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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

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Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

domingo, 12 de novembro de 2017

ACREDITO FIRMEMENTE QUE PORTUGAL TEM UMA MISSÃO IMPORTANTE NO MUNDO

Cardeal Raymond Burke, autor do livro "O Amor Divino Incarnado". Foto: DR


Cardeal Raymond Burke, autor do livro "O Amor Divino Incarnado". Foto: DR
O Cardeal Burke esteve em Portugal para apresentar a edição portuguesa do seu livro e disse que a crise na devoção à Eucaristia tem a ver com a reforma da liturgia.

O cardeal Raymond Burke acredita que Portugal tem uma missão especial a desempenhar no mundo e que a devoção à Eucaristia está no centro da mensagem de Fátima.
Em entrevista exclusiva à Renascença, à margem da apresentação da edição do seu livro “O Amor Divino Incarnado – A Sagrada Eucaristia como Sacramento da Caridade”, escrito originalmente em 2012, o cardeal recordou a centralidade da Eucaristia para os pastorinhos de Fátima.
“Logo nas aparições preparatórias foi central a aparição do anjo com o cálice e a hóstia suspensos no ar, em que ele deu a comungar o Santíssimo Sacramento às crianças. Depois as próprias aparições em que Nossa Senhora enfatiza a misericórida que nos chama à oração e à penitência para estarmos na disposição correcta para receber Nosso Senhor na Sagrada Eucaristia e em reparação para as muitas formas com que Nosso Senhor é ofendido, especialmente no Santíssimo Sacramento”.
Para o cardeal, esta é a razão pela qual Nossa Senhora disse que Portugal jamais perderia a fé. “Acredito firmemente nisso, e tenho a forte sensação que Portugal tem uma missão importante para o mundo inteiro. Fui visitar o carmelo de Coimbra e a madre superiora disse-me que a irmã Lúcia recebia milhares e milhares de cartas, de todo o mundo. Tinha um mapa onde ia assinalando, para ver onde estava a chegar a mensagem de Nossa Senhora”.
A Eucaristia é o tema central do livro do cardeal Raymond Burke, que ao longo dos últimos anos tem-se tornado uma figura de referência para a ala litúrgica e teologicamente mais tradicionalista da Igreja Católica. O cardeal é um dos quatro cardeais – dois dos quais já morreram – que dirigiram ao Papa Francisco uma série de perguntas, conhecidas como “dubia” sobre o Amoris Laetitia e tem sido um grande crítico da ideia de que possa haver uma abertura para permitir o acesso à comunhão por parte de algumas pessoas que vivem em situação irregular, como por exemplo pessoas divorciadas e casadas segunda vez pelo civil. Contudo, o Cardeal não quis falar sobre estes assuntos na entrevista.
Crise de liturgia
Burke veio a Portugal integrado na peregrinação a Fátima de um instituto tradicionalista, mas em plena comunhão com Roma, e celebrou várias missas na forma extraordinária do rito romano, mais conhecido como Rito Tridentino. As fotografias dessas celebrações – incluindo algumas em que o cardeal aparece com a “Capa Magna”, uma capa encarnada de 15 metros de comprimento que era utilizada por cardeais mas que caiu largamente em desuso desde o Concílio Vaticano II – foram motivo de alguma discussão e polémica nas redes sociais.
Mas o cardeal diz que a estranheza deve-se à falta de conhecimento. “Quando não conhecemos alguma coisa, pode parecer-nos estranha, por isso precisamos de ajudar todos os católicos a compreender a natureza da Sagrada Liturgia em si, enquanto acção de Cristo no meio de nós, e ajudá-los a ver a grande beleza da forma como a missa tem sido celebrada ao longo dos séculos.”
“Acho interessante que haja tantos jovens, incluindo jovens famílias com muitos filhos, mas também estudantes universitários, que se sentem tão atraídos à forma extraordinária da missa. Penso que isso se deve ao facto de verem que há algo muito profundo, que querem conhecer e compreender melhor”, diz.
A culpa, diz, é em parte da reforma litúrgica levada a cabo depois do Concílio Vaticano II, que despiu a liturgia de alguns dos seus ritos mais complexos. “Desenvolveu-se uma ideia de que de a Santa Missa e outros ritos litúrgicos eram actividades humanas, as pessoas começaram a fazer experiências e a fazer coisas que distanciaram os ritos contemporâneos daqueles que existiam na Igreja há séculos”.
O que fazer? “O que devemos fazer, e é esse o propósito do livro, é estudar de novo o grande dom da Santa Eucaristia como nos chegou ao longo dos séculos através da Igreja. A doutrina, mas também a beleza da Sagrada Liturgia. Bento XVI tinha noção da importância de se poder celebrar livremente tanto a forma extraordinária como a ordinária, para que as pessoas pudessem ver a continuidade entre uma e outra e para que houvesse um enriquecimento mútuo, como ele disse, para que a forma ordinária fosse celebrada com um sentido mais profundo da divina realidade que está presente, do encontro entre o Céu e a terra, como ele a chamava.”
O livro “O Amor Incarnado” é editado pela Caminhos Romanos.
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