Monárquicos, temos diante de nós um árduo trabalho que é despertar o
Povo não só para as vantagens da Monarquia futura, mas, também – depois
de 105 anos de mentira do consulado da garganta republicano -, desvendar
a Verdade!
Porque a História é feita pelo subjugador, os ministros da Propaganda
republicana não foram avaros na reinterpretação da História, apoiados
na obscuridade e na parcialidade com que os factos históricos podem ser
relatados. Os portugueses foram enganados – fizeram-lhes crer que só
havia uma certeza: parecer sem ser é a suprema conquista do ilusionista
para alcançar a admiração! Não podemos, também, contar com informação
isenta dos mass media que são manipulados e noticiam mentiras, pois não
raras vezes, diletantemente, partem de pressupostos mentirosos
divulgando informação enganadora sobre o tempo da Monarquia!
Dirigindo-se ao público como se fossem menores de idade, utilizando o
aspecto emocional mais do que a reflexão, fazem chantagem demagógica
tornando-os escravos duma só e errada razão. Mas felizmente essa lavagem
cerebral ainda não conseguiu completar o ciclo. Para os que não são
monárquicos é indispensável um processo de formação de consciência
arrolando as vantagens do regímen monárquico: cabe-nos a nós,
Monárquicos, essa tarefa!
Escreveu o imparcial Eça de Queiroz que, ‘o Partido
Republicano em Portugal nunca apresentou um programa, nem
verdadeiramente tem um programa. Mais ainda, nem o pode ter: porque
todas as reformas que, como partido republicano, lhe cumpriria reclamar,
já foram realizadas pelo liberalismo monárquico.’
Até vamos mais longe: já na Monarquia anterior ao constitucionalismo,
se dava importância à cultura e educação. Todo o reinado de Dom João V é
caracterizado pela criação de instituições, especialmente no campo
económico e educativo, no sentido de adaptar o País às grandes
transformações que se tinham operado. Foi no seu reinado que se iniciou a
primeira, se não a única, reforma profunda da Universidade, e que
surgiu o ensino primário, assim como o ensino secundário com a fundação
do Colégio dos Nobres e a Aula do Comércio.
Tal-qualmente, na época seguinte, no reinado de Dom José I de
Portugal, verifica-se uma compra volumosa de livros, mantendo-se
permanente a atenção ao circuito editorial europeu, e, com o enorme
stock literário foram instituídas diversas bibliotecas públicas. Refunda-se a Universidade, em 1772, através do Plano de Estudos de 1769, por desígnio régio. E com a criação do subsídio literário,
um imposto que incidiria sobre as bebidas alcoólicas financia-se a
aquisição de livros, e arrebanham-se fundos para pagar aos professores
dos estudos menores.
Por Resolução régia de 31 de Maio de 1790, no reinado de D. Maria I,
instituiu-se o ensino feminino, gratuito, em Portugal, com a criação de
18 escolas. Com o liberalismo constitucional o ensino feminino
generalizou-se, fundando-se 59 escolas primárias. Passos Manuel, em
1836, institui o ensino liceal em todas as capitais de distrito. Em 1859
foi fundado por D. Pedro V, a expensas próprias criou, em 1859, o Curso
Superior de Letras em Lisboa, que funcionava nas instalações da
Academia Real das Ciências de Lisboa. E até 1910 licenciaram-se em
Portugal mais de duas dezenas de mulheres nos mais variados cursos, como
filosofia, letras, farmácia, medicina e matemática.
Também, do ponto de vista dos direitos fundamentais dos cidadãos,
desde a Constituição de 1822, em plena Monarquia, os direitos dos
Cidadãos, porque se lhes dava enorme relevância, foram elencados logo
nos primeiros 19 artigos. Depois com a Carta de 1826 e a Constituição de
1838, foram reforçados.
Dos vinte e oito anos de reinado do vigésimo oitavo Rei de Portugal, o
Senhor D. Luís I, no foro legal e dos direitos humanos, importantes
progressos se verificaram, de que merecem especial destaque: Portugal
foi o primeiro País do Mundo a abolir da pena de morte para os crimes
civis, em Julho de 1867. ‘Felicito a vossa nação. Portugal dá o exemplo à Europa. Desfrutai de antemão essa imensa glória. A Europa imitará Portugal. Morte à morte! Guerra à guerra! Viva a vida! Ódio ao ódio!’, enalteceu Victor Hugo; aconteceu, também, a abolição da escravatura, em
todo o Império Português, a 25 de Fevereiro de 1869. Foi publicado o
primeiro Código Civil, e, não havia censura à imprensa. D. Luís I
abraçou a passada de Sua Augusta Mãe e ordenou a construção e fundação
de associações de índole cultural como a Sociedade de Geografia,
em 1875, mas também de carácter social como a criação de albergues
nocturnos para os indigentes, em Lisboa e no Porto. Quanto à Sua Rainha
Consorte, Dona Maria Pia ficou conhecida como O Anjo da Caridade e A Mãe dos Pobres por sua compaixão e causas sociais.
Não havia censura, e a liberdade de expressão e de imprensa eram
direitos adquiridos: lembremo-nos que eram dessa época, ‘As Farpas’, as
caricaturas de Bordallo Pinheiro, os insultos impressos republicanos!
Assim, ‘É alguém capaz de indicar um benefício, por leve que
seja, que nos tenha advindo da proclamação da República? Não melhorámos
em administração financeira, não melhorámos em administração geral, não
temos mais paz, não temos sequer mais liberdade. Na monarquia era
possível insultar por escrito impresso o Rei; na república não era
possível, porque era perigoso, insultar até verbalmente o Sr. Afonso
Costa.’, assinalou Fernando Pessoa num dos seus textos in Da República. De facto, o Monarca Dom Pedro V explanava nos seus Escritos: ‘Não compreendo a liberdade sem a imprensa livre. O homem é pouco quando lhe cortam a língua.’
De sorte que se foi para a república, não por doutrinarismo, por
urgência de mais liberdade e de instituições mais democráticas, nem por
resultado natural de uma emanação popular, mas por um golpe republicano
apoiado nas milícias revolucionárias da Carbonária, nas bombas dos
anarquistas, nas jogadas políticas na sombra da maçonaria e na
cumplicidade de alguns traidores monárquicos – nas derradeiras eleições
do constitucionalismo monárquico, a 46ª eleição geral, 37ª eleição da 3ª
vigência da Carta, em que estavam recenseados 695 471 eleitores, e que
se realizaram a 28 de Agosto de 1910, pouco mais de três meses antes da
revolução que instaurou a República, a ida às urnas traduziu-se
numa vitória dos Governamentais de Teixeira de Sousa (58%), mas
sobretudo numa vitória retumbante dos Partidos Monárquicos (91%) contra
uns meros 9% do Partido Republicano Português.
Depois os regimentares arruinaram, uns e outros, a Pátria. Enquanto o
faziam, deixaram na ignorância o resto do País, que assistiu impávido,
porque manda quem pode obedece quem deve – julgam eles!
Boquiaberto, quando a crise lhe foi, finalmente, exposta, o Povo olha em
volta procurando uma resposta e, mais do que isso, um recurso que possa
tirar o País do confrangimento em que o mergulharam. Mas, olhou em
volta e não encontrou à sua disposição esse remédio, muito menos no
clube republicano do costume. Hoje o sentimento de desalento da opinião
pública em Portugal, perante a austeridade sem fim, expressa-se,
irremediavelmente, neste cânone popular: – Tão bons são uns como outros!
Os partidos republicanos com o seu clubismo subverteram as instituições
do Estado e mergulharam-nas numa desqualificação profunda. E perante
esta malfadada fórmula, ora se, tão bons são uns como os outros!, que outra receita se poderá aplicar? A MONARQUIA!
Não pode o Povo continuar a procurar um trunfo no espaço e tempo
republicanos, ainda que com muito pouco façam um ornamental e farfalhudo
ramalhete! Há que procurar a solução noutro lugar! Logicamente, a
RESPOSTA ao presente impasse será um regime como a MONARQUIA, com o Rei à
cabeça!
Por isso, ERGAM-SE MONÁRQUICOS! Vamos então divulgar as VANTAGENS DA MONARQUIA!
Miguel Villas-Boas – Plataforma de Cidadania Monárquica
Quando o povo ignora a História, entramos no beco do desconhecimento e calcorreamos sem sentido definido, mas se entretanto encontrarmos placas de informação, então caminhamos para o sentido certo e o mais correcto.
ResponderEliminarÉ necessário muito trabalho e muita divulgação para que se possa atingir a credibilidade dos que desconhecem a História e dos que recusam reconhecê-la!
Edite Cecília Rodrigues