Rei D. Manuel II de Portugal recebido com banho de multidão no Porto
Síntese da História da Nação, o Rei torna-se um ideal: o Chefe máximo da Nação, ou seja, o Chefe Supremo do Estado e o Primeiro entre os Portugueses.
‘A própria República de Platão é a imagem proverbial de um ideal vazio.’, afirmou Hegel.
De facto, Platão é amigo, mas a verdade é mais amiga. Um presidente
não personifica a Nação, pois não tem história; já um Rei não é apenas
um Homem, mas um sonho em que se junta realidade e fantasia, é a mística
Portucalense que encarnou num depositário de um Portugal quase Milenar e
que, caso único no Mundo, descende do primeiro dos Reis, Dom Afonso I
Henriques, pois apesar da Monarquia Portuguesa ter conhecido quatro
Dinastias, todas elas eram pertencentes à mesma primeva Família. «A História há-de ser luz da verdade e testemunha dos antigos tempos», escreveu Fernão Lopes nas suas “Crónicas”.
Os nossos antigos Reis criaram um Império de espanto, primeiro pela
Espada depois com a Epopeia dos Descobrimentos, a descoberta geográfica
do Mundo, com que Portugal participou na primeira linha da edificação de
um admirável Mundo Novo e assim o Rei de Portugal se tornou,
tal-qualmente, Rei do Mundo, por Rei desta Nação ser, que mundos dá ao
Mundo quando quer…
O Povo simples e bom sempre soube que para seu Defensor e cautela do
bem-estar da coisa comum só poderia contar com a solícita ajuda do Rei,
pelo que lhe fez sempre penhor da maior das afeições. Ora o Rei deve
então prezar a Gente Portuguesa pagando com justiça esse afecto.
Por isso os Reis de Portugal sempre souberam qual a fórmula certa
para reinar rectamente: reinar com o Alto Preceito e a Mão da Justiça,
e, sempre, acolher o Povo nas dobras do seu Manto evitando que sofresse
nas mãos caprichosas e ambiciosas dos políticos.
Ser Rei é ser o Pai da Nação e por isso no Rei está encarnada a
Pátria inteira, Rei de Todos e para Todos, sem as excepções que os
sufrágios criam por defeito de sistema que procura eleger para
presidente de todos o procurador de uma minoria. Um Rei justo e recto é o
Ideal profundo e o alto Sentimento pela História nove vezes secular de
Portugal.
Bem sabiam os nossos Reis que, primeiro deviam garantir os súbditos e
só depois a Eles mesmos, por isso, El-Rei Dom Manuel II tinha como
divisa «Depois de Vós, Nós», premissa de que o Rei serve primeiro os interesses da Nação.
Só o soberano real acautelará com o seu Poder Moderador a separação
de poderes e o funcionamento das instituições, assim como será o garante
máximo dos direitos e garantias constitucionais e legais do cidadão.
O golpe republicano do 5 de Outubro não foi uma manifestação da
vontade popular, até o disse e melhor escreveu o génio de Fernando
Pessoa que «a revolução é só da superfície», e que «a maioria do país era monárquica (…)».
Por isso, ainda nas rimas do Príncipe das Letras Portuguesas, assim estamos, olhando para o infinito:
E ao abismo do futuro clama
Por quem enfim
Vier, régia lusitana chama!
Pelo Rei que a Esperança chama…
A função do Monarca é personificar o carácter nacional e nenhum Rei
esquece que a Sua função é um Ofício que deve desempenhar com sentido de
Missão sempre fiel ao Senhor-Rei que é Portugal e à História de um
Povo… por isso é Real e por isso é Mito.
Miguel Villas-Boas – Plataforma de Cidadania Monárquica
Sem comentários:
Enviar um comentário