Certa vez, alguém em disse uma frase que até hoje me tem marcado profundamente:
“Ser Monárquico é ser diferente, para melhor!”
Não vou questionar o que para mim é ser
Monárquico, mas sim, procurar definir a postura correcta, na minha
opinião, que um Monárquico deve ter, quando se revê na Instituição Real e
que a quer defender.
Na minha opinião, repito, acredito que um Monárquico deve se pautar:
1- pelo caracter na postura e no serviço,
isto é, ter a humildade de perceber que por ser Monárquico, não é
intocável, não é mais do que os outros e sobretudo entender que todos os
regimes são imperfeitos.
2- focando-se na postura, ao defender
concretamente a Monarquia não pode defender uma ideologia, seja ela qual
for. A Monarquia é uma forma de governo global, onde todos – sejam
socialistas ou democratas-cristãos entre outros – estão obviamente
incluídos, enquanto Cidadãos livres e iguais em direitos e deveres.
3- de acordo com as respectivas
predisposições pessoais, o monárquico tem que ter a noção que defender a
Monarquia não é apenas dizer que é para substituir o Presidente da
República pelo Rei. Mudanças de cosmética não existem em política.
Portugal, com Monarquia terá que se dotar de uma nova Constituição e
novas regras de funcionamento do Estado e da Sociedade – no fundo, um
novo Pacto Social.
4- cada Monárquico é diferente. Não há um
único monárquico igual. Somos todos diferentes, daqui sai a riqueza do
Movimento Monárquico e todas as diferenças devem se unir no ponto comum;
a defesa da Instituição Real e a procura de um consenso fundamental
para a apresentação de um modelo de Monarquia Democrática para Portugal.
5- qualidade. Este ponto é muito
importante. A imagem que se transmite ou que se quer transmitir da
Monarquia é vital para o sucesso das nossas intenções. Defendendo uma
alternativa de forma de governo democrático para Portugal, devemos ter
todos a consciência de que a imagem que transmitimos para o público em
geral tem que ser limpa, tem que ter coerência, e sobretudo, não pode
ser nunca confundida com um programa de governo com forte cariz
ideológico. A qualidade também se pauta pela postura de quem defende a
Monarquia.
Sentido de responsabilidade para quem é Monárquico:
De facto, torna-se imprescindível para o
Monárquico não procurar criar clivagens dentro do próprio movimento.
Sabemos que a sociedade é diversa a todos os níveis e é da
responsabilidade do monárquico respeitar todo e cada Português, Pelo que
ofender quem tem opções ou estratégias de vida diversificada, pode ser
considerado ofensivo e afastar as pessoas do movimento monárquico. No
fundo, é fundamental termos nos quadros monárquicos pessoas com alto
sentido de responsabilidade, desde as organizações até às redes sociais!
Posicionamento:
a) Defender a Monarquia defendida pelo
Chefe da Casa Real Portuguesa e não andar a inventar formas de governo
que não sejam Democráticas pois nunca terão aceitação nacional; é uma
questão de Lealdade devida a todo o Monárquico que se preze.
b) Defender a Monarquia não é apenas
recordar o passado. Quem olha demasiado para o passado fica imobilizado e
não consegue progredir rumo ao futuro.
c) É junto da população, seja nas ruas,
seja nas redes sociais, que os Monárquicos devem apelar ao apoio
popular. Quem é a favor da Monarquia não pode:
1- encostar-se ao sofá à espera que a Monarquia caia do céu;
2- impedir quem quer fazer, de ter espirito de livre iniciativa.
d) Quando se é Monárquico, nenhum é
superior ao outro. Quanto muito, quem chega recentemente, quer aprender
com quem já defende a Monarquia há mais anos. Foi assim comigo e é assim
com a generalidade dos jovens, o que é normal.
Em conclusão:
Com este texto, longe de mim querer dar
lições a alguém. Eu também tenho os meus defeitos e olhando para eles,
quero sempre melhorar. Talvez seja útil os monárquicos reflectirem sobre
o bom e o mau que foi feito ao longo destes anos, e procurar corrigir
os erros do passad para melhorarmos hoje e ganharmos o futuro.