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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

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quarta-feira, 4 de março de 2015

AZUL SOBRE OURO - UMA INÉDITA EXPOSIÇÃO

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Na quinta-feira passada tive o privilégio de estar presente na inauguração da exposição temporária patente no Museu Nacional de Arte Antiga “Azul Sobre Ouro” que se recomenda vivamente. Trata-se de uma ocasião única (quatro meses) de apreciar com pormenor a extraordinária colecção de porcelanas da dinastia Ming, com exemplares únicos no mundo datados maioritariamente entre os séculos XVI e XVII legada por D. José Luís de Lancastre. Com esta iniciativa as peças poderão ser minuciosamente apreciadas sem o perigo do visitante apanhar um torcicolo, já que o seu local de original, onde resistiram incólumes desde 1680 até hoje (e presenciaram por exemplo o terremoto de 1755) é o insólito tecto da Sala das Porcelanas no Palácio do Marquês de Abrantes, sito na Calçada com o mesmo nome em Santos-o-Velho. Foi certamente uma delicada e emocionante operação aquela em que, aproveitando-se as obras de restauro promovidas pela Embaixada de França, actual proprietária do edifício, se retiraram um a um os 263 pratos com a supervisão dos técnicos do Museu de Arte Antiga. Desses foram seleccionados os 58 exemplares mais significativos que se exibem agora na Rua das Janelas Verdes até 24 de Maio próximo. 

Uma curiosidade que se destaca da informação patente é a de que não será descabido pensar que as porcelanas do palácio dos Marqueses de Abrantes tenham servido de inspiração aos oleiros de Lisboa no fabrico da faiança azul e branca que por essa altura se popularizava no País, tanto mais que há nota de uma olaria nos registos da freguesia de Santos-o-Velho em 1672 propriedade de D. José Luís de Lancastre na Rua da Madragoa a poucos metros do palácio. 

Pela original iniciativa estão de parabéns a Embaixada de França, na pessoa do seu Embaixador Jean-François Blarel, o Museu Nacional de Arte Antiga e seus mecenas na pessoa do seu dinâmico director António Filipe Pimentel, juntos nesta inédita parceria. 

João Távora

Fonte: Corta-fitas


Exposição “Azul sobre ouro” / MNAA





Pela primeira vez, cerca de seis dezenas dos mais de 250 pratos de porcelana azul e branca oriundos da China, incrustados no teto piramidal de talha dourada da Sala das Porcelanas, saem do lisboeta Palácio de Santos, nos últimos 330 anos, dando, assim, o mote para o título da exposição: “Azul sobre ouro”.

Da totalidade das peças que compõem da mostra, o núcleo eleito para compor a exposição no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) data dos séculos XVI e XVII, época marcada pela expansão do país a oriente e pelas relações de Portugal com a China, bem como do auge de Macau como entreposto comercial.

Por conseguinte, a exposição dá a conhecer peças datadas do tempo em que Lisboa era o principal fornecedor de porcelana da China para a Europa, a África e as Américas. Em simultâneo, a porcelana da dinastia Ming, de grande relevo no século XVI, serviu de modelo aos oleiros da capital portuguesa, os quais foram mestres na produção de faiança azul e branca.

Sobre o Palácio de Santos, residência real desde os finais do século XV, é adquirido pela família Lencastre, em 1629 e, entre 1667 e 1687, sofre uma restruturação, da qual resulta a Sala das Porcelanas cujo teto é revestido com mais de 250 pratos de porcelana da China, sobretudo, de decoração azul e branca. Em 1870, o Estado Francês arrenda o edifício, mas acaba por adquiri-lo em 1909, daí a exposição no MNAA ser feita em parceria com a Embaixada de França em Portugal e estarem envolvidos peritos portugueses e franceses neste trabalho minucioso que consiste em retirar as porcelanas do teto da insólita Sala das Porcelanas, para limpeza e restauro das mesmas.

A mostra “Azul sobre ouro”, comissariada por Maria da Conceição Borges de Sousa e Rui André Alves Trindade, está patente, desde 24 de fevereiro até 24 de maio, na Sala do Torreão do MNAA (entrada Jardim 9 de Abril), às terças, das 14 às 18 horas, e das quartas ao domingo, das 10 às 18 horas. •

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