Inovação na Continuidade
I
Introdução
Ao
formarmos uma lista candidata aos Órgãos Sociais da Real Associação de
Lisboa fundada em boa parte pelos elementos que agora cessam funções, e
estando no nosso espírito a ideia bem monárquica de continuidade no
serviço à Causa, entendemos que deveríamos recuperar a designação de
“Lisboa Realista”. Como referiu o Presidente da Real Associação de
Lisboa Nuno Pombo, que com tanta coragem e perseverança assumiu em 2012 o
comando da Direcção que agora termina funções, essa designação assenta
em dois pressupostos: realistas por sermos fiéis ao ideário monárquico
por um lado, e por outro, por temos consciência da escassez dos nossos
recursos – por sinal absolutamente desproporcionais ao reconhecimento
público da Instituição que defendemos. Ou seja, temos a inteira noção de
quão preciosos são os nossos parcos meios, só possíveis rentabilizar
com tenaz empenho e inspiração. Ou seja, é neste quadro que cumpre-nos
com todas as nossas forças manter a chama acesa da Instituição que com
Portugal nasceu e o incorpora há quase 900 anos.
À
designação de Lisboa Realista decidimos adicionar “Inovação na
Continuidade” como assinatura. O termo inovação remete-nos para a
imperiosa necessidade de, se assim for eleito, este grupo de trabalho se
focar na constante procura duma renovada energia criadora perante as
rotinas e contrariedades, aspecto que os novos elementos agora
integrados na lista não deixarão de suscitar. Já o termo “continuidade”
tem o sentido que foi explanado anteriormente e remete-nos para um
sentimento profundamente monárquico, aquele que é um Valor que nem
sempre é bem compreendido e valorizado pelos portugueses: o da
estrutural importância de todos aqueles anos, meses e dias que
intermedeiam os grandes feitos ou heróicas conquistas. Acontece que a
ameaça da decadência ou extinção de um Povo, de uma Instituição ou duma
pessoa, está no desinvestimento na administração da actividade
quotidiana e rotineira, que nos fortalece e prepara para cumprir o nosso
destino.
Antes de passarmos à enumeração dos pontos que
incluímos no nosso programa, em grande parte readoptado da anterior
candidatura, que pretendemos realista e ao mesmo tempo exigente, achamos
importante relevar três ideias genéricas que pretendemos presidam ao
próximo mandato:
1) Comunicação - Reforçar um discurso
politicamente atractivo para o “Páteo dos Gentios” da nossa Causa, um
imenso universo de gente interessada na Coisa Pública, com diferentes
afinidades políticas e ideológicas que, não considerando a questão do
regime prioritária, simpatize com a forma monárquica da Chefia do
Estado.
2) Imagem - Reforçar o cuidado na transmissão
de uma imagem atractiva e profissional da nossa comunicação e apostar
na visibilidade dos símbolos monárquicos que constituem um manancial de
reputação nem sempre explorado mas de que somos legitimamente
legatários, através da utilização de bandeiras e painéis decorados nas
nossas iniciativas públicas, políticas ou culturais.
3)
Rejuvenescimento - Reforçar o relacionamento com as estruturas da
Juventude Monárquica e promover o contacto com as escolas da nossa área
de jurisdição no contexto do Projecto Educar, com vista a um esforço
adicional de atracção das gerações mais jovens para o projecto político
da Causa Real.
João de Lancastre e Távora 06 de Fevereiro de 2015
Proposta de Programa
I
A Aposta na Juventude e na Formação
- Apoiar e dinamizar a Juventude Monárquica de Lisboa, envolvendo-a nas actividades da Real e promovendo as suas iniciativas.
- Sublinhar a decadência da cartilha republicana em contraposição com a frescura e a novidade da mensagem monárquica.
- Continuar as acções de formação política e comunicacional aos jovens.
- Fomentar o contacto entre os jovens monárquicos, numa lógica organizativa e de intervenção
- Valorizar as plataformas de comunicação mais apelativas, aproveitando a Juventude para a dinamização da blogosfera e das redes sociais.
- Estabelecer rede com as principais associações académicas e organizações de juventude em colaboração com a JMP.
- Promover debates alusivos à questão do regime e o seu impacto no futuro de Portugal, no âmbito do Projecto Educar sempre que se ajuste.
- Mobilizar a Juventude para acções de solidariedade e de sensibilização ecológica e patrimonial.
- Promover eventos de cariz cultural, musicais e outros com o intuito de atrair novos associados e demonstrar que a Real Associação de Lisboa se preocupa com a carência cultural que Portugal atravessa.
- Disponibilizar recursos para formações específicas em cada uma das plataformas de comunicação.
II
A Aposta na Comunicação
- Reforçar o cuidado na transmissão de uma imagem atractiva e profissional da nossa comunicação e apostar na visibilidade dos símbolos monárquicos que constituem um manancial de reputação.
- Manter a aposta na edição publicação e distribuição da revista Correio Real com base no existente protocolo de colaboração com a Causa Real.
- Apostar numa campanha de promoção ambiciosa para aumento de sócios, através dos nossos meios de comunicação (online e offline).
- Reforçar e sistematizar a comunicação através das plataformas sociais (internet).
- Apostar em campanhas na plataforma Facebook para alargamento do universo de seguidores.
III
A Aposta na Acção Política na Comunidade
- Manter a aposta no apoio à criação e dinamização dos núcleos. É nossa intenção reconduzir as Comissões Directivas dos Núcleos SUL DO TEJO e Odivelas , que foram empossadas há escassos meses e merecem toda a confiança desta candidatura até pelo trabalho já desenvolvido. Revitalizar os Núcleos de Sintra e da Costa do Estoril.
- Contactar todos os presidentes de câmara (e de juntas de freguesia mais populosas) da nossa área geográfica de intervenção, no sentido de lhes pedir uma audiência e nos darmos a conhecer.
- Preparar essas audiências, localizando os nossos associados dessas autarquias, quando isso se mostrar possível e razoável, promovendo um contacto directo para potenciar acções conjuntas de interesse reciproco.
- Promover o contacto e o conhecimento de visitas para conhecer instituições locais de importância social reconhecida, apoiando as suas causas. Será esta uma das principais missões dos núcleos: identificar preocupações locais, dar eco delas, de modo a que se possa colocar o movimento monárquico ao serviço da sua transmissão.
- Acompanhar a actividade política e estreitar as relações com as estruturas partidárias e os deputados eleitos pelos Distritos de Lisboa e Setúbal. Dar-lhes a conhecer as nossas iniciativas e procurar manter contacto directo com eles, independentemente da sua cor política.
- Identificar as grandes “forças vivas” da nossa comunidade e ir falar com elas (ex. SCML, associações de estudantes, académicas, de defesa do ambiente e do património, conhecer a sua actividade, as suas preocupações e mostrarmo-nos parceiros das suas causas). Sublinhar, neste esforço, a importância dos núcleos, concelhios e estudantis.
- Promover, à luz do que se procurou fazer mandato anterior, eventos culturais e visitas a monumentos, colóquios sobre política, economia, cultura. Procurar parcerias com outras instituições que as queiram promover connosco, é uma das formas de dar maior visibilidade ao nosso Movimento.
IV
A Aposta no Reforço do Associativismo
- Colaborar próxima e lealmente com a Causa Real, cúpula do Movimento a nível nacional, pondo ao serviço dela a capacidade organizativa e os meios humanos da Real.
- Lançar um projecto de financiamento para a reabilitação da sede da Praça Camões de forma a conferir-lhe maior dignidade.
- Digitalizar e disponibilizar ao público através de uma página para o efeito no site da Real Associação de Lisboa, o precioso espólio fotográfico da Causa Monárquica e de outras organizações monárquicas de que a RAL é depositária.
- Organizar, catalogar restaurar e encadernar o espólio de literatura monárquica de que a Real Associação de Lisboa é depositária para a criação de uma “biblioteca Monárquica”.
- Assegurar o nível organizativo já alcançado ao nível das bases de dados.
- Continuar a promover a Missa de sufrágio pelas almas de S.M. o Rei D. Carlos e do Príncipe Real, D. Luiz Filipe.
- Manter o apoio logístico ao Jantar dos Conjurados.
- Assegurar a organização de um evento para celebrar o Aniversário da Real – Maio / Junho – procurando que ele se torne no evento de encontro dos sócios.
- Promover dentro das nossas capacidades e circunscrição geográfica um discurso e a propagação de uma comunicação politicamente atractiva para o imenso “Páteo dos Gentios” da nossa Causa que, não considerando a questão do regime prioritária, simpatize com a forma monárquica da Chefia do Estado.
- Retomar o contacto institucional, que se fez noutros tempos, com outras organizações monárquicas europeias e brasileiras.
Lisboa, 6 de Fevereiro de 2014
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