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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

sábado, 30 de abril de 2016

DEVERIA PORTUGAL REGRESSAR À MONARQUIA?

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 D Duarte de Bragança

Os portugueses, a par com os gregos, levam a História do seu país como um assunto muito sério, em cada canto e edifício há uma história para contar mas quando o assunto é o regresso à Monarquia a maioria prefere evitar dar uma opinião, afinal o País vive desde 1910 entre regimes autoritários, golpes e revoluções e o futuro é uma incógnita demasiado pesada para deixar a emoção verbalizar o que pensa.

Ao fim de 13 anos de crise económica pontuada por períodos de recessão, estagnação e intervenção externa podemos especular que a última década a vida em S. Bento tem-se assemelhado mais a um cortejo fúnebre do que a uma serena fanfarra e movimento frenético que à primeira vista denuncia uma Lisboa em crescimento com os turistas que enchem as esplanadas depressa evidenciam que o País também sofre um problema demográfico. A Crise já passou as fases económica, financeira e começa a aparentar sinais de crise de regime, um enigma cuja resolução está além das capacidades do Parlamento nacional.

Tal como França, cujo artigo 89 da Constituição de 1958 impede a modificação da forma de Governo, também o artigo 288, b da Constituição Portuguesa de 1975 impede a mesma revisão o que deixa a solução do regime fora dos muros de S. Bento e uma grande parte desta solução na credibilidade, imagem e confiança que actual herdeiro da Coroa Portuguesa , D. Duarte de Bragança, possa inspirar na população.

Neste campo as notícias não podiam ser melhores para os apoiantes da restauração da Monarquia caída em 1910. A imagem da Casa Real e bastante elevada não só entre a população portuguesa como nas ex-colónias do antigo império marítimo, D. Duarte de Bragança é a única figura pública portuguesa que transitou entre os dois regimes sem alterar o discurso político e a sua presença ainda ressoa a época dos descobrimentos portugueses. As últimas eleições presidenciais assinalaram uma abstenção sem precedentes onde actual Presidente conseguiu eleito com o menor numero de votos desde 1974 (de facto foi eleito por menos pessoas do que aquelas que apoiam a Instituição Monárquica) o que lhe dá uma margem residual de legitimidade num País onde a última sondagem indicava um apoio de 70% à forma republicana de regime.

Nem tudo está perdido para os apoiantes da República (cuja maioria simpatiza com o herdeiro da Coroa) mas a margem de manobra é pequena quando o regime afunda em casos de corrupção, a credibilidade dos políticos e seus partidos se encontra abaixo do mínimo exigível, a taxa de participação em eleições é persistentemente baixa e 30% da população prefere a Monarquia ou não tem opinião.A revolução de 1910 só precisou de 7% de apoio e todas as restantes revoluções nasceram no seio do exército.

RGS

AROUCA: FESTAS EM HONRA DA RAINHA SANTA MAFALDA

 


2 de Maio de 2016: AROUCA 
Procissão em honra de uma Santa saboiana no Mosteiro de Arouca (monumento impressionante da nossa história pátria).

sexta-feira, 29 de abril de 2016

DITADURA DOS PARTIDOS

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A Coroa é o ponto mediano à divergência que naturalmente ocorre nas sociedades humanas. A tendência natural nas Democracias é estender o conceito de “nós contra os outros” à generalidade da sociedade impondo a ideia de que a procura de uma sociedade mais justa se resume à fidelidade a um grupo político num ambiente de constante crispação ideológica, que não raras vezes assume contornos de culto. O séc XX foi um paradigma sobre a continuidade entre Democracias e Ditaduras na ausência de algo que evite a crispação social, fosse essa crispação de natureza económica, história ou puramente racial.

A Monarquia é a encarnação e personificação de um bem nacional, a Identidade Cultural.

O argumento recorrente para os defensores do parlamentarismo é o de que a Cultura e a identidade nascem do debate e do choque de opiniões num espaço estritamente político, o que não deixa de ser apelativo. Trata-se, porém,  de um resumo ingénuo sobre o funcionamento regular das sociedades humanas e no geral é o mesmo que dizer que a espuma que se forma nas praias condiciona a totalidade do Oceano.

A Coroa  – e não o parlamento – é o local fundamental de lealdade, para que debate nacional (dentro e fora do Parlamento)se estenda para além dos limites de fidelidade partidária e livre dos dogmas ideológicos. Não raras vezes o Parlamento assume os contornos dos regimes absolutistas, confinando às paredes do parlamento, aso parlamentares e aos limites ideológicos dos partidos a discussão do País ,o que também frequentemente acaba por resumir todo o efeito do parlamento (e com ele frequentemente o País) à sobrevivência dos partidos ou dos seus dirigentes ao voto popular.

Neste contexto a Monarquia representa um limite para as reivindicações absolutistas dos partidos e dos seus dirigentes à Democracia, assim como a própria sobrevivência da Democracia pressupõe uma Coroa para evitar tornar-se ela própria (a Democracia) uma ditadura: dos partidos ,da oligarquia financeira ou do povo.

RGS

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PRÍNCIPE HERDEIRO DA MALÁSIA BAPTIZADO NA SÉ DE BRAGA

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O Príncipe herdeiro da Malásia, Tengku Amir Shah, abandonou a religião muçulmana para se converter ao Catolicismo, tendo sido baptizado na Sé de Braga, na semana passada. A notícia chocou o mundo muçulmano mas foi "inexplicavelmente" censurada pela imprensa "livre" do nosso País e do mundo ocidental...

Malaysia: Crown Prince Converts to Catholicism, Shocks Muslim World


Kuala Lumpur | The only son and heir of Sultan Sharafuddin Idris Shah, Tengku Amir Shah, has sent a shockwave throughout the Muslim community worldwide as what People’s magazine has deemed “the real life Romeo and Juliet story of our time”.

The crown prince of the state of Selangor in Malaysia, has relinquished all his possessions and a chance to succeed to the prestigious throne of Selangor to follow his heart and marry Spanish top model and superstar Cristina Gomez, a 16 year old who was propelled to stardom this year when she was noticed on national television in the crowd of a highly anticipated football match.

The Malaysian prince known for his outlandish sex orgies and drug addiction problems, having been through rehab no less than three times in the past 18 months, has promised to change his ways and claims to be a new man.

The prince is known for his party-loving nature
The prince is known for his party-loving nature

In an interview this week with Catholic Digest Weekly, the 21 year old man admitted that his encounter with the supermodel basically saved his life. “I was living in a lustful, superficial world, where money and power brought me all the goods of the world: women, cars and drugs. But Cristina changed all that”.  Cristina Gomez who is of catholic faith, asked prince Tengku to convert to Catholicism, as to make their union legal before God and help him achieve righteousness in his life.

The baptism of the former follower of Islam at Santa Maria Cathedral this week in Braga, Portugal, has brought much criticism on the former heir to the Selangor throne by the world muslim community at large.  “This is not a spare of the moment thing. If people cannot accept the choices I’ve made and the new person I have become, then that’s too bad for them” declared the ex-prince in the same interview. “Me and Cristina are happy and that is all that counts” he commented.  The lovers are to be wed this month in San Marco Cathedral in romantic Venice and have not revealed where they are to spend their honeymoon. “That is our little secret” revealed Cristina on a hit Spanish tv talk show this week.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

REIS A FINGIR

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Em parte, a curiosa persistência da monarquia constitucional na Europa pode ser explicada pelos limites e défices de uma política puramente democrática. A república é justamente o local de contestação política, mas é quando todos os códigos comuns são erodidos que nenhum bem comum pode ser obtido.
 Quando a noção do que é do interesse comum está perdido apenas o interesse partidário permanece.
Esta não é apenas uma referência ao actual impasse político da América, seja nos EUA ou no Brasil, é também parte da razão que levou a Europa no século passado a cair na idade das trevas é porque praticamente todos os Estados europeus foram fatalmente divididos entre direita e esquerda ou no mínimo pelo interesse privado de minorias políticas, onde a todos faltavam os meios para elaborar e incorporar uma visão do bem comum que fosse além da ideologia e as reivindicações dos seus partidos políticos.

As repúblicas , mesmo as que se aproximam do modelo Monárquico como a de França, EUA ou Brasil dificilmente escapam aos problemas que assolam o seu grupo politico de origem. No essencial todas as Repúblicas são palco de luta entre interesses partidários e nenhum modelo presidencial pode fugir a este fado.

Pela sua natureza, duração e contexto histórico todos os Presidentes são mais tarde ou mais cedo confrontados com as exigências dos seus partidos de origem e o melhor que podem fazer é fingir que são monarcas à beira da abdicação no curto espaço de tempo em que ocupam um antigo Palácio Real.

RGS

ESCRITOS D'EL-REI D. PEDRO V

 
Em Abril de 1886, 25 anos após o Seu falecimento, abriam-se os apartamentos d’El-Rei Dom Pedro V no Palácio das Necessidades.
 
O óbito de D. Pedro V consternara profundamente o Povo Português - a quem dera Esperança e alento, novamente, para se Cumprir Portugal -, e a Europa monárquica em geral.
 
Acompanhado dos áulicos, El-Rei Dom Luís I - a quem cumprira reinar depois da morte do amantíssimo irmão – rodou a chave do quarto de Dom Pedro e foi invadido pelo cheiro a mofo saído de outra época. Sobre um cabide repousava o manto real do Rei de cujus afastando qualquer dúvida de quem tinha sido o real ocupante daqueles aposentos.
 
Então, Dom Luís dirige-se à secretária do irmão, começa a abrir as gavetas e resgata do oblívio a sabedoria em forma de ‘Escritos’ d’El-Rei Dom Pedro V.
 
‘Enquanto qualquer reforma útil tenha de depender forçosamente de considerações pessoais, as mais das vezes prejudicialíssimas para o bem público, nunca faremos coisa capaz, e nunca resolveremos satisfatoriamente as grandes questões económicas de que depende o nosso bem-estar’; ‘O espírito utilitário do nosso século abaixa o nível das ideias do homem, e produz a enfeudação do espírito à matéria.’, escreveu, entre milhares de páginas, El-Rei Dom Pedro V de Portugal.
 
Numa escrita quase mecanográfica, pérolas de sabedoria saíam dos imensos cadernos de Dom Pedro V, pois nunca um Rei fora tão preparado para reinar, instruído numa noção voluntarista de governação e em prol do bem da coisa comum. Monarca infatigável e meticuloso dedicava-se afincadamente no governo do País, estudando com minúcia as deliberações governamentais propostas e o impacto delas.
 
Miguel Villas-Boas - Plataforma de Cidadania Monárquica
 

quarta-feira, 27 de abril de 2016

O SEQUEIRA JÁ É DE TODOS NÓS



 
Campanha de angariação de fundos conseguiu em seis meses a verba para adquirir importante pintura portuguesa. Museu de Arte Antiga "está profundamente reconhecido pelo extraordinário envolvimento da cidadania".


O Museu Nacional de Arte Antiga anunciou esta quarta-feira que atingiu os 600 mil euros necessários para comprar o quadro Adoração dos Magos, de Domingos Sequeira, actualmente nas mãos de privados, três dias antes do previsto.

A campanha “Vamos Pôr o Sequeira no Lugar Certo” conseguiu hoje uma das suas maiores contribuições com os 35 mil euros da Fundação da Casa de Bragança. Anteriormente, apenas a Fundação Aga Khan, com 200 mil euros, tinha ultrapassado esta doação. No site sequeira.publico.pt surge agora uma mensagem de agradecimento: "Alcançámos os 600 mil euros, graças a todos! Juntos conseguimos pôr o Sequeira no lugar certo. Muito obrigado!".

"O museu está muito feliz por ter atingido o objectivo e está sobretudo profundamente reconhecido pelo extraordinário envolvimento da cidadania", disse ao PÚBLICO Paula Brito, do gabinete de imprensa, em nome do director, que remeteu outras declarações para a conferência de imprensa prevista para as 15h30 desta quarta-feira.

A campanha de angariação de fundos, que tem como parceiros principais o PÚBLICO, a agência de publicidade Fuel, a RTP e a Fundação Millennium BCP, dividiu a pintura em 10 milhões de pixéis para que cada português pudesse participar com um esforço mínimo de seis cêntimos. Feitas as contas ainda antes de entrar a contribuição da Casa de Bragança, foram contabilizadas 5430 contribuições de particulares (219.933 euros) e 172 de empresas (356.414 euros). 

A Adoração dos Magos pertence aos descendentes do duque da Palmela e faz parte de um conjunto de quatro óleos a que a história de arte chama o “testamento” de Domingos Sequeira, um dos mais importantes pintores portugueses do século XIX.

Pela sua dimensão e envolvimento dos media a uma escala nacional, esta é uma campanha inédita em Portugal mas que é prática comum em vários países há décadas. 

A obra Adoração dos Magos foi pintada em 1828 por Domingos Sequeira
“Fiquei agradavelmente surpreendido com a notícia de hoje, que a campanha tinha chegado ao fim com resultado positivo”, afirmou Manuel Bairrão Oleiro, que durante anos foi responsável pelos museus públicos no Ministério da Cultura e actualmente é assessor para a área dos museus da EGEAC, empresa que gere os equipamentos culturais da Câmara Municipal de Lisboa. 

“Foi muito meritório que o Museu de Arte Antiga se tenha lançado para uma campanha deste tipo. Nunca tinha sido feito com esta dimensão e espero que abra a porta para novas iniciativas semelhantes”. Bairrão Oleiro surpreendeu-se com o elevado número  das contribuições individuais, muitas vezes anónimas, destacando como ponto negativo “alguma falta de adesão de empresas e entidades com maior dimensão”.

PORQUE SÃO AS MONARQUIAS MELHORES DO QUE AS REPÚBLICAS

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 SAR D. Duarte de Bragança

As Monarquias são anacronismos que não pertencem ao moderno sistema democrático, é esta a ideia que os maiores críticos interpõem perante o interlocutor menos atento, mas será verdade?


As Monarquias são democraticamente mais legítimas


De um modo geral, num sistema parlamentar, é preferível um chefe de Estado que não seja o primeiro-ministro para servir como um árbitro desinteressado e quando há disputas sobre como formar um governo – por exemplo, se o maior partido devem ser autorizado a formar um governo minoritário ou se os partidos menores devem ser autorizados a formar uma coligação, para citar um exemplo recente . O chefe de Estado é normalmente um Presidente eleito pelo Parlamento (Alemanha, Itália) ou pelas pessoas (Portugal,Irlanda, Finlândia), ou um Monarca. E os monarcas são melhores nesse papel.

Reis são mais eficazes que os Presidentes precisamente porque eles não têm qualquer aparência de legitimidade o que acaba por ser uma contradição com o postulado da Democracia. Seria ofensivo para a Rainha Isabel ou seus representantes no Canadá, Nova Zelândia, etc. intrometerem-se na política interna tal como seria catastrófico o Rei de Espanha tentar ter esse papel. Na verdade, quando o governador geral da Austrália fez isso em 1975 desencadeou uma crise constitucional que deixou claro que tal comportamento não seria tolerado.

Os Reis podem estar verdadeiramente acima da política. Eles geralmente não têm ligações partidárias e não estiveram envolvidos na política partidária antes de assumir o cargo de chefe de Estado. Mas um Presidente tem sempre algum grau de legitimidade democrática e normalmente são ex-políticos, isto permite uma maior taxa de peripécias e desastres – como quando o presidente italiano, Giorgio Napolitano planeou, com sucesso,  remover Silvio Berlusconi como primeiro-ministro devido, pelo menos em parte, às súplicas da chanceler alemã Angela Merkel para fazê-lo. 

Napolitano é a regra, não a excepção: cientistas de Oxford , Petra Schleiter e Edward Morgan-Jones descobriram que os presidentes, seja eleitos indirectamente pelo Parlamento ou directamente pelo povo, são mais propensos a permitir alterações nos governos sem novas eleições , algo que é estranho nas Monarquias. Noutras palavras, Chefes de estado republicanos estão mais propensos a mudar o governo de acordo com a sua conveniência política sem qualquer participação democrática do povo em todo o processo:




Pior ainda, Margit Tavits, no seu livro “presidentes com primeiros-ministros”, descrevem que os presidentes eleitos directamente tornam a opinião popular menos relevante, resultados deprimentes nas eleições parlamentares em cerca de 7 por cento. Mesmo eleições indirectas podem ser extremamente polarizadoras e tendem a produzir presidentes que governam de forma a subtilmente beneficiarem os seus partidos.

Se a solução for um sistema parlamentar de governo – que é efectivamente a solução ideal – um Monarca é uma solução muito mais eficaz do que um presidente.

O custo da monarquia é baixa

Os opositores da Monarquia apontam frequentemente para a despesa das Famílias Reais  como uma razão para aboli-la. O grupo anti-monarquia “Republic” estima que a família real custa 400 milhões de euros por ano. Por outro lado, o presidente da Alemanha, apenas custa 36 milhões de euros por ano.

Mas as monarquias não têm que ser caras. A monarquia de Espanha custa apenas  10 950 000 euros por ano, consideravelmente menos do que os presidentes de Portugal, Finlândia e Alemanha. Na verdade, as monarquias no Luxemburgo, na Bélgica, Dinamarca e Suécia custam menos do que a presidência alemã também.


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S.A.R. D. Afonso de Bragança

Dito isto, não é claro se mais barato será melhor no contexto de imagem de marca, a monarquia do Reino Unido -por exemplo- tem um peso excepcionalmente relevante na economia britânica. Algumas estimativas recentes colocam o valor anual da “marca” real em cerca de 2 581 000 000 euros,o que facilmente supera os custos. Mesmo as estimativas ainda mais conservadoras, como o valor turístico da monarquia colocam o seu valor em 683.000.000 euros por ano, sugerem que a monarquia se paga a si própria.

Isto é uma pequena relevância económica ,mas coloca um preço nas criticas aos custos da Monarquia por parte dos seus opositores e críticos.

A monarquia não é um anacronismo nem um desperdício de dinheiro. É uma parte vital da identidade dos países onde nasceram,o que faz com que a democracia britânica, sueca,norueguesa, dinamarquesa ou espanhola sejam mais sensíveis às preocupações dos cidadãos com custo negativo ou quase nulo para os contribuintes.

SALON DE THÉS « DONA AMELIA »

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Le Portugal continental offre des pâtisseries réputées: la halte à la plus ancienne pâtisserie de Lisbonne où l’on peut manger les fameux  «pastéis de Belem» (ou pastéis de nata) est un passage obligé pour qui vient visiter la Tour d’où partirent les conquistadores et le célèbre monastère des Jéronimos tout proche. Sintra propose lui aussi ses queijadas qui font le bonheur des gourmands …

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La région des Açores a elle aussi une grande et longue tradition de pâtisserie, les îles Graciosa et Terceira étant les plus réputées dans ce domaine. Les vitrines des cafés et salons de thé açoriens abondent de toutes sortes de petits gâteaux  parmi lesquels le « Dona Amélia», la plus célèbre des spécialités sucrées de l’ île. Autrefois appelé « indiano » en raison des épices exotiques entrant dans sa composition, le «Dona Amélia» doit son nom le plus récent à Amélie d’Orléans Bragance, dernière reine du Portugal, dont l’époux (le roi dom Carlos Ier) et le fils aîné furent assassinés il y a plus d’un siècle.

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En effet, lors de sa visite à Terceira en 1901 , la reine l’apprécia tant qu’on le rebaptisa alors ainsi en son honneur.

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Le « Dona Amélia » est un petit gâteau à base de farine de maïs (maïzena) de couleur brune au goût très caractéristique de cannelle et de miel de canne ( un ingrédient abondamment utilisé dans la pâtisserie des archipels des Açores et de Madère) , à la texture dense et fondante.

S’inspirant de cette anecdote royale, une nouvelle enseigne baptisée «Rainha D Amélia Confeitaria» (3 boutiques-salons de thé sur Lisbonne) propose les fameuses pâtisseries…pour se délecter sans modération…

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L’enseigne a en guise de logo le portrait stylisé de la reine , et l’élégant salon de thé est décoré de vieilles photos sépias de la reine et de sa famille ainsi que de l’anecdote de la visite de Terceira sur un des  murs.

terça-feira, 26 de abril de 2016

7º ANIVERSÁRIO DA CANONIZAÇÃO DE SÃO NUNO DE SANTA MARIA ÁLVARES PEREIRA

São Nuno de Santa Maria recordêmo-lo no sétimo aniversário da sua canonização


Nuno de Santa Maria é o oitavo santo do catolicismo português. Às virtudes da sua vida, assumidas segundo a experiência católica de olhar os outros e as coisas, acrescenta-se o facto do seu percurso biográfico estar intimamente relacionado com a História de Portugal, a sua independência e consolidação da nacionalidade.

Nascido a 24 de Junho de 1360, em Cernache do Bonjardim (actual distrito de Castelo Branco), o novo santo português foi um dos portugueses que mais profundamente marcaram a história do nosso país. Filho de D. Álvaro Gonçalves Pereira, Prior dos Hospitalários de Portugal, e de D. Iria Gonçalves de Carvalhal, dama da Infanta Dona Beatriz (filha de D. Fernando), Nuno Álvares Pereira foi 3º conde Ourém, 7º de Barcelos e 2º de Arraiolos. Falecido em 1431, no Carmo de Lisboa, sabe-se que D. Duarte pediu para que se organizasse o seu processo de canonização em 1437, ou seja, apenas seis anos após a sua morte.

Primórdios

Adquiriu o título de «Condestável do Reino» devido aos méritos na guerra de 1385 entre Portugal e Castela. No Arquivo da Casa de Bragança existia, até ao terramoto de 1755, o diploma original no qual o Mestre de Avis, D. João I, lhe concedia o título de «Condestabre» do reino e, para lhe agradecer, o rei faz-lhe a doação do Condado de Ourém e de outras terras nomeadas. (Cf. Tarouca, Carlos da Silva – O «Santo Condestável» pode ser canonizado?. Brotéria. Lisboa. XLIX (1949) 129-140.) Na Torre do Tombo (Lisboa) existe também um documento – a cópia coeva, em pública forma, da carta do mesmo rei, com a qual, no Porto, a 8 de Novembro faz a doação ao mesmo D. Nuno Álvares Pereira, Condestável e Conde de Ourém, do Condado de Barcelos (Cf. Tarouca, Carlos da Silva).

Com esta documentação fica excluída qualquer dúvida a respeito da sua identidade e dos mais importantes feitos da sua vida. Para provar que D. Nuno e o Condestável eram a mesma pessoa basta recorrer a uma carta do Papa Urbano VI para o bispo de Viseu, a 8 de Dezembro de 1386, cujo original existia até ao referido terramoto no Carmo de Lisboa. Nela, o Papa chama Nuno, Conde de Barcelos, ao fundador do convento. Esta não é a única carta de Urbano VI ao Condestável. Segundo o cronista do Carmo, Pereira de Sant´Anna, o Papa envia-lhe dois documentos – assinados a 26 de Novembro de 1387 – onde realça: “Revalidava o que antes obtivera, para contrair matrimónio com a senhora D. Leonor de Alvim, sem embargo de parentesco” e a outra concede-lhe privilégios de missas para o conde, esposa e família.

Recorrendo ao artigo de Carlos da Silva Tarouca, encontram-se provas que D. Duarte pediu a canonização de D. Nuno Álvares Pereira. No Códice Ashburnham 1792 da Biblioteca Laurenziana de Florença existem dois volumes de originais, pertencentes à correspondência original que ao abade beneditino D. João Gomes chegava de Portugal. Neste códice encontra-se a carta original (publicada pelo Pe. Domingos Maurício: Brotéria VII-1928) de D. Duarte ao abade de Florença e seu conselho. Assinado a 21 de Julho de 1437, neste documento o rei português queixava-se de ainda não ter recebido “O desembargo que saiu do canonizamento do Santo Condestabre per que se tire a inquirição que sobre isto se costuma fazer”. Conclui-se que o Papa mandou começar o processo de canonização de D. Nuno Álvares Pereira.

O documento contém também mais informações que ajudam a compreender o início deste processo. Nele, D. Duarte envia a D. João Gomes (abade beneditino) a oração litúrgica – feita pelo infante D. Pedro (faleceu em 1449) – e o esboço do panegírico que devia ser pronunciado por ocasião da canonização. Tanto D. Duarte como os irmãos tomavam a sério o processo de canonização do condestável. Para prová-lo, existe uma cópia, tirada pelo cronista-mor do reino, Gomes Eanes Azurara, onde são elencados os milagres atribuídos à sua intercessão.

A «oração litúrgica» do Infante D. Pedro é um documento de importância capital, sendo a única fonte coeva, que fala claramente da santidade de vida. Este Códice da Cartuxa de Évora – actualmente está na Torre do Tombo – é a única fonte que conservou a data da morte do Beato Nuno: Dia de Páscoa de 1431, isto é, 1 de Abril.

Nascimento do culto

Em relação ao início do culto que se prestava ao Santo Condestável, Jorge Cardoso no «Hagiológia Lusitano» (Cardoso, George – Agiologio Lusitano III. Lisboa, 1666) e, sobretudo, José Pereira de Sant´Ana na sua «Crónica dos Carmelitas» (Sant´Anna, Joseph Pereira – Chronica dos Carmelitas da Antiga e Regular Observância I. Lisboa, 1745) relatam, longamente, além da sua vida virtuosa, os altares e imagens que lhe eram dedicados, as missas que se celebravam em sua honra, as trasladações das suas relíquias, as peregrinações ao seu túmulo, e as muitas graças e milagres que eram atribuídas à sua intercessão.

Perante tais relatos pensou-se logo em obter do Papa a confirmação deste culto pela beatificação e canonização. Sabe-se que D. Duarte estimava muito o condestável. Quando era infante visitava-o com frequência no Convento do Carmo e tomou a iniciativa de pedir a sua canonização (Cf. Maurício, Domingos – Para a história do culto do B. Nun´Alvres. Brotéria. Lisboa. VII. 1928).

Como o desejo não foi realizado, nos reinados de D. João IV e D. Pedro II, os prelados da corte enviaram uma súplica ao Papa a pedirem a canonização de D. Nuno Álvares Pereira, súplica que foi corroborada pelos monarcas.

«Ventilou-se esta questão nas Cortes de 1674, as últimas que se reuniram antes da revolução de 1820. Privado el-rei D. Afonso VI do governo em 1667, o regente seu irmão convocou Cortes que se reuniram em 20 de Janeiro de 1674, na sala dos Tudescos do Paço da Ribeira. O braço da nobreza reuniu separadamente, no dia 22, no Mosteiro de Santo Elói, para eleger os trinta na forma costumada; e eleitos os trinta, passaram a ter as suas sessões ás segundas, quartas e sextas-feiras em S. Roque, na Capela de Nossa Senhora do Pópulo. Foi na 12ª Sessão, segunda-feira, 22 de Março, que se discutiu a questão da canonização de Nuno Álvares Pereira.» (Martins, Oliveira – A vida de Nun`Alvares. Lisboa: Guimarães Editores, 1955)

O processo não teve o andamento desejado. Somente nos fins do século XIX, as diligências ganharam novo fôlego com as instâncias do Postulador Geral da Ordem dos Carmelitas. Em 1894, o então Cardeal Patriarca, D. José Sebastião Neto, nomeou juiz da causa o arcebispo de Mitilene, D. Manuel Baptista da Cunha, futuro arcebispo de Braga. Dadas as vicissitudes “dos últimos tempos da Monarquia e princípios da República, o processo só terminou no tempo do Patriarca D. António Mendes Belo” (Leite, António – A caminho da canonização do beato Nun´Álvares. Brotéria. Lisboa. LXX (1960). 617-627).

Enviado o processo para Roma, e feitas as diligências na Sagrada Congregação dos Ritos (actual Congregação para as Causas dos Santos), Bento XV, pelo decreto «Clementissimus Deus» da mesma congregação, com data de 23 de Janeiro de 1918, confirmava o culto prestado a Nun´Álvares, increvendo-o no número dos beatos (O texto do decreto encontra-se na «Acta Apostolicae Sedis», 10 (1918) 102 - 196).

Como é natural, a beatificação do santo condestável trouxe um grande incremento no seu culto. Em todas as dioceses começou a celebrar-se a sua festa litúrgica, 6 de Novembro.

Nas comemorações do VIII centenário da fundação da nacionalidade, em 1940, o governo português e os bispos das dioceses pediram ao Papa para que fosse reassumida a causa da canonização do Beato Nuno. Pio XII satisfez o pedido através de um decreto da Sagrada Congregação dos Ritos, com data de 28 de Maio de 1941 (O texto do decreto encontra-se na «Acta Apostolicae Sedis», 33 (1941) 399 - 400).

O número de testemunhos episcopais acerca da santidade de Nuno Álvares é considerável, sendo vários os tornados públicos a seguir à beatificação, nos centenários do nascimento e da morte, e na peregrinação das Relíquias pelo País, em 1960, atura em que foi publicada uma Pastoral Colectiva do Episcopado.

O processo de canonização do Beato Nuno foi reaberto a 13 de Julho de 2003, nas ruínas do Convento do Carmo, com sessão presidida por D. José Policarpo. O cardeal Patriarca definiu nessa celebração o Beato Nuno de Santa Maria como um modelo a seguir por todos os que exercem funções de responsabilidade. “Ele é um exemplo de um cristão que exerceu as suas missões civis com a coerência de um cristão” – sublinhou.

A 1 de Maio de 2004, nas comemorações dos 150 anos do Dogma da Imaculada Conceição, o Santuário de Vila Viçosa recebeu as relíquias do beato. Na homilia da celebração, D. Maurílio de Gouveia, então arcebispo de Évora, disse aos peregrinos que, nas constantes deslocações e correrias por caminhos de Portugal, D. Nuno dava “um testemunho inquebrantável da fé cristã; norteavam-no os critérios do Evangelho; alimentava-o a oração e, sobretudo, a Eucaristia”. E acrescentou: “Trabalhou, como poucos, talvez como ninguém, pela defesa e pelo progresso do seu torrão natal”.

A notícia esperada surgiu a 21 de Fevereiro de 2009, quando Bento XVI anunciou a canonização do «Condestabre». Um caminho longo – cerca de 578 anos - que culmina, a 26 deste mês, com a inscrição de Nuno Álvares Pereira no álbum dos santos.

Luis Filipe Santos

Fonte: Spe Deus

QUANDO REINAVA A LIBERDADE!

 

Com análise histórica comparativa entre a Monarquia Portuguesa e as repúblicas que se lhe seguiram - como têm dificuldade em acertar à primeira os republicanos portugueses já vão em três - pode-se concluir que havia mais liberdade em todos os sentidos, - inclusive, pelos padrões de hoje -, durante o regímen Monárquico do que depois da revolução republicana que derrubou 771 anos de Monarquia Portuguesa. Acossado pela censura, escreveria Fernando Pessoa in Da República, ‘na monarquia era possível insultar por escrito impresso o Rei; na república não era possível, porque era perigoso, insultar até verbalmente o Sr. Afonso Costa.’
 
Durante o regime de Monarquia, em Portugal havia mais liberdade de expressão que se reflectia em haver mais liberdade de todos os tipos: liberdade de opinião, liberdade de imprensa, liberdade de associação, etc., etc.
 
Efectivamente, a Monarquia Constitucional, não era fonte de bloqueio à liberdade, pelo contrário sublimava-a, pois era a sua maior garantia. Havia Liberdade!
 
Mas já havia liberdade mesmo antes da Monarquia Constitucional, pois desde o princípio do tempo português as liberdades municipais eram uma regra essencial de governação. O papel democrático dos municípios tornava-o em real representante de toda a comunidade local diante do Rei que valorizava o apoio popular. Esses conselhos municipais compostos por ‘vizinhos’ tinham capacidade política e um enorme conjunto de liberdades fundamentais, regalias e seguranças, normalmente consignadas em carta de Foral. A importância destes concelhos era tal que eram enviados representantes às Cortes extraordinárias, participando na governação. Recorde-se a Monarquia popular e democrática da Dinastia de Aviz, em a qualquer hora do dia ou da noite o Juiz do Povo se poderia apresentar no Paço à Presença do Rei e reclamar de injustiças ou peticionar graças!

Liberdade… hoje?! - pergunta retórica! Não bastam só palavras!!!!

Miguel Villas-Boas - Plataforma de Cidadania Monárquica

OS CONJURADOS, COM APRESENTAÇÃO DE S.A.R O SENHOR DOM DUARTE

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Depois de «Reis no Exílio», o príncipe Charles-Philippe d’Orléans volta a editar com a Esfera dos Livros. Desta vez, o descendente dos Reis de França e de Portugal, aventura-se na ficção com uma história de paixão, intriga e coragem na luta pela independência de Portugal, concretamente com «Os Conjurados de 1640».

«Durante a última década do poder filipino em Portugal, Manuel Bocarro, um médico cristão-novo, é chamado à corte de Madrid para tentar salvar a vida de D. Baltasar de Zuñiga, conselheiro de Filipe IV e figura grada da nobreza de Castela. Segue consigo o neto que ele muito ama, o jovem João, a quem o avô pretende assim oferecer alguma experiência do mundo. Em Madrid, porém, João não só encontra Miguel de Vasconcelos, que em rapaz retirara das águas do Tejo, como também trava conhecimento com D. Antão Vaz de Almada, que o alicia para a conjura da Restauração portuguesa. João regressa, pois, a Portugal e envolve-se numa série de intrigas que farão dele um dos heróis desconhecidos da revolução de 1 de Dezembro de 1640.»

segunda-feira, 25 de abril de 2016

O DIA 25 DE ABRIL NA HISTÓRIA DE PORTUGAL

Homenagem D. Afonso Henriques - 24Out11_JPG 

O que aconteceu a 25 de Abril de 1112 que não aconteceu no 25 de Abril de 1974?

O 25 de Abril mais próximo - o de 1974 - requer um enquadramento histórico que ultrapassa largamente a estranheza, de passados 42 anos, ainda estarmos a tentar “cumprir Abril” ou a tentar solidificar a Democracia e com ela a República.

Henrique de Borgonha, conhecido como Conde D. Henrique morreu a 24 de Abril de 1112, tendo sido sepultado na Sé de Braga. Seu filho D. Afonso Henriques sucedeu ao pai e tornou-se o segundo conde de Portucale a 25 de Abril de 1112. Por ser menor (3 anos de idade) Teresa de Leão governou o condado durante a menoridade do futuro Afonso I de Portugal.

Nos 42 anos que se seguiram Portugal afirmar-se-ia como Reino independente fixando fronteiras além Tejo.

Henrique de Borgonha (conde D. Henrique) levou 10 anos a implementar a liturgia romana; a escrita carolíngia em Portugal; a restituição da arquidiocese a Braga (que viria a ser fundamental para a formação de Portugal como Reino independente) e a afirmação do Condado como potência independente.

Passados 42 anos é exigível que se faça um balanço sobre o parco resultado que é hoje visível. O País em 74 não saiu de uma guerra devastadora semelhante ao que o resto da Europa viveu, todas as instituições e estruturas permaneceram activas, os governos receberam milhares de milhões de Euros para estruturar o território, a população cumpriu todos os objectivos propostos, passaram-se mais de 40 anos.

Impõe-se uma pergunta perante o desemprego, a falência do Estado, a ausência de um futuro para as novas gerações ou sequer a existência de Portugal num futuro mais longo: 


O que aconteceu a 25 de Abril de 1112 que não aconteceu no 25 de Abril de 1974?
 

omantodorei




 

Viva o 25 de Abril de 1828, quando o Senado aclamou o rei legítimo jurado como tal pelos Três Estados do reino, legitimidade assegurada pelas leis do reino saídas de Lamego e das Cortes de 1641, verdadeiras constituições da pátria e que deram forma à nossa nacionalidade, assim, o último rei da tradição portuguesa. Trágico e heróico, amado e vilipendiado, encarnação sebastianista de um prometido retorno do príncipe desejado, aristocrático e rude, romântico e feroz, espírito que encarnava os vícios e virtudes de um povo ansioso pelo rei amado. Dirá Oliveira Martins que D. Miguel foi "o último rei que o povo amou e compreendeu."

"Oh Porto Impudente, Oh Braga fiel, que sempre quiseste, O Rei D.Miguel"!

SUA MAJESTADE, A RAINHA. POR ANTÓNIO BROCHADO PEDRAS


A Rainha Isabel II completou ontem 90 anos, sendo a monarca que, com quase 63 anos de reinado, mais tempo ocupou o trono da mais antiga monarquia do mundo! Os britânicos saúdam-na com o ancestral e caloroso “God save the Queen!” e realmente têm motivos, tantos quantos a sua Rainha, para dar graças a Deus pela sua longa vida, mas, sobretudo, pela grande dignidade com que, ao longo do seu reinado, assumiu os deveres públicos, em tempos de guerra, como em tempos de paz. Com a maior discrição, evitando expressar em público as suas próprias opiniões políticas, mas não enjeitando manifestar a sua profunda fé e religiosidade cristã, como Governadora Suprema da Igreja Anglicana, tem sido o símbolo vivo da unidade do seu país e dos 16 países da Commonwealth de que é Chefe de Estado, entre os quais importa destacar, pela sua grandeza, o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia. Apesar das críticas que, nas décadas de oitenta e noventa do século passado, foram dirigidas contra a família real, não exactamente quanto à pessoa da rainha, mas em relação às vidas pessoais dos seus filhos e noras, profusamente escrutinadas pela imprensa, muito por causa da exposição pública a que os próprios se sujeitaram, por haverem optado viver de acordo com os padrões da contemporaneidade, a verdade é que soube ultrapassar com inteligência e humildade essas contestações, conciliando a sua realeza com uma maior afectividade e proximidade, quer com os membros do seu clã familiar quer com os cidadãos que chefia. E é exactamente o seu elevado espí- rito de serviço público e a sua capacidade de adaptação aos novos tempos que explicam que os níveis da sua popularidade e de apoio à monarquia permaneçam em alta. Mesmo para aqueles que consideram – e, a meu ver, mal – que a monarquia é potencialmente hostil à democracia, Isabel II teve a preocupação não só de evitar a mais leve confrontação com este sistema, como de aplacar os conflitos e tensões que são co-naturais à própria Sua majestade, a rainha ARTUR GONÇALVES FERNANDES António brochado pedras democracia, surgindo como a medianeira da paz, a modelo da cortesia e a garante da confiança de todos no regime e no mesmo destino comum. Como ninguém, percebeu a necessidade desta combinação perfeita de monarquia e democracia, acalmando os ânimos quando o jogo político dividiu profundamente os adversários e os cidadãos e neles instilou perigosos ódios e desconfianças e ajudando, assim, com a sua subtil presença, a manter o espírito de unidade nacional e a garantir um país simultaneamente livre e seguro. Se esta minha singela evocação da ilustre soberana inglesa visa, em primeira linha, servir para lhe prestar um sincero preito de homenagem ao mérito pelo exemplo de dignidade e de serviço de que tem dado provas e saudá-la pelas suas noventa primaveras, mentiria se escondesse que, no meu propósito, está também o de apontar a monarquia constitucional inglesa como o modelo mais adequado de uma democracia avançada, capaz de conciliar as tradições e a identidade pátrias com as liberdades democráticas, o progresso, a segurança e a independência nacionais. A Magna Carta, outorgada em 1215 por João Sem Terra, para garantir amplos direitos aos seus súbditos, a princípio à nobreza e, mais tarde, aos cidadãos, e o modelo de gradualismo evolucionista que caracterizou a monarquia britânica, casando tradição e progresso, passado e presente e monarquia e democracia e que permitiu a realização, nas épocas moderna e contemporânea, de inúmeras mudanças revolucionárias sem revoluções, fornecem-nos o quadro ideal para perceber aquilo que o historiador francês, Elie Halévy, apelidou de “milagre inglês”. Depois da tragédia da I República Portuguesa, marcada pela violência, instabilidade social, política e económica e pela regressão democrática, da deriva totalitária da II República e duma III que, conquanto formalmente democrática e de direito, não garantiu ainda a Portugal e aos portugueses a justiça, a unidade e o progresso por que todos ansiamos, impõe-se que reflictamos sobre se, apesar das nossas discordâncias políticas, normais na vida de qualquer povo, não será altura de escolhermos para Portugal um mesmo destino comum – a monarquia constitucional !

Fonte: Diário do Minho de 22.04.16, pág. 2

domingo, 24 de abril de 2016

MANIFESTO A FAVOR DA EUTANÁSIA CRISTÃ

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Se há uma causa fracturante, como agora se costuma apelidar qualquer proposta aberrante em que todos, dos mais revolucionários progressistas até aos mais reaccionários conservadores, estão de acordo, essa é, indiscutivelmente, a eutanásia. E tão extraordinária coincidência deve-se, por certo, à matriz cristã da cultura nacional.

Com efeito, quem não quer uma boa morte?! Pois é isso mesmo que este vocábulo, de origem grega, significa etimologicamente, muito embora sejam variadas as acepções que, no léxico sociopolítico, se oferecem ao termo, que tanto pode significar, para um crente, uma abençoada morte, como, para um incrédulo, uma morte antecipada.

Segundo um interessante estudo do Padre Dr. Jacinto dos Reis, “são numerosas as imagens de Nossa Senhora da Boa Morte”, ou seja, da eutanásia, “veneradas em muitas igrejas e capelas” do nosso país. Só “na arquidiocese de Braga elevam-se a 24, contando-se 13 altares” – número aziago este, mas só para os supersticiosos! – “e 9 capelas”.

O Alentejo regista, tradicionalmente, um elevado número de suicídios, o que talvez explique a devoção que também por lá se tem a Nossa Senhora da eutanásia, ou seja, da boa morte. Segundo o já referido perito em iconografia mariana, “no santuário de Nossa Senhora da Conceição, em Vila Viçosa, distrito e arquidiocese de Évora, há um valioso e interessante conjunto escultural, em talha dourada, formado pela imagem jacente de Nossa Senhora, dentro dum barco que anjos levam para o porto celeste” e que “pertenceu ao Real Convento das Chagas”. Na sede da arquidiocese, “muito venerada é a imagem jacente do Convento do Calvário, em Évora”.

Em Lisboa, esta particular devoção mariana também está representada porque, “entre as capelas que D. Nuno Álvares Pereira deixou acabadas, no convento do Carmo, em Lisboa, uma foi a de Nossa Senhora da Boa Morte”. O autor citado não esclarece, contudo, se a mesma ruiu com o terremoto ou se, entretanto, tendo sido o antigo convento do Carmo convertido num quartel da Guarda Nacional Republicana, não terá a dita capela ‘virado’ cavalariça, picadeiro, caserna ou paiol.

Mas, que entende por uma boa morte um cristão?! Decerto, uma transição desta vida para a vida eterna análoga à de Maria, a qual, terminado o curso terreno da sua existência, foi levada em corpo e alma para o céu. A fórmula adoptada pela bula que define o dogma da Assunção de Nossa Senhora não se pronuncia sobre a sua morte, pelo que cabe a hipótese de que, como o seu Filho, também Maria tenha morrido e depois ressuscitado; ou a de que tenha subido ao céu, em corpo e alma, sem ter passado pela morte. A primeira versão é a que tem mais tradição na iconografia cristã, onde abundam as imagens da “dormição” de Nossa Senhora, ou seja, da sua suposta morte antes da sua Assunção. Tendo ela própria experimentado, na sua carne, esse transe, seria por isso a melhor advogada dos cristãos nessa aflitiva circunstância e, daí, a tão propagada devoção a Nossa Senhora da Boa Morte.

Enquanto os defensores da cultura da morte se propõem instaurar no nosso país a eutanásia pagã, os crentes no evangelho da vida devem promover, mais do que nunca, a prática da boa morte cristã. A verdadeira eutanásia é, para um cristão, uma morte na graça de Deus e não uma agonia sem dor, embora sejam louváveis os esforços nesse sentido, desde que não atentem contra a vida, nem contra a dignidade humana. Para este efeito, a Igreja oferece aos seus fiéis preciosos e eficacíssimos auxílios espirituais, que a nenhum moribundo devem faltar. Todos os cristãos estão também chamados a extremar a sua caridade com os seus irmãos em fim de vida, como já fazem, com inexcedível dedicação, as missionárias da bem-aventurada Teresa de Calcutá. Nessas circunstâncias, a morte, mesmo que dolorosa, será sempre vivida, não na tristeza da desgraça, mas na alegria da graça e na certeza de se estar prestes a alcançar, pela infinita misericórdia de Deus, uma felicidade sem fim.

 
http://www.vozdaverdade.org/site/index.php?id=5452&cont_=ver3

sábado, 23 de abril de 2016

2ª CONFERÊNCIA DA NOVA MONARQUIA COM PEDRO QUARTIN GRAÇA

 
  
No próximo dia 27 de Abril, pelas 18H30, a Nova Monarquia irá realizar a sua próxima conferência. O tema abordado será a questão das Ilhas Selvagens e a importância desta disputa no quadro das políticas e do Direito do Mar. O orador será o Prof. Dr. Pedro Quartin Graça, Presidente da Mesa do Congresso da Causa Real, membro do partido Nós Cidadãos, ex-deputado do PSD e ex-presidente do Movimento Partido da Terra. A conferência é aberta ao público e será realizada na FCSH-->Torre A-->Auditório 002.

EVENTO DO FACEBOOK 

Nova Monarquia de novo na Nova



Na próxima quarta-feira, dia 27, o núcleo da Nova Monarquia da FCSH da Universidade Nova prossegue o ciclo de conferências, agora com a intervenção de Pedro Quartin Graça. Convido todos os amigos que por razões várias não puderam estar presentes na passada sessão. Não se pode ficar em casa e ao mesmo tempo queixar-se da inactividade do nosso campo ideológico e afectivo.

O Doutor Pedro Pedro Quartin Graça, para além de monárquico e patriota de primeira linha, inacessível ao desalento e que nunca esmoreceu no bom combate, é hoje um insigne académico a quem o país muito deve. Autor de relevante obra, deve-se-lhe o mais importante contributo teórico, jurídico e historiográfico para a defesa da soberania portuguesa sobre as Selvagens, há muito cobiçadas por quem sempre se quis assenhorear dessa parcela do território pátrio.