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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

domingo, 8 de outubro de 2017

A ASSINATURA DO TRATADO DE ZAMORA - 5 DE OUTUBRO DE 1143


Foto de Nova Portugalidade.

Dia 5 de Outubro de 1143, dia da independência nacional: quem não souber esta data, não é bom português


É exemplo triste da mutilação a que a memória dos portugueses foi sujeita que o nosso dia de libertação colectiva, de independência e nascimento como nação tenha sido substituído pela celebração de um regime. Se o regime foi bom ou mau, é debate para outra ocasião; se um presidente eleito serve melhor Portugal que a linha de Dom Afonso Henriques, é questão que aqui não interessa a quem é patriota primeiro e monárquico ou republicano depois. Mas todos, monárquicos ou republicanos, serão obrigados a concordar que não é natural, admissível ou bom que uma nação tão velha se tenha esquecido do dia em que nasceu e, pior, que o tenha olvidado em benefício de ocasião - o 5 de Outubro de 1910 - em que portugueses marcharam contra portugueses, odiaram portugueses e mataram portugueses. Essa será a posição de todos os que amem Portugal - prefiram a República de 1910 ou a Monarquia que Dom Afonso Henriques fundou ao fundar a nacionalidade.


Cinco de Outubro, dia da liberdade. Dia do reconhecimento da soberania da nação portuguesa, dia da sua emancipação e da sua maioridade. Sem esse Cinco de Outubro de 1143 em que Afonso VII de Leão foi obrigado a aceitar o seu primo Afonso Henriques como Rei de Portugal, não teria havido Cinco de Outubro de 1910. O Primeiro de Dezembro não marcaria Restauração alguma, pois nada teria havido para restaurar. Em Aljubarrota, em Montes Claros, nas Linhas de Elvas e de Torres, teria reinado o silêncio da sujeição. E o português, a que Bilac chamou última flor do Lácio, jamais teria germinado no Brasil, na África, na Ásia e na Oceânia. Jamais a nossa língua se teria tornado pluricontinental. Portugal não nasceu a Cinco de Outubro de 1143. Mas, sem essa rendição de Afonso, rei de Leão e autoproclamado imperador das Espanhas, à nova realidade que era Portugal, o país teria sido nascituro débil e acabado por morrer. Não foi assim. Em 1143, continuou-se e fortificou-se 1139, quando Afonso, vencedor de Ourique, se fizera aclamar Príncipe dos Portugueses. Zamora aceitou-o como Rex. A Bula Manifestis Probatum, de Alexandre III, confirmá-lo-ia em 1179 como súbdito da Santa Sé - e, pois, como monarca cristão de pleno direito e liberdade.

Não é, portanto, uma festa qualquer - e não pode ser confundida, e muito menos apagada por intentona de uns portugueses contra outros portugueses. A Cinco de Outubro, dia da nossa fundação como Estado, queiram os portugueses e povos-irmãos da Portugalidade relembrar a soberania que conquistaram a sangue ao longo de tantos séculos; queiram, sabendo o lhes custou o direito de decidirem por si os seus assuntos, não o vender barato. Queiram também recordar a gesta portuguesa, que só foi possível porque houve Cinco de Outubro de 1143, e que levou as nossas armas e a nossa língua a todos os cantos do mundo. Queiram relembrar que dessa gesta, que é o melhor que Portugal fez, nasceu uma família de povos com trezentos milhões de pessoas, e queiram perceber que essa família de povos é hoje, como vasto espaço económico, político e humano que é, garantia do nosso futuro como país. Que façam tudo isso e ajam coerentemente. Esse Cinco de Outubro, sim, valeria a pena.

RPB



Foto de Real Associação do Porto.

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