrada de Portugal na C.E.E., actual União Europeia, e a bem desta, delapidamos essa herança, da nossa estrutura sócio-económica, com consequências previsíveis. Encontramo-nos nessa encruzilhada, de saber se valerá o sacrifício de todos, voltarmos para a agricultura e igualmente para o mar, no intuito de salvarmos Portugal.
Afirmo, que valerá a pena, pois são premissas da nossa identidade de sempre.
Sobre isto tudo, o nosso Rei D. Carlos I, foi um visionário.
Iniciou a Oceanografia, e apontou o futuro do Mar, com factor de desenvolvimento.
Efectuou nas suas imensas terras particulares, estudos de rentabilização e apuramento de excelsa qualidade. Aqui, também imprimiu o seu cunho da procura contínua da perfeição, que impunha em tudo o que fazia. O futuro diz-nos que qualidade é sinónimo de sucesso. A realçar e a confirmar, os imensos prémios que obteve com produtos das suas terras, em feiras nacionais e estrangeiras, da especialidade.
Esta nota, que escrevo, tem duas mensagens implícitas, ou até poderá ter várias, deixo isso ao vosso critério, mas que gostaria que entendessem.
A primeira é a constatação do trabalho exercido pelo nosso Rei, a segunda é o caminho que o actual movimento monárquico poderá legitimamente enveredar, como ideia primordial, para se reinstalar a monarquia em Portugal.
O contacto directo de El-Rei D. Carlos I, com o Mar e a Terra, trouxe-lhe a alegria de viver.
Vou-lhes falar, sobre a Terra.
Não vou fazer qualquer tese sobre este assunto, porque já está prácticamente feito esse trabalho, mas sim transcrever alguns apontamentos que nos ajudam a perceber qual o verdadeiro trabalho de um Soberano, por este motivo, passo a citar:
"D. Carlos tinha conhecimento efectivo das questões agrícolas e não apenas gosto lúdico ou estético pelo campo".
...
"Embora a identificação com o meio agrário transtagano tivesse consequências potencialmente negativas para a sua imagem junto da burguesia citadina, funcionando como mais um factor de distanciamento e, portanto, de impopularidade, D. Carlos assumiu a pele de latifundiário como nenhum antecessor havia feito. Integrando-se de forma plena nessa sociedade rural,
" O Rei atingiu duas coisas: o sentimento de pertença a meio social composto de classes sociais diferentes, mas integradas numa comunidade; e o estatuto de cidadão produtivo, numa economia, e da lavoura alentejana e ribatejana, que conseguiu mostrar dinamismo por volta de 1900".
O Rei D. Carlos I, mostrou deste modo, que procurando encontrar a integração do País com as suas géneses e identificações afectivas, a sua relação de figura máxima do regime, podia unificar de todo, Portugal.
A este facto, acrescento a sua forte vocação de diplomata, que ainda hoje, por manifesta falta de vontade ideológica, ou política, encontra-se esquecida e arquivada. Seria muito interessante promove-la devidamente.
Termino com esta subentendida mensagem, para todos os monárquicos portugueses:
"Talvez, por isso, possamos reter essa imagem marcante da felicidade alcançada pelo Rei nas suas terras, entre o seu povo, como ele confidenciava ao seu amigo Arnoso:
"Eu aqui não o rei, sou principalmente "o nosso lavrador" assim é que elles me dão vivas (e tocam-me bem mais)."
Porto, 27 de Novembro de 2011
Fontes:
Silva, Isabel Corrêa da; Seixas, Miguel Metelo de, D. CARLOS de corpo inteiro, Outubro de 2009, Ed. Objectiva.
Sem comentários:
Enviar um comentário