A tradição e a cultura (língua e obras) são os alicerces duma
Nação corporizada por um Povo que a herda, administra e projecta para o
futuro. O Príncipe, como primus inter pares, encarna os desejos e
expectativas da comunidade que representa e de que procede. Estamos no
domínio da meta-política que nos concede superar uma concepção meramente
administrativa ou aritmética da Coisa Pública. E repare-se
como não estamos obrigatoriamente amarrados a uma questão de Fé: para
os não crentes numa ordem transcendente, a questão pode ser
perspectivada no âmbito da simbologia, dimensão fundamental para a
sustentação de um tácito contrato comunitário, a corporização de uma
realidade abstracta, a que se confere a harmonia necessária à adesão
emotiva.
Nesse sentido, só pode ser causa de grande júbilo a
maioridade que S.A.R. Dom Afonso, Príncipe da Beira alcançará no próximo
dia 25 de Março. É a promessa da continuidade na direcção dos nossos
filhos e netos, duma noção de Pátria que é acima de tudo espaço, tempo e
uma alma enorme de 900 anos.
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