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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

MONARQUIA – O RUMO CERTO!

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Autor: Miguel Villas-Boas *

Evidentemente, somos Monárquicos, mas se não tivéssemos nascido assim ou alcançado esse “estado de graça”, não seria necessário ser indivíduos de poderosa imaginação para reconhecer que a implantação se tratou de um tremendo equívoco republicano.

O regímen republicano foi ultrapassado pelos defeitos originários, pois logo desde a sua implantação o republicanismo português tem mostrado não estar à altura das exigências do País.

Desde o início mostrou-se inadequado às idiossincrasias do “Ser Português”- quiseram moldar o cidadão à imagem do positivismo que nada tem a ver com a maneira de ser e estar lusitana. Para começar não foi o resultado de uma vontade popular, pois no início do terceiro quartel do século XIX, não havia magotes de republicanos, mas uns grupinhos atrevidos. Foi graças a uma ampla, metódica e obstinada propaganda que maldosamente aproveitou os contratempos da época – como o Ultimatum britânico de 1890 – que começaram a evidenciar-se, mas, não obstante, nas últimas eleições realizadas em Portugal, em 1910, durante a Monarquia, os partidos monárquicos obtiveram 93% dos votos expressos e os republicanos 7%. Assim, o Partido Republicano Português elegeu, em 1900, 3 deputados, e, em 1906, elegeu apenas mais 1 deputado. Nas eleições a seguir ao regicídio, o PRP elegeu 3 deputados e só no início de 1910 a sua representação se tornou mais expressiva e subiu para 14 deputados, que lembramos não significava mais do que 7% do total.

Ora assim sendo, as influências da revolução republicana portuguesa são fáceis de descobrir: o fervor maçónico e o jacobinismo da revolução francesa. Nada de socialismo, pois, os próprios socialistas, (que hoje representariam todo o universo que abrange a social-democracia, passando pelo centro-esquerda e pelo socialismo) já haviam rompido, a sua breve ligação, com os republicanos em 1907, e logo em 1910, dois meses volvidos sobre a proclamação da república, se queixavam das limitações ao direito de greve.

Mas esse ateísmo oficial e insistência no aperfeiçoamento apenas material do indivíduo considerando, erradamente, tudo o resto misticismo de baixa condição, mostrou um desconhecimento pobre da história da Nação Portuguesa e ignorou o temperamento do Povo. Ignoraram o principal: o conhecimento prático do homem!

Com astúcia de uma raposa mal intencionada, os republicanos regimentais procuraram mudar a história pelo revisionismo, manobra que não podia ter sido pior desempenhada, pois, cada vez mais, atrai a atenção da Verdade.

Também seria errado encará-lo como um movimento puramente ideológico, pois a esta rebelião não foram alheios os “interesses” dos protagonistas revolucionários. Não ficou no anonimato o desabafo de um dos implantados para outro, na varanda onde foi comunicada a instauração do novo regime: “Eles já comeram muito, agora é a nossa vez!”

De facto, o regímen republicano começou muito mal e, não sendo resultado do ensejo e determinação populares, logo surgiu a repressão; depois empurrou o País para uma Guerra (Iª Guerra Mundial) de duvidosas causas, mas de perniciosos efeitos. Fartos em questiúnculas, mas com pouco bom senso para amenizar e irmanar as diversas energias politico-sociais, – embora se dissessem irmãos e primos – os “implantados” não tiveram, também, engenho para melhorar a gestão financeira e reformar a administração do Estado; antes sim mergulharam o País na guerrilha, na bancarrota e na censura. Foi este, então, claro, o resultado necessário e esperado de uma espécie de remexida de ideias.

Ora, como numa viagem, um mínimo desvio inicial torna-se cada vez maior à medida que vai aumentando a distância. Só anda meio caminho, quem começou bem, mas como começaram mal, para o País não alcançaram nada do que prometeram, outrossim, foi o que se viu; deram nova existência ao pensamento de Miguel Delibes: “Para aqueles que não têm nada, a política é uma tentação compreensível, porque é uma forma de viver com grande facilidade”.

E ainda hoje não melhorámos em administração geral, não temos mais liberdade – pois as pessoas que se afirmam manifestamente, sofrem logo uma enorme repressão -, e, por causa da falência em que o Estado se engolfou fruto do despesismo do mesmo, não temos sequer Independência, pois perdemos a Soberania para uma entidade burocrática estrangeira! Esses credores olham para o nosso amado País, tão só como de um devedor se tratasse, sem acautelar as vidas e as histórias pessoais dos portugueses e os responsáveis, nacionais, republicanos seguem-nos cegamente numa política que “perdoa os corvos e mortifica pela censura as pombas” dando novo alento à Sátira II de Juvenal que condenava a injustiça.

“É assim que há muito tempo, em Portugal, são regidos os destinos políticos. Política ao acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e interesses, por especulação e corrupção, por privilégio de camarilha, será possível conservar a independência?”, previra Eça de Queiroz, em 1867, in “O Distrito de Évora”.

De facto, este “sono” republicano, de 103 anos, nem por sombras tornou o “Indivíduo” português melhor ou mais feliz, pelo que somos levados a concluir que não se tratou de mais do que um equívoco. Os inábeis políticos provaram apenas a sua incapacidade e deixaram cair a res publica, assim como já antes provocaram a queda da Monarquia.

Cada vez mais nos interrogamos sobre o destino de Portugal, misturando preocupações actuais com memórias do seu passado.

É como defendeu Destouches no seu aforismo: “Chassez le naturel, il revient au galop – Expulsai a natureza, ela volta a galope”. De facto são inúteis os esforços que violentam em demasia a índole do indivíduo. Assim não restam dúvidas que o estado da Nação tem como causa plausível o facto negativo da revolução republicana que instaurou o regime homónimo.

Portugal é um País forjado, à espadada e valentia, por Reis e heróis extraordinários. O Reino de Portugal e depois, também, dos Algarves, e depois, também, d’Aquém e d’Além-Mar, com o seu desejo oceânico fruiu o Mundo e esses tempos de Glória de Portugal, não podem ser encarados como meras recordações, ecos ensurdecidos, pois em Monarquia ultrapassamos sempre as crises: sobrevivemos à ocupação castelhana, às Invasões Napoleónicas com a sua política de delapidação e terra-queimada, sobrevivemos a Ultimatos e guerrilha, mas não parece ser possível sobreviver à má despesa pública e à manutenção dos privilégios dos políticos republicanos, dos seus apaniguados e dos seus protegidos plutocratas. Por isso se pode dizer que o regime implodiu, pois deve esse baque aos seus próprios vícios.

Para os que não são monárquicos é indispensável um processo de formação de consciência, descrevendo e expondo a sequência de más experiências – vai ser um sumptuoso repasto – que provocou a implementação republicana, para acordarem desse torpor. Vai ser um trabalho árduo e longo, de desbravamento, fazer eclodir essa consciência e conduzi-los à verdade, sistematizando as vantagens de um regresso à Monarquia, mas que com a articulação das suas descobertas lhes revelará a premência da substituição de um sistema de valores e de instituições esclerosados por um sistema de governo contemporâneo, verdadeiramente democrático, estruturado, oportuno e exemplar que é a Monarquia Constitucional Parlamentar. Esse, sim, é para nós, o Rumo Certo!

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