(...) Face à perversidade dos ímpios e o seu ódio aos realistas, estes
não abandonaram de ânimo leve a sua luta pela defesa da tradição
Lusitana: "Os realistas com tanta e tão louvável assiduidade têm
pugnado, e pugnarão pela conservação da ordem", dizia Madre de Deus. E
quem pensar que a defesa da velha ordem significava atentados à
liberdade de expressão que se desengane:
"homem algum tem direito, ou poder de impôr silêncio à razão de outro
homem", diz-nos ainda Madre de Deus. Ao que parece o carácter dos
lacaios da subversão não gozava de grande reputação, o que leva o autor a
proferir que "entre os revolucionários da França, da Hespanha, de
Portugal, e da Itália não aparece um homem de morigeração: os menos
depravados erão avarentos, ou máos pagadores: tanto he certo, que as
revoluções subversivas assentão na depravação de costumes; e esta todos
sabem, que nasce do desprezo da boa educação". A vantagem dos liberais
consiste, ontem como hoje, numa fortíssima demagogia que Madre de Deus
tão bem identificou simplesmente de "dadivas e promessas (armas a que
não sabe resistir a ignorância)", o ditado é antigo: com papas e bolos
se enganam os tolos.
"Os Luzitanos em 1144 estavão constituidos em
Corpo de Nação como consta de muitos documentos: e que daquela época por
diante forão tratados e reconhecidos, em todo o mundo, com o nome de
Nação Portugueza". O que permitiu esta união lusitana e a consequente
vitória foi o espírito de Deus e a força do braço de D. Afonso
Henriques. Nas causas das desgraças lusitanas no passado, estão a
divisão, a traição.
(...)
"Deos fortalecerá os Portuguezes, e
permitirá que sejão aquelles poucos escolhidos para extirpar a malvada
facção maçónica, que por ser produção indirecta, e agente directo do
espírito das Trevas, he inimiga jurada de Deos, dos Reis, e dos povos".
Retirado de "Filosofia Tradicional", de António Silva
Publicado por Guilherme Koehler no grupo A MONARQUIA SEM TABUS (Nem correntes, Nem mordaças)
Retirado de "Filosofia Tradicional", de António Silva
Publicado por Guilherme Koehler no grupo A MONARQUIA SEM TABUS (Nem correntes, Nem mordaças)
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