O Senhor Dom Duarte
Os mortos mandam…
Esperaram Vosso Avô nossos avós;
Esperaram Vosso Avô nossos avós;
Esperaram Vosso Pai os nossos pais…
E são eles que mandam, dos covais,
Que a Vossa Majestade esperemos nós!
A cem anos de exílio, - século atroz,
Estas três gerações foram leais;
Outras mais gerações, se mais tardais,
Esperarão Vossos Filhos ainda após…
E são eles que mandam, dos covais,
Que a Vossa Majestade esperemos nós!
A cem anos de exílio, - século atroz,
Estas três gerações foram leais;
Outras mais gerações, se mais tardais,
Esperarão Vossos Filhos ainda após…
Mas tudo tem seu fim! Já por instantes
O Depois, volve a ser como era Antes…
(Não torna ao mar salgado a doce fonte?)
O Depois, volve a ser como era Antes…
(Não torna ao mar salgado a doce fonte?)
Já da Coroa d’espinhos, Deus que é recto,
Fez a Coroa real para Vós, - o Neto
Do Rei crucificado em Évora-Monte - .
Fez a Coroa real para Vós, - o Neto
Do Rei crucificado em Évora-Monte - .
In “Um Soneto – Respeitosa Homenagem a Um Só Neto” pelo Conde de
Alvellos, Francisco Perfeito de Magalhães e Menezes, Segunda Tiragem, Porto,
1944
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