24 de Junho de 1128
Aproxima-se o 24 de Junho, que para a História ficou como o Primeiro Dia Português.
Como escrevi em postal antigo, com
a morte do Conde D. Henrique, vinha crescendo a importância do fidalgo
galego Fernando Peres junto da Condessa viúva, D. Teresa, o que punha em
perigo as pretensões autonómicas de um alargado grupo de Cavaleiros do
Condado, os quais transferiam agora as suas esperanças para o ainda
muito novo D. Afonso Henriques, a quem urgiam neutralizasse aquela
maléfica influência, pois que, como refere um ilustre vimaranense, Padre
Torquato, «a brevidade com que se ataca os males é remédio deles».
Deste modo, no dia em que se honrava São João, aconteceu, em lugar
incerto, mas nas imediações do Castelo, o recontro no qual, nas palavras
do General Luíz Maria da Câmara Pires, se jogou "o destino de um povo, a
batalha por Portugal".
Ora, no seu blogue refere o Tenente Coronel Brandão Ferreira, a propósito do Dia Nacional, e depois de considerar que a
ideia do dia 10 de Junho é de inspiração republicana e tomou forma
aquando das comemorações do terceiro centenário da morte dessa grande
figura lírica chamada Luís de Camões, que exaltou de uma maneira única e
superior, a gesta histórica portuguesa.
Como se desconhece quando o poeta nasceu fixou-se a data do seu passamento. Não é que Camões não mereça a distinção – sendo de lamentar que, raramente, se refira a sua condição de soldado e combatente pela Fé e expansão portuguesa – mas as razões em que se fundou a homenagem, de luta política entre monárquicos e republicanos, não parece ter sido a mais feliz…, outros dias seriam, talvez, mais apropriados para comemorar a vida de uma Nação, nomeadamente o 1º de Dezembro, em que essa vida foi retomada.
Aponta, e a meu ver muito bem, o 24 de Junho, evocativo dessa Primeira Tarde Portuguesa - Esta
data tem a grande vantagem de ser o nosso “grito de liberdade”; tudo
aquilo que se passou nas outras datas, limitou-se a reconhecer o que foi
conseguido naquele dia. Aliás, só se reconhece o que já existe…
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