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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

D. PEDRO E D. INÊS: DIÁLOGOS ENTRE O AMOR E A MORTE


Obra saída recentemente do prelo, que tive o prazer de preparar em parceria com a Doutora Maria Helena da Cruz Coelho: 
"D. Pedro e D. Inês: diálogos entre o amor e a morte".

Sinopse:

A famosa trasladação do corpo de D. Inês de Castro de Coimbra para Alcobaça, em 1361, e a sua deposição no belíssimo túmulo que as gerações posteriores, desde então, têm podido admirar no mosteiro de Alcobaça, encontram o seu apogeu num belo e emotivo discurso: o chamado “Sermão nas exéquias de D. Inês de Castro”, obra parenética, de D. João de Cardaillac, arcebispo de Braga, cuja eloquência e oratória lhe haviam granjeado o honroso cargo de orador oficial da corte pontifícia, em Avinhão. O saber científico aliava-se à proficiência retórica visando justificar, por uma sólida argumentação jurídico-religiosa, a validade do casamento de D. Pedro e a licitude dos seus amores.
A presente obra consiste num estudo sobre as implicações e circunstâncias históricas do sermão, bem como na sua edição crítica, acompanhada dos aparatos crítico e de fontes, tradução e comentário filológico, de forma a fornecer um estudo sólido que vai ao encontro das necessidades que especialistas de diversas áreas científicas já tinham manifestado, sem, todavia, descurar os interesses de públicos não académicos.


terça-feira, 30 de agosto de 2016

RTP NOTICIOU HOMENAGEM DA APAM AO PRESIDENTE DA GUINÉ-BISSAU



Entrega da Medalha de Honra da APAM - Associação Portuguesa dos Autarcas Monárquicos ao Presidente da Guiné-Bissau Dr. José Mário Vaz.
Palácio presidencial em Bissau, Guiné-Bissau, 27 de Julho de 2016 (RTP África)

 
«A Associação Portuguesa de Autarcas Monárquicos (APAM) homenageou hoje o Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, com uma medalha de honra, naquela que é a mais alta distinção da organização, disse o seu presidente, Manuel Beninger.
Uma delegação da APAM encontra-se em Bissau, acompanhada de empresários que pretendem investir na Guiné-Bissau e hoje foram recebidos pelo Presidente guineense, José Mário Vaz, aproveitando o encontro para homenagear o chefe de Estado guineense.
“A Guiné-Bissau merece-nos todo o respeito. Um país fantástico, acolhedor e que nos abraçou desde que aqui chegámos, que tem abraçado não só a comunidade portuguesa, mas toda comunidade lusófona”, defendeu Manuel Beninger.
O presidente da APAM enfatizou que a distinção ao chefe de Estado guineense é a demonstração de afecto entre os povos de Portugal e da Guiné-Bissau.» (LUSA)

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

LISTA DE COLOCAÇÕES NA ACADEMIA DE VERÃO DA JMP

É com grande alegria que comunicamos que graças ao contributo de todos atingimos 106% do orçamento proposto na nossa campanha de crowdfunding, sendo-nos possível realizar a I Academia de Verão da JMP. Por isto, o nosso sincero obrigado!
Cabe-nos agora informar todos os interessados que o período de candidaturas para a Academia, após alargamento de 5 dias, se encontra agora fechado.
lista dos candidatos colocados é a seguinte:
Afonso Rodrigues Alves Veiga Romão
Ana Margarida Sarreira Amaro
André Lopes Cardoso
António Maria Fialho Cavaco de Goes de Saldanha
Bernardo Gonçalves Casinhas Santos Caçador
Carlota Arantes
Constança Abelaira Marques
Daniel Alexandre Silva Romão
David Luís Sousa Boura de Mendonça
Diogo Bernardo Domingues Duarte Moura
Diogo Costa Valente Tomás Pereira
Fábio José Banza Guerreiro
Frederico Emanuel Magalhães Bernardo
Gonçalo Martins da Silva
Guilherme de Carvalho Sanches de Miranda
Joel Filipe Costa de Campos
Jorge Gil Prieto de Seabra Leite-Pereira
Luís Maria Nunes dos Santos
Maria do Carmo Vilas-Boas Pinheiro Torres
Maria Teresa da Silva Correia Sabido Costa
Marta Catarina Coelho Pereira
Miguel Alexandre Monteiro de Jesus Marquito
Nelson Filipe Marques Nascimento
Nuno Gonçalo Pereira Ferreira da Silva
Nuno Grillo de Brito de Albuquerque Gaspar
Nuno Rafael Oliveira Dias
Patrícia Lencastre Cardia Lima Carneiro
Pedro Miguel de Matos Duarte da Costa Lira
Sara Gabriela Santiago Marques
Tiago Alexandre de Rosário Lourido
Lembramos que o programa definitivo poderá ser consultado neste link e que todas as sessões são abertas ao público em geral e gratuitas mas não incluem refeições nem alojamento, estando estes reservados aos participantes inscritos no evento.
Chamamos a atenção para a noite de dia 17 de Setembro, sábado, a partir das 19:00, em que se realizará o nosso Sunset da Academia de Verão da JMP. Todos os detalhes aqui.




Juventude Monárquica Portuguesa

domingo, 28 de agosto de 2016

COVILHÃ CELEBRA 125 ANOS DA CHEGADA DO COMBOIO E DA FAMÍLIA REAL


Com o objectivo de assinalar os 125 anos da chegada do comboio à Covilhã, a autarquia em parceria com as Infraestruturas de Portugal, CP, Fundação do Museu Nacional Ferroviário e várias associações locais, elaborou um programa de actividades que incluem exposições, publicações e recriações históricas.
Entre 6 e 31 de Setembro, estará patente ao público, na Estação de caminhos-de-ferro, da Covilhã, a exposição “Na Linha desde 1891”. O momento alto destas comemorações terá lugar no dia 6 de Setembro, dia do 125º aniversário da chegada do comboio à cidade, com uma recriação histórica, também na Estação de CP, a partir das 18 horas, que contará com largas dezenas de figurantes. Este evento pretende recrear o programa da visita dos Reis Dom Carlos e Dona Amélia à Covilhã nos dias 6 e 7 de Setembro de 1891. Neste dia será ainda distribuída uma edição fac-similada do jornal publicado há 125 anos por Pedroso dos Santos, Presidente da Câmara da Covilhã e Governador Civil de Castelo Branco, intitulada “ 6 de Setembro de 1891”.



A Real Estação da Covilhã em 1891

sábado, 27 de agosto de 2016

DOM LUÍS FILIPE - O GRANDE PRÍNCIPE


‘A sua história, como a sua própria vida, mal chegou a começar. Contido e delicado, falando pouco e ouvindo com atenção; gostando de inquirir e de se informar, pela sua precoce seriedade e sentimento das responsabilidades afigurava-se-me uma encarnação do que eu penso de D. Pedro V, com alguma alegria a mais.
Se houvera vivido, ele, que fora preparado para reinar, a que destinos teria conduzido Portugal?’
– João Franco Castello-Branco sobre SAR O Senhor Dom Luís Filipe de Bragança, 5.º Príncipe Real de Portugal e 22.º Duque de Bragança in ‘Cartas D’El-Rei D. Carlos I’

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

DUQUES DE BRAGANÇA PRESENTES NO DIA NACIONAL DE LUXEMBURGO





MALA DIPLOMÁTICA - Dia Nacional do Luxemburgo: Foi num fim de tarde soalheiro que decorreu o cocktail comemorativo do Dia Nacional do Luxemburgo, nos jardins da Embaixada, na Rua das Janelas Verdes em Lisboa.

O Dia Nacional do Grão-Ducado comemora-se tradicionalmente no aniversário do nascimento do Grão-Duque, sendo que a data escolhida originalmente era 23 de Janeiro, dia em que, no ano de 1896, nasceu a Grã-Duquesa Carlota (Charlotte), que reinou naquele país entre 1919 e 1964.

Por razões climatéricas, a comemoração passou, desde 1961, a fazer-se a 23 de Junho, data estival que se mantém até hoje.

A festa acabou por ser simultaneamente a ocasião para o Embaixador Paul Schmit fazer as suas despedidas antecipadas, já que o seu mandato termina no próximo mês de Agosto.

Revista Diplomática de 01-07-2016

UMA REVOLUÇÃO A PARTIR DE CIMA


‘Considerando que as coisas aqui não iam bem, e vendo os exemplos de toda a Europa, onde não vão melhor, decidi fazer uma revolução completa em todos os procedimentos do governo daqui, UMA REVOLUÇÃO A PARTIR DE CIMA, fazendo um governo de liberdade e de honestidade, com ideias bem modernas, para que um dia não me façam uma revolução vinda de baixo, que seria certamente a ruína do meu país.’

- S.M-F. El-Rei D. Carlos I de Portugal in Carta a S.A.S. o Príncipe Alberto I do Mónaco, Fevereiro de 1907

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

ATENÇÃO: ÚLTIMAS INSCRIÇÕES PARA A ACADEMIA DE VERÃO DA JMP




Jaime Nogueira Pinto vai falar à JMP sobre a Lusofonia.


O ex-ministro vai falar à JMP sobre o Rei dos Portugueses e a sua inclusão no Protocolo de Estado

O primeiro Presidente da Causa Real, tem muito para contar sobre a Causa onde a JMP se insere. A não perder, no primeiro dia da Academia de Verão.


Joel, que tanto deu pelos jovens monárquicos, vai contar tudo o que é preciso saber sobre a o percurso da JMP até aos dias de hoje.


Luís Lavradio, antigo Presidente da Causa Real, vai falar à JMP sobre a modernidade das monarquias no século XXI.


João Távora vai ministrar-nos um workshop memorável!


No dia 17, Sábado, Aline Gallasch-Hall de Beuvink fala com a JMP sobre os partidos monárquicos nas três repúblicas.


No Domingo, dia 18, o Padre Gonçalo Portocarrero de Almada fala com a JMP sobre serviço.
Ainda há vagas para a Academia de Verão da Juventude Monárquica Portuguesa. A preparar as novas gerações para a construção de um Portugal melhor.



NOTA IMPORTANTE

Inscrição obrigatória para participar na Academia de Verão da JMP.
Lugares limitados!

O período de candidaturas encerra no dia 26 de Agosto.

Passos a seguir:
2. Pagamento da taxa única de €12,50 para o IBAN PT50 0010 0000 52575120001 86 (Banco BPI) dentro do prazo de candidatura.
A taxa única dá acesso a todas as formações (debates, workshop, etc.), bem como a alojamento durante dois dias e alimentação. 
Sunset do dia 17 também incluído!


Para mais informações: geral@juventudemonarquicaportuguesa.pt


INSCREVA-SE AQUI




No sábado, dia 17 de Setembro, a Academia de Verão abre as portas ao público para um magnífico Sunset a partir das 19:00 na Quinta da Subserra em Alhandra (Vila Franca de Xira). Segue-se um churrasco patrocinado pela JMP, com muita música e animação!   

Entrada: a partir das 19:00 e até à 1:00 de dia 18,
  • gratuita para todos os apoiantes PPL e membros da direcção nacional da Causa Real (confirmações até dia 9 de Setembro),
  • €5,00 para o público em geral (inclui comida e bebida à descrição).


  Acesso: comboios da linha da Azambuja e autocarros«Boa Viagem»




Mensagem do Presidente da JMPpara os participantes candidatos à Academia de Verão
“Só com a consciência, bem viva, do que somos, será possível levar a nossa mensagem a cada um dos jovens portugueses. Somos patriotas e por isso queremos o Rei, chefe natural, na cúpula do Estado, como elemento de moralização do sistema político e de equilíbrio entre as instituições. Não somos monárquicos por qualquer outro motivo. Só Portugal nos motiva.
Teremos bem esta consciência? Sabemos o que é ser monárquico? Percebemos o que é Portugal no mundo de hoje? Faz sentido ser patriota? Como monárquicos, sabemos adaptar a mensagem à juventude portuguesa? Como chegar a ela? Estas e outras questões serão debatidas na nossa Academia de Verão. Espero ver-te lá para aprendermos juntos e, como sempre, festejarmos Portugal.
Vem! Participa, por Portugal!”
Todas as informações aqui.
Inscrições aqui.



PROGRAMA DE DIA 16 - TEMA «UM POVO»

9:00 Credenciação (Entrega das credenciais, Regularização de pagamentos e Atribuição dos quartos)
10:30 Pequeno-Almoço
11:00 Boas-vindas: COAV; Introdução ao tema: Presidente da DN; Funcionamento interno da JMP: Presidente do Congresso 
11:30 «Quebra-Gelo» (Jogo e formação de equipas)
12:15 1º bloco: «Histórias e Estórias…» …da JMP: Joel Moedas Miguel

…da Causa Real: João Mattos e Silva

13:15 Almoço
15:00 1º Workshop: Aprender a comunicar a monarquia (web e militância de rua): João Távora
16:00 2º bloco: «Identidade»
A Identidade Portuguesa*
Quem Defende a Identidade*

17:00 Lanche da tarde
17:30 2.º Workshop: Aprender a debater com LisboMUN* (debates: regras e truques)
18:30 1º Debate Interno: Equipas
19:15 1º Quizz: Equipas
20:00 Jantar
22:00 Cine-Debate: «Albert e Victoria» ou «O Discurso de Rei»
*Orador sujeito ainda a confirmação

PROGRAMA DE DIA 17 - TEMA «UMA PÁTRIA»

9:30 Pequeno-almoço
10:00 Introdução ao tema: Presidente do Congresso
10:15 3º bloco: «O Combate Monárquico em República»
Os Partidos Monárquicos nas 3 Repúblicas: Aline Gallasch-Hall de Beuvink
Em Busca de um Caminho para Portugal*

11:15 Lanche da manhã
11:45 As Monarquias Mundiais no século XXI: Luís Lavradio
12:15 1º Debate «Federalismo Europeu: Que soberania?»*
13:15 2º Debate Interno: Equipas - Mote: A Monarquia numa Europa federalista faz sentido?
13:45 Almoço
15:00 4º bloco, em diálogo: «Lusofonia…»
… e Portugal - Jaime Nogueira Pinto*
… Atlântica - Conexão Lusófona*

16:00 2º Debate «A Questão Monárquica nas Juventudes dos Partidos Políticos»: JS, JSD e JP – Mote: Qual a convicção de cada partido acerca da questão monárquica? Qual a sensibilidade às facções monárquicas do eleitorado?
16:45 3º Debate Interno: Equipas
17:15 Lanche
17:45 Formação sobre «A Revisão do Protocolo de Estado» e «O conceito de Rei dos Portugueses»: Pedro Mota Soares
18:15 2º Quizz: Equipas
19:00 Sunset da Academia de Verão da JMP 2016
Convidados: Apoiantes PPL, DN Causa Real e Público em geral


PROGRAMA DE DIA 18 - "UM REI"

9:30 Pequeno-Almoço

10:00 Introdução ao tema: Nuno Pombo

10:15 5º bloco: «O Rei… e o Povo»: Nuno Pombo

11:00 Lanche da manhã

11:30 «O Rei… e a gratuitidade do serviço»

12:15 Sessão de Encerramento
• COAV - Conclusões e entrega dos diplomas
• Presidente da DN
• Presidente da Causa Real

14:15 Almoço-Convívio

15:30 Visita Cultural com o Dr. David Fernandes

*Sujeito a confirmação

NUNO GALOPIM DESVENDA A VIDA DO REI D. MANUEL II

Estreia do jornalismo na ficção com um romance de descoberta do último Rei de Portugal: "Todos sabem o seu nome mas é o que menos conhecemos"

Os Últimos Dias do Rei é o terceiro livro que Nuno Galopim assina em dois anos. Depois de Os Marcianos Somos Nós (Gradiva, 2015) e da biografia dos The Gift, o novo título marca a estreia do jornalista na ficção, a partir da vida de D. Manuel II, monarca sem trono, que, após a implantação da República, se instala nos arredores de Londres, em Fulwell Park, onde morre em 1932, aos 43 anos, sem ter voltado a Portugal. Assume os destinos de Portugal com apenas 18 anos, e sem esperar, após o assassinato do pai, o Rei D. Carlos, e do herdeiro ao trono, Luís Filipe, em 1908. Dois anos depois o regime cai definitivamente. É por aí que o autor começa a narrativa. Para o final, e porque é um apaixonado pelos "e ses..." da ficção histórica, permite-se traçar cenários.
 
O que é real e o que é ficção em Os Últimos Dias do Rei?
Tudo o que é relacionado com a vida de D. Manuel é factual e resultou de meses de leitura e muita recolha de dados, cruzando várias fontes, para obter o maior número possível de pontos de vista. O que é ficção é a criação de pontos de ligação entre a história de D. Manuel: a história de 2016, que é o motor de todas as descobertas, e o jornalista de 1932 que acompanha [o Rei] nos seus últimos tempos de vida. É através desta relação entre duas personagens fictícias que descobrimos D. Manuel II. Acho que todos os portugueses sabem o seu nome porque foi o último rei de Portugal, mas na verdade é aquele de quem nós, como colectivo, menos conhecemos.
 
O que descobriu sobre D. Manuel?
Antes mesmo de o Estado português ter tomado posição na I Guerra Mundial, ele ofereceu os seus préstimos ao rei de Inglaterra, tomou partido no esforço de guerra pelos Aliados e trabalhou com hospitais até ao final do conflito. Foi uma figura importante no estabelecimento de novas formas de tratar um certo tipo de ferimentos, ligados sobretudo à ortopedia, pensando não só o tratamento em si, mas a colocação desses feridos no mercado laboral finda a guerra, o que fez dele uma figura muito querida da associação de ortopedistas ingleses. Sabia que era um amante do desporto, mas não fazia ideia que ele tinha estado na final feminina de Wimbledon em 1932, pouco antes da sua morte.
 
Porque decidiu escrever ficção?
Não decidi, foi o Francisco Camacho [editor da Esfera dos Livros] que me desafiou! Ele perguntou--me muito simplesmente: por que não fazes uma ficção? E eu respondi: sou jornalista, só escrevo sobre coisas factuais, não sei inventar histórias. Ele insistiu. Como não me podem lançar desafios, disse que sim... e procurei encontrar pontes entre o trabalho de um jornalista na sua relação com a realidade de uma forma desapaixonada, correcta, informativa e formativa, e depois o lado do ficcionista que encontra uma trama para lá encaixar estas várias histórias.
 
Em vez de existir um alter ego, existem dois: o jornalista de 1932 e o estudante de cinema de 2016.
Dividi-me em duas figuras, um jovem recém-formado em cinema que está a viver em Londres, e um jornalista que nos anos 30 entrevista D. Manuel II.
 
Visitou os locais do livro?
Foi muito importante ir aos espaços: visitar o Palácio das Necessidades e ver onde era o quarto de D. Manuel II, onde era o quarto do irmão, reparar que havia umas escadinhas que levavam ao quarto da rainha, no andar de cima. E, além disso, ir a Londres, não só à loja da Maggs Brothers, que hoje já não está no mesmo espaço do que nos tempos de D. Manuel, mas perceber o que é a loja e sentir o ar daqueles livros. E ir até à casa dele. A mulher dele, Augusta Vitória, vendeu a propriedade algum tempo depois da morte do rei. Essa zona foi loteada. As ruas chamam-se D. Manoel Road, Augusta Road, Portugal Gardens... E é pela toponímia que sabemos que a memória do rei está ali, na igreja onde ele ia, e que tem fotografias dele e uma placa a lembrá-lo, está na loja onde há um livro sobre D. Manuel II, mas cada vez mais essa memória está a dissipar-se. O tempo erode essas memórias e cabe aos livros fixá-las.
 
Fonte: DN
Publicado por: Monarquia Portuguesa

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

PÃO-DE-LÓ DE OVAR PASSA A PRODUTO PROTEGIDO



A Comissão Europeia atribuiu a Indicação Geográfica Protegida (IGP) ao Pão-de-ló de Ovar, sendo este o 17.º produto português a receber a designação, hoje publicada no Jornal Oficial da União Europeia.

O Pão-de-Ló de Ovar - e a sua miniatura conhecida por Infantes - é um produto de pastelaria à base de ovos, sobretudo gemas, açúcar e farinha.

Apresenta-se dentro de uma forma revestida com papel branco, com o formato de uma 'broa', de massa leve, cremosa, fofa e de cor amarela designada por 'ló'. Tem uma côdea fina acastanhada dourada levemente húmida e com o interior de textura húmida.

O produto que agora recebeu a IGP é confeccionado no concelho de Ovar, freguesias de Esmoriz, Cortegaça, Maceda, Arada, Ovar, S. João, S. Vicente e Válega.

Produção proibida fora de Ovar

O presidente da Associação de Produtores de Pão-de-ló de Ovar defendeu que a Indicação Geográfica Protegida (IGP) hoje atribuída pela União Europeia a esse doce "muda tudo" na sua comercialização, impondo em 90 dias um fabrico mais exigente.

Rui Catalão explicou à agência Lusa que será essa a principal consequência do reconhecimento europeu, que vem confinar a produção dessa iguaria apenas ao território administrativo do município de Ovar e estabelece como ilegal o seu fabrico comercial em qualquer outra localização nacional ou estrangeira.

"Isto é o corolário de nove anos de trabalho e muda tudo", realçou o representante dos produtores vareiros. "As cópias fraudulentas terão de acabar, o processo de fabrico vai passar a ser controlado e o consumidor será mais bem defendido, porque poderá identificar o pão-de-ló original pelo selo da Indicação Geográfica", esclarece.

Para esse efeito, os produtores locais têm agora um prazo de 90 dias para adequar os respectivos processos de fabrico às exigências do Manual de Especificações do Pão-de-ló de Ovar, já publicado em 2015 em Diário da República.

"Esse documento de 60 ou 70 páginas regula a forma de produção, identifica os produtos autorizados e não-autorizados, define o tipo das formas de barro utilizadas na cozedura, estipula as condições de salubridade exigidas aos fabricantes, etc.", referiu Rui Catalão.

Uma das regras incluídas no manual é, por exemplo, a de que o pão-de-ló de Ovar só pode ser confeccionado com ovos de Aveiro. "Esse foi um dos nossos contributos para a economia do distrito, já que gastamos milhões de ovos no pão-de-ló e queremos ajudar a região em que trabalhamos", justificou o representante dos produtores vareiros.

A fiscalização do processo de fabrico, por sua vez, será efectuada "por uma entidade externa já contratada pelo Ministério da Agricultura português, cabendo à Associação de Produtores apenas um papel punitivo face aos infractores, quando isso se justificar".

Quanto à concorrência entre fabricantes num território que agora está limitado ao concelho de Ovar, Rui Catalão transmitiu uma mensagem tranquilizadora: "Não queremos entrar em guerras estéreis. Todos somos colegas e há espaço para todos".

O Pão-de-ló de Ovar é o 17.º produto português a obter a Indicação Geográfica Protegida, hoje formalizada no Jornal Oficial da União Europeia. Em Diário da República já fora definido como "um produto de pastelaria confeccionado à base de ovos" e que, envolvendo sobretudo gemas, açúcar e farinha, se coze dentro de uma forma de barro revestida a papel branco. Exibe depois "o formato de uma 'broa' de massa leve, cremosa, fofa e de cor amarela", sob cuja côdea "fina, acastanhada e levemente húmida" se esconde um interior mais suave e um fundo cremoso e doce, designado "pito".

Segundo Rui Catalão, o fabrico desse produto passa agora a ser "completamente proibido pelas leis portuguesas e europeias em qualquer outra localização que não o concelho de Ovar", seja quando se apresenta na sua dimensão normal ou na respectiva versão em miniatura, conhecida como "infante".


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