"...Onde, em rigor, os espanhóis não têm razão alguma, é na questão de Olivença e nas Selvagens.
A Praça de Olivença foi tomada na curta e infeliz “Guerra das Laranjas”, em 1801, inspirada num indecoroso acordo entre Napoleão e a Corte Espanhola, onde pontuava o valido Manuel Godoy.
Para mal dos nossos pecados a rendição de Olivença também foi feita de um modo militarmente indecoroso. Assinou-se um mal alinhavado “Tratado de Badajoz” no qual Lisboa cedeu a Praça.
Com a 1ª Invasão Francesa, em 1807, quebraram-se parte dos compromissos em que o tratado se firmara, pelo que o governo português logo reivindicou a vila e seu termo e declarou nulo o tratado.
Tal veio a ser confirmado na Conferência de Viena, de 1815, em que a Espanha (que só o assinou em 1817) se comprometeu a devolver o território, português desde o Tratado de Alcanizes, de 1297, o que até hoje não fizeram, tendo o cuidado de “espanholizar” toda a nossa população (muita da qual se retirou do território) e cuidando, até há pouco tempo, de fazer desaparecer a maioria das marcas lusas.
Quanto às Selvagens o caso ainda é mais caricato, se tal é possível dizer.
Os nossos navegadores foram até lá pela primeira vez em 1428 e sempre a área foi por nós frequentada. As Canárias foram cedidas a Castela pelo Tratado de Alcáçovas/Toledo, de 1479/1480, após um contencioso que se arrastava desde 1340. Mas as Selvagens não fizeram parte do “pacote”.
Só a partir de 1911, sem qualquer argumento válido e credível, “nuestros hermanos” – que de irmãos têm muito pouco – começaram a pôr em causa a nossa soberania.
Em 1938 a Comissão permanente do Direito Marítimo Internacional confirmou a soberania portuguesa.
O Estado Português tornou-as reserva natural, pertencentes ao Parque Natural da Madeira, criado em 1971.
O Arquipélago é constituído pela Selvagem Grande, Pequena e Ilhéu de Fora, num total de 2,73 Km2, atingindo 163 metros de altura. Tem dois guardas residentes e uma habitação de residência temporária de uma família do Funchal.
Está situado a 250 Km da Madeira, 165 Km das Canárias e 250 Km da costa africana; administrativamente fazem parte da freguesia da Sé, Concelho do Funchal.
Fez bem o PR em ir lá dormir uma noite escoltado por navios da nossa esquadra, numa afirmação de interesses e soberania, incontroversa.
Nesta linha se deve realizar o exercício militar previsto, para breve, na área.
E bom seria que a Diplomacia não dormisse (os chefes militares também não) e o Governo não tergiversasse, procurando tirar proveito das contradições insanáveis em que Madrid se enleia, em favor dos nossos interesses.
É mister, ainda, tomar a iniciativa – que há muito tarda – de, na próxima cimeira Luso-Espanhola (não Ibérica), começar por dizer aos ministros espanhóis que queremos ser amigos da Espanha “à moda de Navas de Tolosa e do Salado” e não de outra maneira; que desviem o olhar das Selvagens e que cumpram o que se obrigaram após 1815, pois OLIVENÇA É TERRA PORTUGUESA! "
João J. Brandão Ferreira
in "AS NOSSAS ILHAS SELVAGENS DISPUTADAS NO JOGO GEOESTRATÉGICO", Rainer Daehnhardt, Brandão Ferreira...
Mais uma novidade da Apeiron, disponível a 28 Fevereiro
PRÉ-ENCOMENDA c/20% desconto = 8,16€
(preço editor=10,20€)
Para encomendar: Indicar nome, morada, se por transf. bancária (sem custos) NIB: 0033 0000 0022 5323 62905, ou à cobrança (acresce 2,90€), e enviar para apeiron.edicoes@gmail.com
Nota: A sua encomenda é sempre confirmada pela Apeiron edições. Os custos de envio são suportados pela editora.
João J. Brandão Ferreira
in "AS NOSSAS ILHAS SELVAGENS DISPUTADAS NO JOGO GEOESTRATÉGICO", Rainer Daehnhardt, Brandão Ferreira...
Mais uma novidade da Apeiron, disponível a 28 Fevereiro
PRÉ-ENCOMENDA c/20% desconto = 8,16€
(preço editor=10,20€)
Para encomendar: Indicar nome, morada, se por transf. bancária (sem custos) NIB: 0033 0000 0022 5323 62905, ou à cobrança (acresce 2,90€), e enviar para apeiron.edicoes@gmail.com
Nota: A sua encomenda é sempre confirmada pela Apeiron edições. Os custos de envio são suportados pela editora.
Sem comentários:
Enviar um comentário