Se o Povo quiser mudar de ares, se tiver um gesto de reprovação
democrática do torpe e traiçoeiro caminho seguido até aqui [mais
corrupção que progresso, mais desigualdade que justiça], escolherá a
Monarquia por aclamação, mal tenha a oportunidade para se pronunciar e a
lucidez para se pronunciar.
A mim nada me repugna mais que saber estar a pagar, mesmo no ápice da
minha pobreza e a de milhões, as pompas dos soares, as mordomias dos
sampaios, sendo que cada vez que um presidente se torna ex-presidente
transforma-se em ónus e despesa duplicada, triplicada, ao depauperado
Erário, depois de uma vida de partidarização e favorecimento descarado à
sua facção.
Excluo deste rol Eanes porque foi o único abnegado, apartidário e por
isso digno dos ex-presidentes: recusou as prebendas que a elite política
engendrou para si mesma, uma vez fora do activo.
Um Rei é livre. Não tem nem pode ter facção. Serve somente Portugal por
quem dá a vida durante toda a vida. E se há coisa de que Portugal vai
necessitar neste século é de Liberdade: um sentido de independência mais
vincado e mais forte, dada a aglutinação federalista de fortes sobre
fracos nesta União Europeia Frankenstein.
A Democracia é fantástica porque permite precisamente mudanças em paz,
transformações serenas. Acomoda abstenções massivas e humilhantes na
eleição de sucessivos governos e autarquias, com quase metade das
populações a abster-se do exercício democrático do voto, direito que
custou muito sangue a adquirir. Permite que o mesmo Povo, abstémio no
voto de governos, parlamentos e autarquias, se pronuncie esmagadoramente
numa questão que realmente lhe importe. Os timorenses tiveram o seu
referendo.
Nós ainda não tivemos verdadeiramente um Referendo ao Regime. Ai que quando o tivermos!
Que volte a dignidade à Portugal....Vote El Rey
ResponderEliminarVole El Rey
ResponderEliminarQue volte a dignidade à Portugal....Vote El Rey
ResponderEliminarVOLTE EL EY
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