Todos os movimentos sociais e económicos estão condenados ao fracasso se não partirem de uma concepção política aos mais diversos níveis. Ou o renascimento se dá em todas as actividades, ou não há renascimento. Sempre que um povo se levanta, levanta-se todo ele, tudo o que o compõe: as artes, as letras, as ciências, o comércio, o trabalho, a indústria… quando um povo se afunda politicamente todas as suas actividades padecem.
O apoliticismo sindical e económico está esgotado na sua concepção. Os trabalhadores e produtores não podem ficar alheios à direcção geral do povo constituído por eles mesmos, não podem continuar a construir para que uns quaisquer políticos destruam a sua obra. Quando ser político era estar com um ou outro partido, o apoliticismo podia ter alguma dignidade e um sentido nacional, mas logo que este sentido nacional se impõe na governação e direcção do país, o desligar-se do trabalho político dá todo o ar de deserção covarde e egoísta.
Todas as organizações, como os partidos políticos e sindicatos, mesmo as ditas de esquerda, são de facto oligárquicas e dominadas por um pequeno grupo de liderança que subtilmente assume o seu controlo e depois as bloqueia interna e externamente.
O verdadeiro dono do poder, o povo, é facilmente levado ao engano, conhecer a partidocracia e os seus efeitos malignos é o caminho certo para a correcção dos desvios ilícitos que o prejudicam.
Um tradicionalista não é um homem de Partido, não é alguém que deve a sua carreira a um Partido, portanto não defende os interesses do Partido nas controvérsias com as outras hierarquias e jamais fará outra coisa que não seja pugnar pelos interesses do Povo de que faz parte e com quem assumiu compromissos. Na concepção tradicionalista os partidos desaparecem e o Estado funda-se sobre as forças vitais organizadas, todas sem excepção devem levantar-se: a Família, o trabalho, a produção, a cultura…
Ser tradicionalista não é meter-se num bando mais, é combater com afinco, cada qual ocupando o seu lugar, apenas para servir a Pátria.
Ser tradicionalista não é meter-se num bando mais, é combater com afinco, cada qual ocupando o seu lugar, apenas para servir a Pátria.
O tradicionalismo reivindica e garante vigorosamente os direitos dos trabalhadores como forma de fazer renascer um novo Portugal, orgânico, próspero, hierárquico, monárquico e verdadeiro, sem máscaras partidárias.
Guilherme Koehler
Publicado no Grupo “A Monarquia Sem Tabus” (Nem correntes, Nem mordaças)
Guilherme Koehler
Publicado no Grupo “A Monarquia Sem Tabus” (Nem correntes, Nem mordaças)
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