32 anos de Nova Monarquia
Acabou a reserva activa ?
Há trinta e dois anos, três ou quatro dezenas de militantes do PPM revoltaram-se contra o amadorismo, o imobilismo, o tertuliarismo, as "hortas sociais", mais as manias das genealogias e das heráldicas e brasonários, os marialvismos, as intermináveis conversetas notívagas - fumarentas e etilizadas - da sede do PPM e fizemos a Nova Monarquia. Fizemo-lo com riscos tremendos - riscos físicos até - e montámos uma organização de combate político à qual se foram agregando centenas de militantes de primeira plana. Em 1991, quando suspendeu actividade, a Nova Monarquia tinha 600 associados, enchia mensalmente salas - do Hotel Roma, do Altis, do Lutécia - e organizava caravanas automóveis, desfiles e arruadas, cobria Lisboa de cartazes e murais, organizava sessões musicais no São Luís e no Teatro da Trindade, participava em debates públicos; em suma, existia e não pedia créditos.
Nesse tempo, não tínhamos nem dinheiro nem havia internet ou telemóveis, a imprensa era, absoluta e irremediavelmente, hostil e inimiga. O trabalho, as reuniões, as circulares e os contactos eram feitos em minha casa e, depois, no escritório à Brancaamp, na Igreja São João de Deus ou no Colégio Pio XII.
Em quatro anos, a Nova Monarquia cresceu, espalhou-se pela geografia portuguesa, constituiu núcleos nas principais universidades, conseguiu eleger militantes seus para os corpos dirigentes das associações de estudantes das universidades de Lisboa, Porto e Coimbra, ganhou em dezasseis associações de estudantes do ensino secundário da região de Lisboa. Em 1987, recebemos um telefonema da direcção do CDS. A NM foi convidada para integrar as listas do partido e a campanha desse ano foi feita integralmente pela Nova Monarquia.
Na altura, moveram-se campanhas absolutamente infames, boicotaram-nos, difamaram-nos, fecharam-nos portas e intrigaram. Aqueles que nada faziam, que nada haviam jamais feito, mataram a Nova Monarquia. Depois, foi o silêncio. Voltaram ao mesmo que sabiam fazer. Hoje, estamos nisto.
Parece que terminou a reserva activa. Ontem recebi uma dezena de amigos. Pediam-me que voltássemos à liça. Bom, há que reflectir, mas assim não podemos continuar.
Hoje este PPM de 2015. Parece esse extinto NM, pois não se fecha entre paredes, nem em tertúlias, nem nessas coisas todas que muitos grupos não políticos e monárquicos fazem. Saímos para a rua ouvimos as pessoas, pegamos nos seus clamores e fazemos disso programa eleitoral, para defendermos as vozes da o povo e da comunidade. Temos um projeto novo chamado SER PPM, que nasceu a norte e que vai ter no Porto o seu primeiro momento de reflexão, debate, formação e planeamento para levar o povo monárquico a acordar. Pois até agora todos querem ser monárquicos entre monárquicos, nós PPM, estamos a acordar os portugueses do povo, cidadãos que nunca se sentaram para falar de monarquia. Esse é o caminho para uma revolução e ideias e que com o voto poderá mudar tudo Se os monárquicos verdadeiros, votassem num partido monárquico teríamos voz no parlamento. Se fossemos comunistas seria impensável votarem num partido não comunista. Isso é o trabalho que começou agora com este PPM. Isto é SER PPM. É ser monárquico.
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