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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

DISCUTE-SE, SIM... COERÊNCIA.

 
No dia 5 de Novembro de 2013, desconhecendo o regimento da Assembleia da República sobre eventos, ou manifestações culturais de qualquer índole, que se poderão efectuar na nossa "casa da democracia", ao abrigo das solicitações promovidas pelos partidos políticos ou, porventura outros interessados, realizou-se a antestreia do filme “Até amanhã, camaradas”, de Joaquim Leitão, baseado no romance homónimo do Dr. Álvaro Cunhal, escrito sob o pseudónimo de Manuel Tiago, isto a breves dias de assinalar o centenário do nascimento do antigo líder do PCP.
 
Faço desde já o meu registo de intenções, para que tudo fique claro…não sou obviamente um simpatizante do PCP, nem sequer do Dr. Álvaro Cunhal, mas sou claramente um respeitador da coerência do seu pensamento e digo-o, com a distância insofismável do meu próprio pensamento politico, no entanto, a coerência é coisa rara nos dias que correm.
 
A sua importância como figura marcante, quer se goste ou não, na história da democracia portuguesa, no último quartel do século XX, e aqui uma vez mais, dependendo do ponto de vista de cada um dos portugueses, é realçada pela sua “honestidade” intelectual, ao guardar com zelo os ideais que defendeu até ao último suspiro…disso não tenho qualquer tipo de dúvida.
 
Contudo, discordo em absoluto da subentendida homenagem na Assembleia da República, ao exibir sob efeito de espelho e em atitude cinematográfica a sua obra homónima.
 
Porquê?
 
Por critérios de coerência…os mesmos que eu próprio admirei na figura do Dr. Álvaro Cunhal, aliás, atrevo-me a afirmar que o próprio recusaria este tipo de iniciativa.
 
Lembro…aquando da sua morte, foi requerido um minuto de pesar e concedido pela maioria parlamentar vigente no momento, na Assembleia da República.
 
Por critérios de coerência, em 2008, foi recusado um minuto de pesar, requerido pela bancada afecta à oposição de então, em memória, volvidos 100 anos, de um Chefe de Estado e seu filho, que foram assassinados através de acto pusilânime, no Terreiro do Paço.
 
Não se discutem as dimensões dos homens e dos seus lugares, discute-se sim…a coerência. 
 
José Peres Silva Bastos

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