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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

HOMENAGEM A RAMA IX, REI DA TAILÂNDIA E GRANDE AMIGO DA PORTUGALIDADE

Foto de Nova Portugalidade.

A memória do Rei tailandês cujas exéquias terão hoje lugar em Bangkok é objecto de uma veneração que não conhecemos na Europa desde os tempos de Luís XVI. Tocar de forma brusca num retrato seu, referir-se-lhe de forma descortês, brincar com o seu nome é um crime. Mais do que chefe do Estado, o Rei representa o corpo social, a alma do Estado, a fonte da autoridade das instituições políticas e o garante da unidade do país. O Rei é visto como pai e protector. É por isso que nos atrai o poder personalizado, com rosto e coração.

Homem de grande visão, pai da reforma agrária, arquitecto da modernização e garante da liberdade de um povo jamais aviltado pela colonização ou ultrajado pelo comunismo, Bumibhol (Rama IX) ocupará doravante lugar destacado na história da Tailândia .

Os tailandeses habituaram-se a ter como Rei um homem excepcional, um dos grandes homens de Estado do século XX. Contudo, a defesa da superioridade da monarquia não requer um Príncipe Perfeito para o exercício das funções reais, mas apenas o maior e mais esforçado servidor do Estado, do povo e da nação. Quando o novo Rei vier, ninguém lhe discutirá o título, o fardo e as provações. Terá sempre ao seu lado aqueles que nele vêem a continuidade. Aqui está a ética monárquica: nunca discutir o Rei e servi-lo sempre, assim servindo a comunidade. A monarquia é, como dizia o clássico, um referendo todos os dias, referendo em que têm voz os vivos e os mortos, o passado e o presente.

O Rei Rama IX foi um grande amigo de Portugal. S.M. visitou em 1960. Protocolo de Estado em grande forma, banquetes, visitas e honras ornadas pela curiosidade e logo entusiasmo que o povo de Lisboa dedicou à bela rainha Sirikit. Entrada no céu português com cerrada escolta dos jactos da nossa Força Aérea, visita ao Alfeite e ao Hospital do Ultramar - então na vanguarda da investigação no domínio das doenças tropicais - mais três banquetes (Estufa Fria, Queluz e Ajuda), recepção nos Paços do Concelho e despedida multitudinária na Portela, com muita tropa e estandartes, governo em peso e grandes acenos no momento da despedida. Portugal recebeu na proporção da sua dimensão e na condição de mais antigo aliado do velho Sião. Foi tudo planeado ao segundo, com uma dignidade e elegância que não mais se voltou a ver em terras portuguesas. Infelizmente, perdeu-se o tom solene e a grandeza que o Estado deve afivelar quando recebe. Uma pontinha de monumentalidade não faz mal a ninguém ! Hoje mostraram-me o álbum do Protocolo de Estado tailandês e senti uma pontinha de orgulho ao verificar que batemos aos pontos holandeses, dinamarqueses e alemães na arte de puxar pelos galões. Que se restaure, depressa, o éclat das grandes recepções.

MCB

Foto de Nova Portugalidade.

Foto de Nova Portugalidade.

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