por Luís Lavradio, em 21.03.14
Numa entrevista ao Diário de Notícias ontem, S.A.R. o Duque de
Bragança realçava, e bem, a ubiquidade da corrupção e as suas
consequências nocivas à nossa sociedade. Se é incontestável que a grande
maioria dos nossos governantes, independentemente da suas capacidades
pessoais, é honesta e bem-intencionada, concorde-se ou não com a sua
política, é igualmente indiscutível que há uma minoria que abusa da sua
posição descarada e impunemente, quer em mérito próprio quer por
objectivos menos claros. A forma como o faz sugere uma extensa rede de
interesses obscuros, e transmite uma exemplo de facilitismo e
impunidade, un câncro rapidamente espalhado por quem não entende estar a
ser profundamente desrespeitado. Refere também o Senhor Dom Duarte
estudos internacionais que poriam Portugal ao nível da Dinamarca não
fosse este problema endémico à nossa realidade republicana. Acrescenta
ainda que no caso dos países europeus com chefias de estado
independentes (as monarquias modernas), os níveis de corrupção são
menores.
A Transparency International é uma organização internacional, presente em mais de 100 países, financiada de forma aberta e gerida por um conjunto de profissionais reconhecidamente independentes. Em Portugal é representada pela associação cívica "Transparência e Integridade". O seu único objectivo é o combate à corrupção e publica anualmente um Índice de Percepção de Corrupção que mede níveis de corrupção nos sectores públicos de 177 países e territórios. Recentemente publicou o índice para 2013. A Dinamarca aparece em primeiro lugar. Portugal no 33º.
A Transparency International é uma organização internacional, presente em mais de 100 países, financiada de forma aberta e gerida por um conjunto de profissionais reconhecidamente independentes. Em Portugal é representada pela associação cívica "Transparência e Integridade". O seu único objectivo é o combate à corrupção e publica anualmente um Índice de Percepção de Corrupção que mede níveis de corrupção nos sectores públicos de 177 países e territórios. Recentemente publicou o índice para 2013. A Dinamarca aparece em primeiro lugar. Portugal no 33º.
Dos
cinco países com maior transparência, que demonstram um maior respeito
pelos seus concidadãos, quatro são monarquias constitucionais. Dos
primeiros 10, sete são monarquias. Mais notável é o facto de todas as monarquias ocidentais - com a excepção de uma - estarem entre os 20 países menos corruptos a nível mundial.
Não se trata de um mero acaso ou acidente estatístico, mas sim resultado da influência da isenção política e representatividade suprageracional da Instituição Real.
Não se trata de um mero acaso ou acidente estatístico, mas sim resultado da influência da isenção política e representatividade suprageracional da Instituição Real.
A monarquia funciona.
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